quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Fórum Mundial de Bienais reúne mais de 100 instituições do mundo todo em São Paulo

Na última semana aconteceu o Fórum Mundial de Bienais No 2, realizado em parceria entre o ICCo – Instituto de Cultura Contemporânea, a Biennial Foundation e a Fundação Bienal de São Paulo. Sediado no Auditório Ibirapuera, o Fórum reuniu 135 representantes de mais de uma centena de instituições dos cinco continentes para discutir temáticas relacionadas à prática e ao formato das bienais de arte.
Hoje existem mais de 150 bienais em todo o mundo, e novas bienais não param de surgir: qual, porém, é o papel dessas instituições e como essas exposições se diferem de outros aparatos culturais? Para quem são feitas as bienais e como são constituídos seus públicos? O Fórum Mundial de Bienais é o único evento do mundo a dedicar-se exclusivamente a estas e outras questões e promover encontros para que diferentes percepções e experiências possam ser trocadas entre representantes das mais variadas bienais.
Com o tema “Como fazer bienais em tempos contemporâneos”, o evento teve abertura no dia 26 de novembro, com palestra do filósofo inglês Peter Osborne e fala do Secretário da Cultura Marcelo Araújo e Alfonso Luz, diretor do Museu da Cidade, além dos representantes das instituições realizadoras do evento: Daniel Rangel, Diretor Artístico do ICCo, Luis Terepins, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo e a holandesa Marieke Van Hal, Diretora da Biennial Foundation.
Nos dias 27 e 28, workshops dedicados a profissionais ligados às bienais e outras instituições culturais foram realizados no período da manhã. Entre outras, estiveram representadas as bienais de Gotemburgo (Alemanha), Lofoten (Noruega), Monterrey Femsa e Las Fronteras (México), Copenhagen (Dinamarca), Vancouver (Canadá), Istambul (Turquia), Atenas (Grécia), Berlim (Alemanha), Assunção (Paraguai), Teerã (Irã), e trienais de San Juan (Porto Rico) e Luanda (Angola). As discussões eram moderadas pelos curadores da 31ª Bienal de São Paulo, que fizeram também a curadoria da programação do Fórum.
Temas recorrentes durante os workshops foram a questão do local x global ou nacionalidade e internacionalidade das bienais, obras, artistas e curadores; o financiamento das instituições e exposições e sua influência na liberdade dos artistas e relação com parceiros; a difusão dos arquivos e da memórias das bienais, entre outros.
Os painéis no período da tarde foram abertos ao público e 18 palestrantes apresentaram suas pesquisas e puderam expor temáticas levantadas durante os workshops. Entre eles, estavam os brasileiros Fabio Cypriano, Cayo Honorato e Fernanda Oliva, e palestrantes da Palestina, Noruega, Turquia, Grécia, Equador, Inglaterra e Espanha, entre outros países. A palestra de encerramento foi feita por Ivo Mesquita, diretor técnico da Pinacoteca do Estado de São Paulo, que foi convidado de honra evento.
Durante o último final de semana, a programação ainda contou com uma fala aberta dos curadores da 31ª Bienal na própria exposição e visita às exposições “Memórias Inapagáveis” e “A Arquitetura Política de Lina Bo Bardi”, ambas em cartaz no SESC Pompéia.

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