quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Obra do Cine Passeio tem 80% dos recursos já captados por potencial construtivo



            Oitenta por cento dos recursos necessários para as obras do Cine Passeio já foram captados por meio de potencial construtivo. Com isso, já está garantida a verba necessária para dar início ao processo de licitação, consolidando um dos mais importantes projetos da Prefeitura de revitalização do Centro Histórico e de retomada dos cinemas de rua. O custo total estimado da obra é de R$ 5 milhões e já foram captados por potencial construtivo R$ 4 milhões.
            O Cine Passeio será um novo complexo cultural, com três salas de projeção, salas de cursos, de edição de imagem e som, uma biblioteca voltada às artes visuais, áreas de convivência, e espaço para encontros e exposições. Será instalado no antigo quartel da Rua Riachuelo – uma edificação de propriedade do município que, em 2010, foi destinada à Fundação Cultural de Curitiba, para desenvolver, em conjunto com o Ippuc – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, o projeto de reforma e ocupação do espaço.
            Em setembro deste ano, o edifício do antigo quartel foi definido como Unidade de Interesse Especial de Preservação (UIEP) pelo decreto municipal nº 1275/2012. Foi o que possibilitou a arrecadação dos recursos da obra por meio de transferência de potencial construtivo. Em menos de três meses, foram levantados 80% dos recursos, viabilizando a realização da licitação, já a partir do início de 2013. 
            De acordo com a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Roberta Storelli, foi feito todo o esforço para o projeto se concretizar. Inicialmente, o orçamento de R$ 5 milhões para o Cine Passeio seria composto por duas fontes: recursos oriundos do PAC das Cidades Históricas e da venda do Cine Luz. Como a verba do PAC ainda não foi liberada e a venda do Cine Luz ainda não foi efetivada, buscou-se outras alternativas para não retardar o início das obras.
“Não poderíamos ficar apenas aguardando a liberação da verba do governo federal ou da venda do cinema para devolvermos à população os cinemas de rua, e, por isso, a Fundação Cultural de Curitiba não mediu esforços para viabilizar a obra e, assim, buscou inclusive parceiros na iniciativa privada, além de outras alternativas para que o mais breve possível pudesse cumprir essa meta”, explica Roberta. De acordo com a presidente da Fundação Cultural, os recursos do PAC e da venda do Cine Luz, quando vierem, poderão ser utilizados em outros importantes projetos de revitalização daquela região, inclusive o restauro e a acessibilidade do Solar do Barão. 

A comercialização das cotas de potencial construtivo em tão pouco tempo decorre do aquecimento do mercado imobiliário.  Com os recursos garantidos, o projeto executivo já definido, estudos detalhados das estruturas necessárias ao meio audiovisual e das questões de acessibilidade, o projeto do Cine Passeio está pronto para sair do papel. “Terminamos o ano deixando todas as ferramentas para que o projeto seja colocado em prática. Sinto-me orgulhosa de encerrar a gestão com mais essa conquista”, diz Roberta Storelli.

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