Da Alegria no Leste Europeu
e na Europa Ocidental
e outros ensaios
de Andrei Plesu
Tradução: Elpídio Mário Dantas Fonseca
Formato: 14 x 21 cm
Número de Páginas: 120
Acabamento: Brochura
Lançamento: 2013
Nos textos que compõem este volume, ouve-se a voz de um humanista. Andrei Plesu –ao mesmo tempo esteta, filósofo, educador e homem de ação – narra ao Ocidente as agruras da vida sob o regime comunista. Mas não se engane o leitor: não se trata de mais um daqueles livros que exigem estômago forte. Com humor tipicamente romeno, o autor fala sobre a alegria de saber que “No armazém da esquina há azeitonas! E não há fila!”; conta como era surpreendente saber que, no Ocidente, “se pedires uma cerveja, trazem-te uma cerveja”; e explica que a diferença entre a alegria do Leste Europeu e a da Europa Ocidental se encontra naquilo que é tomado como natural, como pressuposto.
Os temas abordados aqui não são mera curiosidade cultural; antes, revelam preocupações que assolam também a nós. Quando trata das elites, do conceito de tolerância, ou mesmo do que está em jogo nas discussões ideológicas, Ple?u revela como muitos de nossos conceitos estão obscurecidos por um vocabulário que parece familiar, mas que, em última instância, é uma espécie de obstáculo à compreensão da realidade mesma.
É difícil determinar se este livro é crônica do cotidiano, ensaio de psicologia social, discussão filosófica ou sociologia do mundo contemporâneo. Que essa leitura nos seja um convite à constituição de um “homem completo” e de uma “sociedade saudável”.
Um homem completo e uma sociedade saudável têm necessidade ao mesmo tempo dos benefícios da subsistência e da reflexão; de meias e de sonhos; do pão diário e de utopias. No Leste Europeu, faltam-nos, por ora, assim uns como os outros. E não podemos aceitar que o quinhão da geração atual seja o de “vivere”, ficando a filosofia para ser financiada mais tarde... [...] Os homens não ficam mais pobres se, de vez em quando, consentem em dar de comer aos Serafins... (Andrei Plesu)
05 de outubro de 2009
O AUTOR
Andrei Plesu é um dos mais importantes intelectuais romenos, reconhecido na Europa como filósofo e ensaísta. Foi Ministro da Cultura e das Relações Exteriores após a queda do regime comunista. Formou-se em Artes Plásticas, no Departamento de História e Teoria da Arte. Doutorou-se em História da Arte na Universidade de Bucareste, com a tese O Sentimento da Natureza na Cultura Europeia. Sob orientação do filósofo Constantin Noica, Ple?u ampliou sua gama de interesses, voltando-se para discussões de ética, política e educação.
Foi membro da World Academy of Art and Science (1997) e da Académie Internationale de Philosophie de l’Art, Genebra, Suíça (1999). Recebeu diversos títulos internacionais, entre os quais o de Dr. phil. honoris causa da Universidade Albert Ludwig de Freiburg im Breisgau, Alemanha (2000), e da Universidade Humboldt de Berlim, Alemanha (2001); Commandeur des Arts et des Lettres, Paris, França (1990); New Europe Prize for Higher Education and Research em Berlim, conferido pelo Center for Advanced Study in the Behavioral Sciences, Stanford; Institute for Advanced Study, Princeton; National Humanities Center, Research Triangle Park; The Netherlands Institute for Advanced Study in the Humanities and Social Sciences (NIAS), Wassenaar; The Swedish Collegium for Advanced Study in the Social Sciences (SCASSS), Uppsala e Wissenschaftskolleg zu Berlin (1993).
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