sexta-feira, 26 de julho de 2013
3/8 PARLAPATÕES ESTREIAM O BURGUÊS FIDALGO DE MOLIÈRE
Parlapatões estreiam sua
primeira encenação de Molière:
Estreia dia 3 de agosto, às 21h, no Espaço Parlapatões
“A encenação permite uma visão sobre um país emergente,
que quer ser mais do que consegue.
Mais que uma analogia de épocas, os Parlapatões
pretendem brincar com as facetas risíveis de um Brasil que
vive a fantasia de crescimento,
sem resolver sequer seus problemas básicos.”
Hugo Possolo
Diretor
Os Parlapatões, com mais de 40 comédias em sua trajetória, e com diversos trabalhos feitos a partir da dramaturgia clássica, há muito estavam devendo uma montagem de um texto de Molière.
A escolha de O Burguês Fidalgo está profundamente ligada ao momento histórico brasileiro e responde à visão crítica, e sempre bem humorada, que o grupo busca em suas encenações.
Contundente e perspicaz em relação à sociedade da época, e ainda muito atual, o texto de Molière fala diretamente das necessidades de uma classe em ascensão em sua desenfreada busca por prestígio social. O chamado “sonho burguês de nobreza” – desejo de uma classe dominada em ocupar o lugar da classe dominante – é retrata pelo Sr. Jordain, o burguês do título que, embora seja casado, tenta conquistar o amor de uma nobre para se projetar socialmente. Suas tentativas o expõem ao completo ridículo e revelam o quanto está cercado de interesseiros, que tiram proveito das ilusões que cria sobre si mesmo.
O gênio de Molière vai além da visão sobre o comportamento social e, por meio da força demolidora do humor, se volta para os conflitos sociais e políticos ocultos nas relações cotidianas e na vida de um homem que se deixa enganar para ser aceito socialmente.
O Brasil Emergente com cara de Burguês Fidalgo
A tradução e adaptação de Adonis Comelato, Hugo Possolo e Rafael Fanganiello mantém o ambiente histórico, quando nobres e burgueses disputavam o domínio da sociedade para, sem fugir do tempo na qual a história é narrada, jogar com nossa realidade atual.
Para o diretor Hugo Possolo, a encenação permite “uma visão sobre um país emergente, que quer ser mais do que consegue. Mais que uma analogia de épocas, os Parlapatões pretendem brincar com as facetas risíveis de um Brasil que vive a fantasia de crescimento, sem resolver sequer seus problemas básicos.”
A encenação é festiva, com música ao vivo e espaço para os improvisos que caracterizam o grupo. Cada personagem da história é uma hipérbole dos tipos brasileiros contemporâneos em ascensão, revelando o quanto cada uma delas se deixa corromper na perspectiva de uma vida melhor.
A visão alegórica da encenação traz nos figurinos de Cássio Brasil como uma síntese do encontro de dois tempos, com trajes de época enfeitados com elementos contemporâneos, como fitas de vídeo e luvas cirúrgicas formando perucas, ou com porcas e parafusos se tornando bordados e enfeites luxuosos.
Do mesmo modo a música, na direção musical de Pedro Vilhena, traz uma fusão de canções conhecidas que retratam o ufanismo e também canções especialmente compostas por Comelato, Fanganiello, Possolo e Vilhena.
Nascido como uma comédia-balé, essa adaptação busca no burlesco sua vertente mais festiva e sensual, com coreografias de Rogério Maia.
Enfim, uma encenação divertida, festiva e alegre com a visão crítica e provocativa do humor parlapatônico.
A história de Jordain
Com extraordinário humor, O Burguês Fidalgo conta a história do Sr. Jordain, que não economiza esforços nem dinheiro para se tornar um membro da nobreza.
Para isso, contrata professores de música, dança, esgrima e filosofia que brigam entre si para ver quem tira mais vantagem e dinheiro de Jordain, incluindo Dorante, um nobre falido, que promete um romance com a Marquesa Doriméne. Sua esposa, a Sra. Jordain, é a única que percebe como o marido tem sido feito de tolo.
Em paralelo, o jovem Cleónte quer casar com a filha de Jordain, Lucile, mas o pai quer que a filha se case com um fidalgo. As confusões se sucedem até que o criado de Cléonte, Coville, arma uma grande farsa para enganar o burguês Jordain.
