terça-feira, 19 de novembro de 2013
Rapper congolês Baloji e Bixiga 70 apresentam suas músicas no Sesc Vila Mariana
Músicos tem encontro marcado com o público paulistano nos dias 20 e 21 de novembro
Pode-se dizer que esses dois shows têm muito em comum. O fato desses artistas evocarem os sons do soul e do afrobeat é o ponto de partida para um encontro que promete balançar o público presente e mostrar que a música não tem fronteiras. O rapper congolês Baloji está sempre criando e absorvendo influências culturais de várias partes do mundo, mas os ritmos africanos são o carro chefe de uma mistura quase inclassificável de diversos gêneros internacionais. O Bixiga 70, por sua vez, lançou recentemente o seu segundo álbum, uma espécie de “caldeirão de ritmos”, onde o groove ficou mais pesado; guitarras e teclados agora estão na linha de frente junto com os metais; bateria, baixo, e percussões impulsionam os arranjos sem massagem; a ira se espalha pelos timbres, pelas linhas melódicas, pelos riffs. Terreiro, Jamaica, dinâmicas jazzísticas, Pará, Etiópia e um clima de “blaxploitation à brasileira” se misturam com equilíbrio. A influência do afrobeat agora se dilui num mar de referências e o som alcançado identifica a banda como uma impressão digital. A África, afinal é um mundo inteiro. Por isso, o Sesc Vila Mariana convida Baloji para se unir ao Bixiga 70, nos dias 20 e 21 de novembro, em duas noites memoráveis no teatro.
Baloji, palavra que poderia ser traduzida do Swahili como “feiticeiro, nasceu na República Democrática do Congo, em 1978. Mudou-se para a Bélgica aos 4 anos. Na Europa, descobriu o hip hop e foi desenvolvendo uma paixão pelo grafiti, o rap e a dança. Cresceu renegando a música de sua terra natal, absorvendo diversas influências, como jazz, rap, funk, bossa nova e rock and roll. Ao longo de sua trajetória acabou se curvando aos ritmos africanos, e hoje faz uma mistura de estilos utilizando o rap, o soul e a rumba de seu país de origem.
A banda Bixiga 70 formou-se a partir da união de vários músicos já conhecidos da cena paulistana a partir de trabalhos desenvolvidos no estúdio Traquitana, localizado no coração boêmio do centro de São Paulo. Vindos das mais variadas frentes musicais, juntaram-se membros que acompanham diversos grupos e artistas como Rockers Control, Kika, Projeto Coisa Fina, Dudu Tsuda, ProjetoNave, Pipo Pegoraro, Anelis Assumpção, Emicida, Rodrigo Campos, Alzira E, entre outros, para explorar o território de fusão da música instrumental africana, latina e brasileira em composições próprias e versões de artistas brasileiros como Luiz Gonzaga, Pedro Santos e Os Tincoãs.
O nome Bixiga70 está ligado ao endereço do estúdio onde o conjunto nasceu: o número 70 da rua Treze de Maio. Considerado por muitos como o berço do samba paulistano, o bairro do Bixiga também hospeda e alimenta a imaginação desses dez músicos que buscam estreitar os laços entre o passado e o futuro através de uma leitura da música cosmopolita de países como Gana e Nigéria, dos tambores dos terreiros, da música malinké, da psicodelia, do dub e de uma atitude despretensiosa e sem limites para o improviso e a dança.
Em julho de 2013, a banda viajou à Europa em nova turnê. Suécia, Dinamarca, Alemanha, Holanda e França foram os países escolhidos na nova temporada pelo continente. Destaque para as apresentações no renomado “Roskilde Festival “(Roskilde, Dinamarca) e no “Aux Heures d'Eté”(Nantes, França).
De volta ao Brasil, o Bixiga 70 lança o seu segundo trabalho, em setembro de 2013. Com produção e arranjos de autoria da banda, o disco reflete o aprofundamento do conjunto em suas influências, ao mesmo tempo em que aponta novos caminhos e sonoridade. Sem título, como o primeiro, é obra totalmente independente e conta novamente com a mixagem de Victor Rice e a arte de MZK.
Baloji + Bixiga 70
Dias 20 e 21 de novembro, quarta, às 18h e quinta, às 21h
Teatro – 611 lugares
Venda pelo sistema INGRESSOSESC e online
Não recomendado para menores de 12 anos
R$ 32 (inteira); R$ 16,00 (usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino com comprovante). R$ 6,40 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).
Bilheteria: Terça a sexta-feira das 9h às 21h30, sábado das 10h às 21h30, domingo e feriado das 10h às 18h30 (ingressos à venda em todas as unidades do Sesc). Aceita-se todos os cartões.
Horário de funcionamento da unidade: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábados, das 9h às 20h30; e domingos e feriados, das 9h às 18h30.
Estacionamento: R$ 3 a primeira hora + R$ 1 a hora adicional (matriculados no Sesc). R$ 6 a primeira hora + R$ 2 a hora adicional (não matriculados). 200 vagas.
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141
Informações: 5080-3000
sescsp.org.br
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