quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Na celebração de seus 30 anos, Bienal do Livro Rio recebe público de 660 mil pessoas e se consolida como espaço de debates culturais

Público prestigiou a programação cultural, que, da teoria literária à tecnologia, abordou os mais variados aspectos do universo do livro


Na XVI Bienal do Livro Rio, entre 29 de agosto e 8 de setembro, o crescente investimento na programação cultural oficial – R$ 5 milhões, 20% a mais que na edição anterior – levou ao Riocentro um número recorde de 163 autores brasileiros e 25 estrangeiros (incluindo nove vindos do país homenageado deste ano, a Alemanha), além de 42 mediadores. O resultado, segundo os organizadores – o SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) e a Fagga | GL exhibitions – foi um público total de 660 mil pessoas, que participaram ativamente dos debates culturais sobre os mais diversos aspectos do universo do livro e puderam conhecer de perto seus ídolos literários.


Arthur Repsold, presidente da GL events Brasil, holding da qual faz parte a Fagga | GL exhibitions, ressalta o envolvimento do público. “Cerca de 30 mil pessoas estiveram em espaços como Café Literário, Mulher e Ponto, Placar Literário, #acampamento na bienal e Planeta Ziraldo, além das prestigiadas sessões do Conexão Jovem e do Encontro com Autores, nos auditórios, lotando as sessões, o que é uma grande satisfação”, afirma.


Para Sônia Jardim, presidente do SNEL, os visitantes da Bienal refletiram a riqueza e a diversidade da programação. “Passaram por nossos corredores autores de diferentes perfis, atraindo uma plateia variada, mas é impossível não destacar a grande presença dos jovens. Eles sempre deram brilho à Bienal, mas nos últimos anos vêm se tornando o maior público leitor do país. E quem esteve no Riocentro pôde constatar isso: os jovens eram maioria tanto na plateia dos debates culturais como nas sempre animadas filas para autógrafos e compras de livros”, afirma.


No espaço dedicado aos jovens, o #acampamento na bienal, um dos destaques foi a Máquina de Ler, onde, dentro de uma cabine especial, o público leu trechos do clássico Capitães da areia, de Jorge Amado, gerando vídeos com o conteúdo completo da obra disponibilizados no blog do espaço. E, por meio da visitação escolar, marca registada da Bienal, com dias reservados para que alunos da redepública possam conhecer o evento, 145 mil estudantes estiveram no maior encontro literário do país. O evento também recebeu 2.300 autores credenciados, 97 mil professores e 37 mil profissionais do livro.


Sônia Jardim revela ainda que o total de livros vendidos segue aumentando a cada edição: este ano foram 3,5 milhões, contra 2,815 em 2011. “Mais importante que o número de público em si é constatar que ele é formado de fato por leitores, cada vez mais íntimos do mundo das letras. A média de exemplares entre as pessoas que compraram livros foi de 6,4, um crescimento relevante em relação aos números da edição anterior, que foi de 5,5”, afirma.



Além disso, pela primeira vez, a 16ª edição da Bienal do Livro Rio contou com o Salão de Negócios, que, atendendo a uma demanda de mercado, levou aos três primeiros dias do evento agentes literários e profissionais do livro de diversos países como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Chile e Gana em encontros movimentados. A experiência, na visão de todos os participantes, foi muito positiva. A ideia dos organizadores é que a ação cresça e se consolide nos próximos anos.


A XVII Bienal do Livro Rio já tem data: acontecerá entre 20 e 30 de agosto de 2015.

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