domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Bailarina Fantasma de Socorro Acioli 14x21 cm.



A Bailarina Fantasma  

de Socorro Acioli

    14x21 cm.
    184 páginas
    4x2

 
         
      O Theatro José de Alencar é um lugar mágico. Foi construído em 1908 e graças aos cuidados que tem recebido, ainda conserva a mesma beleza e encanto do dia de sua inauguração . Parece inacreditável que seja possível sentar nas mesmas cadeiras em que tantas pessoas estiveram há cem anos, quando a cidade recebeu de presente essa jóia de arquitetura.

Até hoje a empresa escocesa MacFarlane & CO, que forneceu o ferro para estrutura da sala de espetáculos, indica o Theatro José de Alencar como uma de suas obras mais bonitas, dentre tantas espalhadas pelo mundo. Além do material vindo da Escócia, a beleza desse teatro também conta com a obra de artistas plásticos, arquitetos e engenheiros brasileiros.

Parece que os fantasmas gostam de teatros antigos. Com esse não é diferente. Há anos os funcionários e artistas que frequentam essa casa relatam histórias sobre uma bailarina jovem, bonita, quase transparente, que dança no palco pela madrugada, passeia pelos corredores e tenta fazer contato com alguém que não tenha medo do seu hálito gelado. A bailarina fantasma tem algo a dizer e uma história para contar. Sua vida se confunde com a vida dessa casa centenária. Só alguém com muita coragem será capaz de ouvir.

   
         
      Socorro Acioli nasceu em 1975 em Fortaleza, é jornalista, escritora e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Já recebeu o Prêmio de Melhor Obra Infantil da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, o Selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

   
          
       
APRESENTAÇÃO DO LIVRO PARA ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR:


A bailarina fantasma é um romance juvenil, que conta a história de uma moça de outro mundo que aparece no Theatro José de Alencar, o mais antigo de Fortaleza, assustando funcionários, artistas e o público que assiste aos espetáculos. Nos anos 90, o teatro passa por uma grande reforma. A filha do arquiteto responsável pelos trabalhos, Anabela, tem um encontro inevitável com a bailarina.

Depois de muito medo e resistência, Anabela decide escutar o que o fantasma tem a dizer. Para seu espanto, a moça transparente pede a Anabela um favor, ajudando a resolver um assunto muito grave que ela não pode concluir em vida. O texto foi concebido pela autora a partir de uma lenda urbana da cidade de Fortaleza. Durante quatro anos a escritora entrevistou pessoas ligadas ao teatro, que contaram histórias sobre as aparições da bailarina. A partir dos depoimentos, ela escreveu o romance.

1º passo: DESPERTANDO A CURIOSIDADE DOS ALUNOS

Apresente o livro aos alunos, mostrando a capa, o título e o nome da autora. Pergunte o que eles esperam dessa história, o que imaginam que possa surgir nas páginas de um livro que anuncia a existência de uma bailarina fantasma. Pergunte o que esse título desperta na memória de cada um. Pergunte a eles se já leram livros sobre fantasmas. Peça que relembrem os fantasmas famosos da literatura e do cinema.

Estimule a turma a contar suas histórias pessoais, sobre o assunto, escrevendo um pequeno texto a ser lido para o grupo.

• Solicite aos alunos que assistam ao book trailer do livro, disponível no YouTube no endereço //http://www.youtube.com/watch?v=wyQ49-KCwJQ//. Por fim, apresente o livro, contando o resumo da história. É muito importante que você já tenha lido a obra antes de começar o trabalho com a turma. É a partir da sua relação com aquele texto que o interesse de fato vai acontecer.

2º passo: DIÁRIO DE LEITURA

Marque uma data para o início e término da leitura. Sugira aos alunos que criem um Diário de Leitura, algo livre e muito pessoal. Pode ser um caderno pequeno, uma caderneta ou uma parte do caderno grande só para isso. Nesse diário, o aluno deve anotar o seu percurso de leitura de forma espontânea. É interessante sugerir uma breve orientação, a seguir:

Anotar no Diário de Leitura a data de início, as impressões sobre o texto a partir do título e do projeto gráfico e a opinião sobre histórias de fantasmas.

Listar os personagens, escrever o nome de cada um e registrar sua opinião breve sobre eles. Quem é chato, quem é interessante, quem é bobo, quem é esperto? Algum deles parece com alguém que você conhece?

