Na
última semana aconteceu o Fórum Mundial de Bienais No 2, realizado em
parceria entre o ICCo – Instituto de Cultura Contemporânea, a Biennial
Foundation e a Fundação Bienal de São Paulo. Sediado no Auditório
Ibirapuera, o Fórum reuniu 135 representantes de mais de uma centena de
instituições dos cinco continentes para discutir temáticas relacionadas à
prática e ao formato das bienais de arte.
Hoje
existem mais de 150 bienais em todo o mundo, e novas bienais não param
de surgir: qual, porém, é o papel dessas instituições e como essas
exposições se diferem de outros aparatos culturais? Para quem são feitas
as bienais e como são constituídos seus públicos? O Fórum Mundial de
Bienais é o único evento do mundo a dedicar-se exclusivamente a estas e
outras questões e promover encontros para que diferentes percepções e
experiências possam ser trocadas entre representantes das mais variadas
bienais.
Com
o tema “Como fazer bienais em tempos contemporâneos”, o evento teve
abertura no dia 26 de novembro, com palestra do filósofo inglês Peter
Osborne e fala do Secretário da Cultura Marcelo Araújo e Alfonso Luz,
diretor do Museu da Cidade, além dos representantes das instituições
realizadoras do evento: Daniel Rangel, Diretor Artístico do ICCo, Luis
Terepins, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo e a holandesa
Marieke Van Hal, Diretora da Biennial Foundation.
Nos
dias 27 e 28, workshops dedicados a profissionais ligados às bienais e
outras instituições culturais foram realizados no período da manhã.
Entre outras, estiveram representadas as bienais de Gotemburgo
(Alemanha), Lofoten (Noruega), Monterrey Femsa e Las Fronteras (México),
Copenhagen (Dinamarca), Vancouver (Canadá), Istambul (Turquia), Atenas
(Grécia), Berlim (Alemanha), Assunção (Paraguai), Teerã (Irã), e
trienais de San Juan (Porto Rico) e Luanda (Angola). As discussões eram
moderadas pelos curadores da 31ª Bienal de São Paulo, que fizeram também
a curadoria da programação do Fórum.
Temas
recorrentes durante os workshops foram a questão do local x global ou
nacionalidade e internacionalidade das bienais, obras, artistas e
curadores; o financiamento das instituições e exposições e sua
influência na liberdade dos artistas e relação com parceiros; a difusão
dos arquivos e da memórias das bienais, entre outros.
Os
painéis no período da tarde foram abertos ao público e 18 palestrantes
apresentaram suas pesquisas e puderam expor temáticas levantadas durante
os workshops. Entre eles, estavam os brasileiros Fabio Cypriano, Cayo
Honorato e Fernanda Oliva, e palestrantes da Palestina, Noruega,
Turquia, Grécia, Equador, Inglaterra e Espanha, entre outros países. A
palestra de encerramento foi feita por Ivo Mesquita, diretor técnico da
Pinacoteca do Estado de São Paulo, que foi convidado de honra evento.
Durante
o último final de semana, a programação ainda contou com uma fala
aberta dos curadores da 31ª Bienal na própria exposição e visita às
exposições “Memórias Inapagáveis” e “A Arquitetura Política de Lina Bo
Bardi”, ambas em cartaz no SESC Pompéia.
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