COMEÇA NA QUARTA-FEIRA O FÓRUM MUNDIAL DE BIENAIS EM SÃO PAULO

Palestrantes nacionais e internacionais discutem “Como fazer bienais em tempos contemporâneos” em mesas gratuitas e abertas ao público, no Auditório Ibirapuera

Peter Osborne fará a palestra de abertura do Fórum Mundial de Bienais.

São Paulo recebe a partir de quarta-feira, 26 de novembro, a segunda edição do Fórum Mundial de Bienais, evento onde palestrantes discutem o diálogo das bienais com as comunidades e seu impacto nas mesmas. Entre eles estão representantes de bienais e de renomadas instituições culturais do mundo, especializados em Arte Latino-Americana, do Sudeste Asiático, do Oriente Médio e da África. A abertura, no dia 26, será marcada pelo discurso de Peter Osborne, diretor do Centro de Pesquisas em Filosofia Europeia Moderna da Universidade de Kingston, em Londres, que discutirá o formato das bienais na contemporaneidade.

Nos dias 27 e 28, estão programadas quatro mesas abertas ao público – 650 vagas serão disponibilizadas gratuitamente. Elas serão alternadas por workshops voltados aos representantes das bienais, que, nos dias 29 e 30, participarão de visitas a museus, galerias, ateliês e espaços culturais de São Paulo.

A primeira edição do Fórum Mundial de Bienais, ocorrida em 2012, aconteceu na Coréia do Sul, paralelamente à 9ª Bienal de Gwangju. Segundo Daniel Rangel, diretor artístico do ICCo, “o primeiro Fórum propôs discussões muito pertinentes e criou interconexões de valor inestimável entre as bienais e todos os envolvidos. Trazer o evento a São Paulo é importante para construir uma atmosfera para aprender, compartilhar e formar práticas globais.”

O Fórum considerará as bienais do ponto de vista do Hemisfério Sul, a partir do foco nas cidades de Dakar (Senegal), Istambul (Turquia), Jacarta (Indonésia) e São Paulo. Estas quatro cidades principais realizam bienais há pelo menos 20 anos, constantemente criando e colocando em prática novos conceitos e estruturas. Confira abaixo a programação completa.

Fórum, que este ano tem parceria com o Banco Itaú, acontecerá paralelamente à 31ª Bienal de São Paulo e terá sua programação concebida pela equipe de curadoria da mesma: Charles Esche, Galit Eilat, Nuria Enguita Mayo, Pablo Lafuente, Oren Sagiv, Benjamin Seroussi e Luiza Proença. Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, acredita que a bienal deve tomar para si o desafio de sediar o WBF 2, “já que seu papel é buscar incessantemente novas configurações, reflexões e proposições no mundo da arte”.

As inscrições já estão abertas no site www.worldbiennialforum.org/pt-br

 
Programação aberta ao público


26 de novembro, quarta-feira

19h30 - Cerimônia de abertura
Palestra de abertura
A contemporaneidade e o formato Bienal
Peter Osborne (Inglaterra)
Professor e diretor do Centro de Pesquisa em Filosofia Europeia Moderna, Universidade de Kingston, Londres

 
27 de novembro, quinta-feira

15h – 17h30 – Painel
Uma vez mais, como se fosse a primeira vez: arquivos e memória das bienais e o equilíbrio entre continuidade e reinvenção
Fernando Oliva (Brasil) – Um espaço para o fazer/refazer histórico: 3a Bienal da Bahia, 46 anos depois
Pesquisador, curador e doutorando em História da Arte (ECA-USP)
Anthony Gardner (Austrália) – O Sul como método? Bienais do passado e do presente
Professor de história e teoria da arte contemporânea na Universidade de Oxford
Fabio Cypriano (Brasil) - Como fugir de representações formais com artistas-ativistas
Jornalista, crítico e professor da PUC-SP
Moderator: Martin Grossmann (Brasil)
Diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP e coordenador do “Fórum Permanente: Museus de Arte, entre o Público e o Privado”