Anotar as emoções que o livro despertou: medo, suspense, indignação, raiva, enternecimento, tristeza, alegria, alívio.

3º passo: LEITURA E MERGULHO NO TEXTO

Na data marcada para o término da leitura será o dia da “Conversa sobre a bailarina fantasma”. Nesse momento a turma vai se reunir para conversar sobre o livro.

É interessante que o professor prepare um roteiro para organizar a conversa, seguindo a ordem dos capítulos. O Diário de Leitura de cada aluno servirá como base para a participação. Explore os quatro aspectos principais da estrutura de um romance: Enredo, Espaço, Tempo e Personagens. Sobre o enredo, pergunte o que acharam da história. É convincente? Poderia ser real? É trágica, romântica? Lembra algo da sua própria experiência? Sobre o espaço, solicite aos alunos uma breve pesquisa sobre o Theatro José de Alencar e a cidade de Fortaleza e sobre Glasgow, na Escócia. A respeito do tempo, é interessante explorar o fato de que o romance se passa em dois tempos distintos e intercalados.

A história começa no presente, volta ao passado e depois retorna ao presente para sua conclusão. Pergunte aos alunos como seria esse texto se tudo fosse contado de forma linear, do começo ao fim, sem nenhum salto no tempo. Ficaria mais ou menos interessante? Sobre os personagens, há muito o que explorar. Anote no quadro a lista com todos os nomes.

Peça aos alunos que os organize em grupos, de acordo com sua família ou lugar na trama, fazendo um esquema com círculos. Peça que cada um eleja o seu personagem preferido e a seguir, o mais chato. Divida a turma em dois grupos. Um terá que defender o casal de protagonistas, Clara e Gabriel. O outro grupo defenderá o Dr. Augusto Arruda. O objetivo do debate é encontrar uma solução para que as duas partes saiam satisfeitas da negociação.

A partir de uma votação, escolham a melhor cena do romance, para que seja dramatizada em sala, de forma livre.

4º passo: MERGULHANDO UM POUCO MAIS

Apresentaremos, a seguir, algumas sugestões para um trabalho escrito sobre o livro. O professor pode lançar as ideias e pedir que cada um escolha a que gostaria de fazer:

SE EU FOSSE...

Nesse trabalho cada aluno se coloca na pele de um dos personagens e narra o que faria dentro da trama, como agiria diferente, como resolveria os conflitos e lidaria com os outros personagens.

ONDE EU ESTOU NESSE LIVRO?

A proposta é fazer com que o aluno escreva sobre a sua relação com o texto. Ele já passou por alguma situação semelhante (ver fantasmas, viver um amor proibido, receber um pedido de um favor difícil de fazer)?

Em que aspectos o texto tocou experiências da sua vida? Gostaria de estabelecer contato com alguém que já partiu? O que acha da relação de Anabela com a morte?

MEU FANTASMA PESSOAL

A ideia é sugerir que o aluno também crie uma história de fantasma, alguém que venha do outro lado para lhe ajudar, contar algo, dar um recado. Que fantasma você gostaria de ver, de conhecer e até de conviver? Pode ser alguém famoso, ou da familia. Ou até um personagem totalmente ficcional.

CAÇADORES DE LENDAS URBANAS

O livro “A bailarina fantasma” foi escrito a partir de uma lenda do Theatro José de Alencar de Fortaleza. Sugira aos alunos que procurem na internet informações sobre a autora e seu processo de pesquisa e criação. Depois proponha que eles façam a mesma coisa em suas cidades, procurando saber histórias de lendas que falem de fantasmas e casos misteriosos. Estimule os alunos a criar uma história a partir do que conseguirem coletar em entrevistas e pesquisas pela cidade, criando um conto de autoria própria.

5º passo: CAMPANHA “EMPRESTE O SEU FANTASMA”

Depois da leitura e dos trabalhos a partir do texto, peça aos alunos que emprestem o livro para alguém da família ou amigo, à sua escolha. Marque um prazo – mais livre – para que aconteça um outro encontro da turma. Peça aos alunos que entrevistem a pessoa que leu o livro. No dia do encontro final, cada um deve relatar as impressões do seu leitor escolhido. Quanto mais diversificadas as idades dos leitores, melhor.

Se houver a possibilidade de convidar alguns para o encontro em sala, será perfeito. Ao final, peça a cada um que escolha uma única palavra para definir a experiência que viveu com o texto.



um lançamento

   

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