IBC-Br aponta estagnação da economia brasileira em 2014: O
IBC-Br, índice de atividade do Banco Central que busca estimar o
crescimento da economia brasileira, indica que o ano de 2014 foi de
estagnação, com crescimento negativo de 0,15%. Este resultado final foi
aferido após uma desaceleração economica no mês de dezembro, que
registrou queda na atividade de 0,55% na comparação com o mês de
novembro. Apesar de negativo, o resultado para o ano de 2014 veio
ligeiramente melhor do que a média das estimativas dos analistas de
mercado, que previam uma desaceleração ainda maior com o indicador
registrando queda de 0,2%. |
Comentário: A
queda no IBC-Br aumenta a chance de que o Produto InternoBruto (PIB)
oficial registre também leve desaceleração em 2014, consolidando o
quadro de estagnação econômica no ano. Na realidade, o fato preocupante é
que a desaceleração do ritmo de crescimento se acentuou no último
trimestre, particularmente em dezembro de 2014, o que traz a convicção
de que 2015 deve iniciar com uma leve recessão, também por conta das
medidas fiscais anunciadas pelo governo. A revisão da metodologia de
cálculo do PIB que está sendo desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) tem potencial para alterar estes
resultados e mostrar que, na realidade, a economia brasileira apresentou
um crescimento maior do que o registrado pela atual metodologia, já
defasada em relação à estrutura produtiva do país. Apesar desse alento, é
de se esperar que o primeiro trimestre de 2015 registre queda no PIB, e
que este processo ainda se estenda para o segundo trimestre, com
recuperação efetiva da economia apenas no segundo semestre do ano.
Diversos fatores podem influenciar a velocidade da recuperação da
atividade econômica nacional: desde fatores internos, como o regime de
chuvas (que implica riscos de racionamento hídrico e elétrico), a
resolução dos dilemas enfrentados pela Petrobras e o setor de petróleo,
gás e engenharia, assim como os efeitos reais do pacote fiscal sobre a
confiança do empresariado; além dos fatores externos, como o destino da
Europa e da União Européia (em cheque após a vitória do Syrisa na
Grécia), o ritmo de recuperação da economia dos EUA e China, assim como
os destinos de nossos parceiros comerciais, como, por exemplo, a
Argentina. |
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