Serviço:
O Burguês Fidalgo
Texto: Molière
Direção: Hugo Possolo
Tradução e Adaptação: Adonis Comelato,
Hugo Possolo e Rafael Fanganiello
Elenco: Hugo Possolo, Raul Barretto, Fabek Capreri,Alexandre Bamba
Lívia Camargo, Fernando Fecchio, João Paulo Bienemann, Fani Feldman
Débora Veneziani Cantora: Dani Nêga Músico: Demian Pinto
Temporada: de 03 de agosto a 27 de outubro
Sextas e Sábados às 21h
Domingos às 20h
Classificação etária: 16 anos.
Duração: 90 minutos.
Capacidade: 98 lugares
Ingressos: R$ 30,00 (Inteira) e R$ 15,00 (Meia)
Bilheteria: (11) 3258.4449
de terça a domingo das 16h às 22h
Pela Internet: Ingresso Rápido: 4003 1212
www.ingressorapido.com.br
Local: Espaço Parlapatões
Praça Franklin Roosevelt, 158
www.espacoparlapatoes.com.br
Ficha Técnica - Resumida
Texto: Molière
Direção: Hugo Possolo
Tradução e Adaptação: Adonis Comelato, Hugo Possolo e Rafael Fanganiello
Elenco:
Hugo Possolo
Raul Barretto
Fabek Capreri,
Alexandre Bamba
Lívia Camargo
Fernando Fecchio
João Paulo Bienemann
Fani Feldman
Débora Veneziani
Cantora: Dani Nêga
Músico: Demian Pinto
Figurinos: Cássio Brasil
Trilha Sonora: Pedro Vilhena
Coreografia: Rogério Maia
Cenário: Hugo Possolo
Iluminação: Reynaldo Thomaz
Assistência de Figurinos: Ana Rillo e Luan Mello
Produção Executiva: Erika Horn
Assistência de Produção: Janayna Oliveira, Elisa Rosas e Amanda Yamada
Vídeos: Zeca Rodrigues
Programação Gráfica: Werner Schulz
Comunicação e Redes Sociais: Dhaianny Vieira
Coordenação de produção: Raul Barretto e Hugo Possolo
Realização:
Parlapatões / Agentemesmo Produções Artísticas
Patrocínio:
CCR – Ministério da Cultura – Governo do Brasil - Lei Federal de Incentivo à Cultura
Sobre os Parlapatões
Em 1991 surgiu o grupo teatral Parlapatões, voltados para a comédia, técnicas circenses e improvisação. Produziram mais de 46 diferentes espetáculos, promoveram eventos, mostras e festivais. Hoje, o grupo tem o seu teatro próprio, o Espaço Parlapatões, reconhecido nacionalmente por sua programação artística e pelo seu papel na revitalização do centro paulistano. Em janeiro de 2013 inauguram o Galpão Parlapatões, na Lapa, que funcionará como centro de treinamento circense e sala de ensaio para teatro, circo, música e cinema. Os Parlapatões realizadores, junto à JLeiva e Chaim Produções, da Festa do Teatro, que em suas três edições já distribuiu mais de 100 mil ingressos de teatro gratuitamente para a população. Os Parlapatões mantiveram também, entre 2005 e 2012, o Circo Roda, que realizou os espetáculos Stapafúrdyo, Oceano, DNA – Somos Todos Muito Iguais e Caravana – Memórias de um picadeiro. O vasto repertório dos Parlapatões já circulou todo o Brasil e seus principais festivais: FTC (Curitiba); FILO (Londrina), FIT (Belo Horizonte) e Porto Alegre em Cena. Destacam-se as peças: PPP@WllmShkspr.br; Piolim (Grande Prêmio da Crítica APCA); Sardanapalo, (Festival de Edimburgo, Escócia); e U Fabuliô, (representante oficial do Brasil na Expo 98), em Lisboa; As Nuvens e/ou um Deu$ Chamado Dinheiro; Prego na Testa; Hércules e O Papa e Bruxa. Seus espetáculos já se apresentaram na Espanha, Portugal, Chile, Escócia e E.U.A.
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Espaço Parlapatões
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