sábado, 18 de janeiro de 2014

Reestreia no dia 4 de fevereiro, no Teatro Jaraguá Pedro e o Capitão de Mario Benedetti

Reestreia no dia 4 de fevereiro, no Teatro Jaraguá

Pedro e o Capitão
de Mario Benedetti

Nos 50 anos do golpe militar, espetáculo contribui
para ampliar a discussão sobre
os regimes autoritários e a prática da tortura.



Após temporada de sucesso no CCBB, a peça Pedro e o Capitão reestréia no teatro Jaraguá no dia 4 de fevereiro, para uma curta temporada, com sessões de terça a quinta-feira, até o dia 24 de abril. A direção é de Marcos Loureiro, com Kiko Vianello e Gustavo Merighi, que entra para o elenco no lugar do ator Fernando Belo, que interpretou Pedro na primeira temporada. 

Pedro e o Capitão reproduz as sessões de interrogatório de um preso político (Pedro) por um oficial da inteligência militar (O Capitão).   Em que pese a situação extremada na qual os personagens se encontram, a peça não é construída como confronto entre um monstro e um santo, mas entre dois homens de carne e osso, que compartilham zonas de vulnerabilidade e de resistência.

O diálogo entre Pedro e o Capitão postula, por meio de um vasto arco de emoções, o que resulta, em nossa condição de mortais, das escolhas de cada um –pessoais e intransferíveis. A violência é retratada de forma indireta – em nenhum momento a tortura física é mostrada, mas Pedro, de uma sessão para outra, aparece cada vez mais machucado.

No ano em que se completa 50 anos do golpe militar que implantou a ditadura no país, o espetáculo contribui para ampliar a discussão sobre os regimes autoritários e a prática da tortura. Após o golpe de 64, o povo brasileiro viveu a violação dos direitos e a censura, além de conviver com perseguições políticas e torturas, que muitas vezes resultaram no desaparecimento e morte dos presos.

A peça Pedro e o Capitão foi escrita em 1979 pelo uruguaio Mario Benedetti,  que a resume como  “uma indagação dramática sobre a psique de um torturador”,   onde se cruzam a coragem e a covardia, a capacidade de sacrifício, a moral, o ânimo e a sensibilidade face ao sofrimento,  na complexa teia de razões que embasam o comportamento humano. A montagem,   deste consagrado escritor latino-americano, é inédita no país.

Pedro e Capitão
Reestréia dia 4 de fevereiro, às 21h
Temporada: de 4 de fevereiro a 24 de abril, terças, quartas e quintas-feiras, às 21h.
Classificação etária: 16 anos
Duração: 75 min.
Gênero: Drama
Capacidade: 271 lugares
Preço: R$ 20,00 / R$ 10,00 meia
Pela Internet: www.ingressorapido.com.br – tel: 4003.1212
Horários da Bilheteria:
terça a quinta: 14h às 19h
sexta: 14h às 21:30h

sábado: 14h às 21h
domingo: 14h às 19h

(Horário sujeito à alteração conforme a programação do Teatro)
Informações:
(11) 3255.4380 | 2802.7075
Teatro Jaraguá
Rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista
(acesso para portadores de necessidades especiais)


A peça será apresentada normalmente nos dias 4 e 5 de março, feriado de carnaval.
Pedro e o Capitão fica em cartaz até o dia 19 de janeiro no CCBB

PEDRO E O CAPITÃO
FICHA TÉCNICA
Texto                                                           Mario Benedetti
Direção                                            Marcos Loureiro
Tradução                                         Marcos Rivera
Elenco                                              Gustavo Merighi
Kiko Vianello
Figurino                                           Cassio Brasil
Cenário                                            Omar Salomão
Iluminação                                      Fran Barros
Trilha Sonora                                 Dr. Morris
Programação Visual                    Marcelo Cordeiro
Fotos                                                Alexandre Catan
Assessoria de Imprensa             Flavia Fusco
Assistente de Direção                 Regis Trovão
Produção Executiva                    Daniel Palmeira
Coordenação Financeira             Cleo Chaves
Direção de Produção                   Carlos Mamberti
Idealização                                      Fernanda Couto
Produtora Associada                   VGI
Realização                                       CD4 Produções e Ananda Produções

Sobre o autor
Mario Benedetti (1920-2009) é considerado um dos principais autores uruguaios. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.O romance “A Trégua” lhe deu projeção internacional e foi traduzida em mais de 19 países.

O escritor soube mostrar, em sua única peça que tem autorização para ser montada, que para chegarmos num futuro mais feliz  é preciso não termos medo de encarar o passado. Ao contrário, podemos extrair da dor do passado a força necessária para a construção do futuro. 

“Não pratico uma literatura – e menos ainda um teatro- derrotista e choramingas, destinado a inspirar pena e comiseração. Precisamos recuperar a objetividade, como um dos meios de recuperar a verdade, e temos que recuperar a verdade como uma das formas de merecer a vitória”.

MARCOS LOUREIRO – Diretor
Formado em artes cênicas pela Escola de Teatro Macunaíma, fez vários cursos de aprimoramento tanto na área teatral quanto na área cinematográfica. Desde 2000 vem atuando como diretor e em 2002 criou o GRUPO KURINGA que se dedica a pesquisa cênica sobre dramaturgia brasileira contemporânea. Dentre seus trabalhos como diretor, destacam-se: Hotel Lancaster (2002) de Mário Bortolotto; O Colecionador (2004) de John Fowles; A Louca de Chaillot (2006) de Jean Giraduax com Cleide Yáconis; Assassinos e Suínos da Praça Roosevelt (2007) de Jarbas Capusso Filho; Delicadeza (2007) de João Fábio Cabral; Chorinho (2007 à 2012) de Fauzi Arap, com Caio Blat e Claudia Mello e posteriormente com Denise Fraga. No Festival de Teatro de 1 Minuto dos Parlapatões (2008) assinou a direção de nove textos de diversos autores, dentre os quais: Fernando Bonassi, Otávio Frias Filho, Rodolfo Garcia Vasquez e Leilah Assumpção.
Na TV destaca-se o trabalho desenvolvido no seriado Aline-TV Globo.
KIKO VIANELLO
Ator formado em 1994 pela EAD (Escola de Arte Dramática da USP), trabalhou com Gianni Ratto, Antunes Filho, Miroel Silveira, Naum Alves de Souza, Luiz Damasceno , dentre outros diretores. Na televisão atuou em Malhação, além de ter feito participações no seriado Força Tarefa e na novela Insensato Coração. Recentemente integrou o elenco do seriado PSI há ser exibido em 2014 pela HBO. No cinema trabalhou no filme Os Boleiros, A Performance e Deus Jr. Dentre seus últimos trabalhos no teatro destacam-se: A Festa de Abgaiu e Os Penetras, de Mike Leigh com direção de Mauro Baptista Vedia; Pessoas Absurdas, de Alan Ayckbourn com direção de Otávio Martins; Brincando Com A Morte, texto de Joe Orton e direção de Alex Tenório.

 

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