18h30 – 21h – Painel
Obras e seus deslocamentos: a interpretação das obras de arte e sua relação com o espaço e o tempo.
Lucy Steeds (Inglaterra) - Bienal, Arquivo, Obra de Arte: Articulações recíprocas
Escritora, professora e editora especializada na área de história e teoria de exposições de arte contemporânea
Marina Fokidis (Grécia)- “Bienal” como estado de encontro físico (humano)
Fundadora e diretora artística do centro cultural Kunsthalle Athena
Övül Durmusoglu (Turquia/Alemanha) - Brinque, por favor? A política ao redor da intimidade pública
Curadora dos programas públicos do Museu do Movimento Istambul
Moderator: Moacir dos Anjos (Brasil)
Pesquisador e curador da Fundação Joaquim Nabuco, Pernambuco


28 de novembro, sexta-feira

15h – 17h30 – Painel
Sem mais comunidades imaginárias: criando novas bienais além de representações nacionais em competição e o marketing neoliberal das cidades
Anne Szefer Karlsen (Noruega) - Uma instituição já na primeira edição
Curadora independente e fundadora e organizadora da série de publicações “Dublett”
David Teh (Singapura) - Moedas do contemporâneo: bienais e o internacional no sudeste da Ásia
Escritor, curador, assessor artístico e pesquisador na Universidade Nacional de Singapura, especializado na arte contemporânea do sudeste da Ásia
Manuela Moscoso (Equador) - O que o amor tem a ver com isso?
Curadora independente que trabalha principalmente com pensamento especulativo e ações que privilegiam a imaginação
Moderadora: Ana Paula Cohen (Brasil)
Co-diretora do PIESP (Programa Independente da Escola São Paulo)

18h30 – 21h – Painel
Popularidade sem populismo: educação, ideologia e intercâmbio
Cayo Honorato (Brasil) – Populismo sem popularidade
Pesquisador de mediações culturais e professor da Universidade de Brasília
Elvira Dyangani Ose (Espanha/Guiné Equatorial) - Para quem as bienais são realizadas?
Professora da Universidade de Londres e curadora de Gotemburgo, na Suécia (GIBCA 2015)
Reem Fadda (Palestina) – Descolonizando a arte
Curadora adjunta de arte do Oriente no museu Guggenheim
Moderatora: Ana Magalhães (Brasil)
Professora e curadora do MAC-USP

21h – Palestra de encerramento
Ivo Mesquita (Brasil) – Convidado de honra
Diretor técnico da Pinacoteca do Estado de São Paulo


29 de novembro, sábado
Visita à 31ª Bienal de São Paulo
10h Apresentação - 31ª Bienal de São Paulo com a equipe de curadores da Bienal
Local: Área Parque, térreo do Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Pavilhão da Bienal)
11h – 16h Visita livre à Bienal


30 de novembro, domingo
Visitas livres de acordo com sugestões dos diretores artísticos do Fórum

 
Parcerias
O Fórum Mundial de Bienais tem como principal patrocinador o Banco Itaú por meio do Ministério da Cultura e da Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta ainda com o patrocínio da CESP - Companhia de Energia de São Paulo por meio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.

O evento tem também apoio do Ministério das Relações Exteriores, Prefeitura de São Paulo, Secretarias da Cultura e do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo, Auditório Ibirapuera, Itaú Cultural, IFA - Institut für Auslandsbeziehungen, Prince Claus Fund, Arts Council, British Council, Goethe-Institut e a Embaixada da Noruega no Brasil

Sobre o ICCo

O Instituto de Cultura Contemporânea é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) fundada em 2009, para promover a arte contemporânea. Sem fins lucrativos, seu objetivo é identificar oportunidades e preencher lacunas no ambiente artístico brasileiro, valorizando a experimentação em artes visuais e propondo um novo modelo de atuação.

As principais estratégias de ação do ICCo são a internacionalização, ao promover a arte contemporânea brasileira fora do país; a gestão compartilhada, articulando parcerias com outras instituições no Brasil e no exterior; e revisitar aspectos da história da arte brasileira relacionando-os a produção atual.
www.icco.art.br

 

FÓRUM MUNDIAL DE BIENAIS No 2
Auditório Ibirapuera, Parque Ibirapuera (Avenida Pedro Álvares Cabral)
Abertura: 26/11

Mesas abertas ao público: 26, 27 e 28/11
Classificação livre.

Grátis, com inscrição obrigatória pelo site www.worldbiennialforum.org/pt-br