“Por vocação, as fotografias (assim como as canções)
fazem parte do imaginário coletivo e transformam
os significados dos acontecimentos de nosso tempo”.
Paulo Miyada
Curador da Exposição
Artistas: André Penteado, Breno Rotatori, Bruno Baptistelli, Hugo Curti, Ícaro Lira,
Lia Cunha, Maura Grimaldi, Pedro França, Patrícia Araújo, Rafael Craice e Sara Lambranho
Abertura: dia 17 setembro
Em junho de 2013, Hugo Curti iniciou, em parceria com a galeria Mônica Filgueiras, o Círculo da Imagem, uma editora de fotografias contemporânea. Fotógrafo, artista e impressor de fotografias digitais, Curti acompanha os artistas na escolha de imagens e nas suas definições técnicas.
O projeto objetiva produzir edições de artistas de variados perfis e relações com o ato fotográfico e assim oferecer uma plataforma para o contato do público especializado e também de novos interessados no campo da arte.
Para a primeira edição desse projeto, foi convidado o curador e pesquisador Paulo Miyada, que desenvolveu a exposição Todo mundo sabe (que as nossas cidades e corpos foram feitos para ser destruídos), com obras de André Penteado (SP), Breno Rotatori (SP), Bruno Baptistelli (SP), Hugo Curti (SP), Ícaro Lira (CE), Lia Cunha (BA), Maura Grimaldi (SP), Pedro França (RJ), Patrícia Araújo (CE), Rafael Craice (SP) e Sara Lambranho (MG).
O título da mostra foi elaborado como uma paráfrase do verso “Everybody knows that our cities were built to be destroyed”, da canção “Maria Bethânia” (Caetano Veloso, 1971). A escolha, por revisitar esse verso, foi motivada por três desejos concomitantes:
· enfatizar o duplo movimento de apologia e crítica às cidades brasileiras presente na composição;
· provocar a reflexão atual sobre o destino de nossas cidades e nossas vidas;
· evocar aspectos recorrentes da fotografia, como o interesse pela ocupação do espaço e a sensibilidade à passagem do tempo.
Segundo Miyada, “por vocação, as fotografias (assim como as canções) fazem parte do imaginário coletivo e transformam os significados dos acontecimentos de nosso tempo”.
Cada artista participa com até 5 fotografias, todas impressas em folhas de 50 x 50 cm. Colocadas lado a lado, as 40 fotografias formam uma longa linha que atravessa todos os espaços expositivos da galeria, sugerindo uma narrativa semelhante a de um livro ou álbum fotográfico.
Para o curador, esse recurso procura ser fiel aos parâmetros da editora Círculo da Imagem e remete ao modo como foram feitas as primeiras mostras com fotografias em galerias e museus – nas quais não havia o recurso do grande formato ou o emprego da técnica mista, aspectos recorrentes do uso da fotografia por artista contemporâneos. Assim, toda a exposição pode ser lida como uma narrativa que fala sobre a urgência das transformações do espaço e de seus sujeitos.
Todas as fotos participantes da mostra serão produzidas em tiragens e estarão disponíveis para o público.
* Paulo Miyada, graduado em arquitetura na FAU-USP, onde também realizou seu mestrado. Atua como curador e pesquisador de arte contemporânea. Foi assistente de curadoria da 29a Bienal de São Paulo e coordena o Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, São Paulo.
Serviço
Exposição
Todo mundo sabe
(que as nossas cidades e corpos foram feitos para ser destruídos)
Curadoria: Paulo Miyada
Artistas: André Penteado, Breno Rotatori, Bruno Baptistelli, Hugo Curti, Ícaro Lira, Lia Cunha, Maura Grimaldi, Pedro França, Patrícia Araújo, Rafael Craice e Sara Lambranho
Abertura: dia 17 de setembro, terça-feira, às 19h
Exposição: de 17 setembro a 12 de outubro
Local: Galeria Mônica Filgueiras
Rua Bela Cintra, 1533 Tel (11) 3082-5292
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 10h às 19h
Sábado: das 10h às 14h30
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