Racismo no Brasil: estudo mostra a representação de casos de discriminação em jornal
Estudo
do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa)
apresenta os 150 casos de suspeita de racismo, discriminação e injúria
racial noticiados pelo jornal Folha de S. Paulo entre os anos de 2001 e
2012. No estudo, que está disponível para consulta no site da
instituição, são apresentados os insultos raciais e palavras mais
incidentes nas ofensas de cunho racista no Brasil, noticiados pelo
jornal.
Segundo o levantamento, em 1932 o termo “racismo” entrou no Dicionário Larousse, e data do pós-guerra a sua efetiva popularização no uso corrente entre as sociedades ocidentais. O racismo é normalmente entendido como um discurso que buscou explicar as desigualdades sociais, tendo sido disseminado para os países da periferia com o colonialismo e imperialismo.
No Brasil, embora a legislação procure coibir a prática do racismo, são poucos os casos de processos por crime de racismo, e menor ainda a quantidade dos casos que têm o mérito julgado: segundo o estudo, os juízes tendem a desclassificar denúncias para crime de injúria racial, que é entendida como o emprego de ofensas de conteúdo racista a pessoa ou pessoas determinadas, enquanto o crime de racismo, que é mais grave, é definido como uma discriminação que atinge um número indeterminado de pessoas.
Segundo o levantamento, em 1932 o termo “racismo” entrou no Dicionário Larousse, e data do pós-guerra a sua efetiva popularização no uso corrente entre as sociedades ocidentais. O racismo é normalmente entendido como um discurso que buscou explicar as desigualdades sociais, tendo sido disseminado para os países da periferia com o colonialismo e imperialismo.
No Brasil, embora a legislação procure coibir a prática do racismo, são poucos os casos de processos por crime de racismo, e menor ainda a quantidade dos casos que têm o mérito julgado: segundo o estudo, os juízes tendem a desclassificar denúncias para crime de injúria racial, que é entendida como o emprego de ofensas de conteúdo racista a pessoa ou pessoas determinadas, enquanto o crime de racismo, que é mais grave, é definido como uma discriminação que atinge um número indeterminado de pessoas.
O
trabalho em questão tem a vantagem de permitir o acesso a alguns casos
que não chegam a ser denunciados à polícia nem a ir a juízo, bem como
fornece informação jornalística sobre circunstâncias de tempo, lugar,
modo, causa, finalidade e instrumento. O estudo mostra que na publicação
jornalística são registrados 12,5 casos de racismo ao ano, em média, o
que representa cerca de um caso ao mês, chegando a 25 casos no ano de
2005, e 21 casos em 2012. O banco de dados compilado pelos estudiosos
pode subsidiar futuras pesquisas sobre racismo e discriminação e sua
representação no país.
Os casos de suspeita de racismo noticiados pela Folha de S. Paulo: 2001-2012
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Análise: Ana Luíza Matos de Oliveira, economista
As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade da sua autora,
não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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