Reestreia no dia 4
de fevereiro, no Teatro Jaraguá
Pedro e o Capitão
de Mario
Benedetti
Nos 50 anos do golpe
militar, espetáculo contribui
para ampliar a
discussão sobre
os regimes
autoritários e a prática da tortura.
Após temporada de
sucesso no CCBB, a peça Pedro e o Capitão reestréia no teatro Jaraguá no
dia 4 de fevereiro, para uma curta temporada, com sessões de terça a
quinta-feira, até o dia 24 de abril. A direção é de Marcos Loureiro, com Kiko
Vianello e Gustavo Merighi, que entra para o elenco no lugar do ator Fernando
Belo, que interpretou Pedro na primeira temporada.
Pedro e o
Capitão reproduz as sessões
de interrogatório de um preso político (Pedro) por um oficial da inteligência
militar (O Capitão). Em que pese a situação extremada na qual os
personagens se encontram, a peça não é construída como confronto entre um
monstro e um santo, mas entre dois homens de carne e osso, que compartilham
zonas de vulnerabilidade e de resistência.
O diálogo entre
Pedro e o Capitão postula, por meio de um vasto arco de emoções, o que resulta,
em nossa condição de mortais, das escolhas de cada um –pessoais e
intransferíveis. A violência é retratada de forma indireta – em nenhum momento a
tortura física é mostrada, mas Pedro, de uma sessão para outra, aparece cada vez
mais machucado.
No ano em que se
completa 50 anos do golpe militar que implantou a ditadura no país, o espetáculo
contribui para ampliar a discussão sobre os regimes autoritários e a prática da
tortura. Após o golpe de 64, o povo brasileiro viveu a violação dos direitos e a
censura, além de conviver com perseguições
políticas e torturas, que muitas vezes resultaram no desaparecimento e morte dos
presos.
A peça Pedro e o
Capitão foi escrita em 1979 pelo uruguaio Mario Benedetti, que a
resume como “uma indagação dramática sobre a psique de um
torturador”, onde se cruzam a coragem e a covardia, a capacidade de
sacrifício, a moral, o ânimo e a sensibilidade face ao sofrimento, na
complexa teia de razões que embasam o comportamento humano. A
montagem, deste consagrado escritor latino-americano, é inédita no
país.
Pedro e Capitão
Reestréia dia 4 de
fevereiro, às 21h
Temporada: de 4 de
fevereiro a 24 de abril, terças, quartas e quintas-feiras, às 21h.
Classificação
etária: 16 anos
Duração: 75
min.
Gênero:
Drama
Capacidade: 271
lugares
Preço: R$ 20,00 / R$
10,00 meia
Pela Internet: www.ingressorapido.com.br – tel:
4003.1212
Horários da
Bilheteria:terça a quinta: 14h às 19h
sexta: 14h às 21:30h
sábado: 14h às 21h
domingo: 14h às 19h
(Horário sujeito à alteração conforme a programação do Teatro)
Informações:
(11) 3255.4380 | 2802.7075
Teatro Jaraguá
Rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista
(acesso para portadores de necessidades especiais)
A peça será apresentada
normalmente nos dias 4 e 5 de março, feriado de carnaval.
Pedro e o Capitão fica em
cartaz até o dia 19 de janeiro no CCBB
PEDRO E O
CAPITÃO
FICHA
TÉCNICA
Texto
Mario Benedetti
Direção
Marcos Loureiro
Tradução
Marcos
Rivera
Elenco
Gustavo Merighi
Kiko
Vianello
Figurino
Cassio Brasil
Cenário
Omar Salomão
Iluminação
Fran Barros
Trilha
Sonora
Dr. Morris
Programação Visual
Marcelo Cordeiro
Fotos
Alexandre Catan
Assessoria de
Imprensa
Flavia Fusco
Assistente de
Direção
Regis Trovão
Produção
Executiva
Daniel Palmeira
Coordenação
Financeira
Cleo Chaves
Direção de
Produção
Carlos Mamberti
Idealização
Fernanda Couto
Produtora Associada
VGI
Realização
CD4 Produções e Ananda Produções
Sobre o
autor
Mario Benedetti
(1920-2009) é considerado um dos
principais autores uruguaios. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia,
romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.O romance
“A
Trégua” lhe deu projeção
internacional e foi traduzida em mais de 19 países.
O escritor soube
mostrar, em sua única peça que tem autorização para ser montada, que para
chegarmos num futuro mais feliz é preciso não termos medo de encarar o
passado. Ao contrário, podemos extrair da dor do passado a força necessária para
a construção do futuro.
“Não pratico uma
literatura – e menos ainda um teatro- derrotista e choramingas, destinado a
inspirar pena e comiseração. Precisamos recuperar a objetividade, como um dos
meios de recuperar a verdade, e temos que recuperar a verdade como uma das
formas de merecer a vitória”.
MARCOS
LOUREIRO –
Diretor
Formado em artes
cênicas pela Escola de Teatro Macunaíma, fez vários cursos de aprimoramento
tanto na área teatral quanto na área cinematográfica. Desde 2000 vem atuando
como diretor e em 2002 criou o GRUPO KURINGA que se dedica a pesquisa cênica
sobre dramaturgia brasileira contemporânea. Dentre seus trabalhos como diretor,
destacam-se: Hotel Lancaster (2002) de Mário Bortolotto; O
Colecionador (2004) de John Fowles; A Louca de Chaillot (2006) de
Jean Giraduax com Cleide Yáconis; Assassinos e Suínos da Praça
Roosevelt (2007) de Jarbas Capusso Filho; Delicadeza (2007) de João
Fábio Cabral; Chorinho (2007 à 2012) de Fauzi Arap, com Caio Blat e
Claudia Mello e posteriormente com Denise Fraga. No Festival de Teatro de 1
Minuto dos Parlapatões (2008) assinou a direção de nove textos de diversos
autores, dentre os quais: Fernando Bonassi, Otávio Frias Filho, Rodolfo Garcia
Vasquez e Leilah Assumpção.
Na TV destaca-se o
trabalho desenvolvido no seriado Aline-TV Globo.
KIKO
VIANELLO
Ator formado em 1994
pela EAD (Escola de Arte Dramática da USP), trabalhou com Gianni Ratto, Antunes
Filho, Miroel Silveira, Naum Alves de Souza, Luiz Damasceno , dentre outros
diretores. Na televisão atuou em Malhação, além de ter feito
participações no seriado Força Tarefa e na novela Insensato
Coração. Recentemente integrou o elenco do seriado PSI há ser exibido
em 2014 pela HBO. No cinema trabalhou no filme Os Boleiros, A
Performance e Deus Jr. Dentre seus últimos trabalhos no teatro
destacam-se: A Festa de Abgaiu e Os Penetras, de Mike Leigh com
direção de Mauro Baptista Vedia; Pessoas Absurdas, de Alan Ayckbourn com
direção de Otávio Martins; Brincando Com A Morte, texto de Joe Orton e
direção de Alex Tenório.
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