Pobres e o que mais... |
“Os
diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados,
magros demais, cegos, inteligentes em excesso, bons demais para aquele
cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de
roupas erradas, cheio de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba. Aí
estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo
muito mais”.(Artur da Távola)
Escrever
e pensar a partir dos pobres não gera status social, nem dividendos
econômicos. Lutar com eles e por eles gera reações raivosas e incomoda
aqueles que desejam manter privilégios. Aqueles que lutam com e pelos
pobres sabem que estes precisam ser defendidos não porque sejam bons ou
maus, mas porque são vítimas de um sistema econômico e político de
exclusão, que não gera oportunidades em igualdade de condições para
todos. Para quem ainda duvida disto, eis o que foi anunciado pela ONU:
“90 milhões de pessoas devem cair em condição de pobreza extrema até o
fim deste ano no mundo por causa da crise econômica mundial”.
Difícil crer que as pessoas
pobres e excluídas não sejam vítimas; autores é que não os são; não
escolheram viver na indignidade. Vítimas necessitam de defesa, ajuda e
amparo, para que se lhes resgate a condição de dignidade. Dignidade
confunde-se com liberdade, na busca que cada ser humano faz para
constituir-se gente. Como disse Cecília Meirelles, “liberdade é uma
palavra que o sonho humano alimenta e não há ninguém que não a busque e
ninguém que não a entenda”. [ continue lendo ]
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sexta-feira, 26 de julho de 2013
Pobres e o que mais...
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SER Sistema de Ensino Reflexivo
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