Estudo publicado na última
edição da Revista Eletrônica de
Educação discute a produção de
conhecimento no contexto das políticas de expansão da
educação superior no Brasil pós-LDB/1996. Mostra-se
que, desde a segunda metade dos anos 1990, o Brasil vem intensificando o
crescimento da graduação, da
pós-graduação, da pesquisa e da produção
do conhecimento científico, com forte predominância do setor
privado na oferta dos cursos de graduação, enquanto prevalece
a oferta pública de mestrados e
doutorados.
Nos últimos 20 anos, tem prevalecido no governo
federal uma compreensão de que a chamada “economia baseada no
conhecimento” requer tornar a produção
científica mais ajustada aos interesses das empresas e do
país no contexto da globalização produtiva. Assim,
observa-se um conjunto de políticas, programas, ações
e mecanismos legais para promover a interação
universidade-empresa e incentivar a inovação, a pesquisa
científica e tecnológica no ambiente produtivo. Para os
autores, as exigências do sistema produtivo e das agências de
avaliação e fomento traz preocupações com a
natureza e caráter da produção do conhecimento, uma
vez que pode atender demandas mais econômicas que propriamente
sociais.
Acompanhando esse cenário, a
produção científica nacional teve, segundo os autores,
um crescimento médio anual nos últimos 28 anos de 10,5%,
três vezes a média mundial. No período supracitado, o
número de artigos em periódicos internacionais cresceu
143,54%, enquanto o total de livros e capítulos de livros aumentou
117,07%.
Porém, aponta-se o decréscimo no
número de docentes vinculados a programas de
pós-graduação: no período analisado o
número de docentes passou de 69.665 para 60.039,
redução de 13,82%. Essa redução face ao aumento
dos indicadores de produtividade tende a indicar um processo de
intensificação de
trabalho.
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Educação superior: estudo analisa expansão e produtividade no setor
Marcadores:
F Perseu Abramo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário