Música
de câmara da melhor qualidade na 31ª Oficina de Música de Curitiba,
nesta quinta-feira (17), às 19h. Os músicos Ricardo Bologna e Marcio
Szulak (percussão), Olga Kiun e Clenice Ortigara (pianos), Alexandre
Razera (viola), Marcos Fregnani (flauta transversal) e Hélio Leite
(harpa) tocam na Capela Santa Maria Espaço Cultural.
No programa, Intermezzo para flauta e harpa, de Hendrick Andriessen (1892 – 1981), compositor e organista holandês,
lembrado, acima de tudo, por sua improvisação no órgão e na renovação
da música litúrgica católica na Holanda. As composições revelam fortes
influências francesas.
O repertório da noite também traz Nocturne Op. 17, escrito originalmente para piano e flauta por Franz Doppler (1821 – 1883), um flautista virtuoso e compositor mais conhecido por suas composições para flauta. Os vários duetos para o instrumento
compostos por ele eram tocados por seu irmão Karl. Doppler também
escreveu uma ópera em alemão e várias óperas em húngaro, apresentadas
com grande sucesso. Os vários duetos de flauta compostos por ele eram
tocados por seu irmão Karl. Sua música contém aspectos de música russa e
húngara.
La flute de Pan, de Jules Mouquet (1867-1946), em três movimentos, é o trabalho mais conhecido do compositor, também escrito originalmente para flauta e piano. Mouquet foi professor de harmonia no Conservatório de Paris, no início do século XX. Compositores românticos e impressionistas foram suas principais influências criativas.
A Sonata Arpegionne, de Franz Schubert (1797 – 1828), também faz parte do programa. O arpeggione é um instrumento musical de seis cordas, afinado como um violão, mas tocado com arco, como um violoncelo. Foi moda durante não mais de uma década, depois da sua criação por volta de 1823 pelo luthier
Johann Georg Staufer (1778-1853). A única peça mais notória que
subsiste é a que será apresentada nessa noite na Capela Santa Maria .
Mais recentemente, Nicolas Deletaille
reintroduziu o instrumento, executando a obra de Schubert no seu
instrumento original (esta sonata é hoje habitualmente executada
sobretudo em violoncelo ou viola) e encorajando também os compositores a escreverem nova música para o instrumento.
Outra
sonata programada para o concerto é a composta para dois pianos e
percussão, de Bela Bartok (1881 – 1945), a mais célebre de suas obras.
Foi composta durante os meses de julho e agosto de 1937, em Budapeste. A
ideia de escrever para dois pianos inquietava o compositor que sonhava
também em associar piano e percussão. Em artigo publicado em 1938 num
jornal local declarou: “pouco a pouco reforçava-se em mim a convicção de
que o piano não contrabalançava de forma satisfatória com a sonoridade
frequentemente mordaz dos instrumentos de percussão. Em consequência, o
projeto modificou-se de tal forma que dois pianos em lugar de um são
confrontados com a percussão”.
A
31ª Oficina de Música de Curitiba é uma realização do Instituto
Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural e Prefeitura de Curitiba,
Governo do Estado do Paraná, Ministério da Cultura e Governo Federal,
com o patrocínio da Petrobras e da Sanepar, por meio da Lei de Incentivo
à Cultura. A 31ª edição conta ainda com o apoio cultural das seguintes
instituições: Ano Brasil Portugal, Casa da Música de Portugal, Centro
Cultural Teatro Guaíra, Conservatório de Lyon, Consulado Geral da
República da Polônia em Curitiba, Escola de Música e Belas Artes do
Paraná, Faculdade de Artes do Paraná, Família Farinha, Goethe-Institut
Curitiba, Jasmine Alimentos, Musicamera Produções, Orquestra Filarmônica
de São Petesburgo, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade
Federal do Paraná, Rádio e Televisão Educativa do Paraná – É-Paraná,
Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná e Universidade Tecnológica Federal
do Paraná.
Serviço:
31ª Oficina de Música de Curitiba
Concerto de Música de Câmara
Data e horário: 17 de janeiro, às 19h
Local: Capela Santa Maria Espaço Cultural – R. Conselheiro Laurindo, 273 – Centro
Ingresso: R$20 e R$10
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