A Oficina de Música de Curitiba, um dos
patrimônios culturais da cidade, chega a sua 31ª edição em 2013, com uma
novidade para os participantes. Além das aulas com professores consagrados nos
cenários nacional e internacional, os alunos contarão com o projeto Digitópia,
que consiste em um conjunto de vários computadores de livre acesso, no qual as
pessoas são provocadas a criar ou ouvir música com a utilização de vários
softwares.
Essa é apenas uma das inovações que
integram uma intensa programação preparada para o período de 9 a 29 de janeiro. Serão 99
professores vindos de todo o Brasil e de 17 países como Suíça, Portugal,
França, Itália, Alemanha e México, responsáveis por 92 cursos nas fases erudita
e popular. Já estão previstos aproximadamente 85 espetáculos, levando ao
público o talento de artistas de várias partes do mundo. As inscrições para os
cursos estarão disponíveis no site da Oficina de Música
(www.oficinademusica.org.br) a partir do dia 1º de dezembro.
“O respaldo como um dos eventos mais
importantes na formação e aperfeiçoamento musical da América Latina garante a
realização da Oficina de Música de Curitiba por tantos anos”, ressalta Janete
Andrade, diretora artística da Oficina de Música. Como ex-aluna das primeiras
edições da Oficina – ao lado de outros músicos que hoje desenvolvem carreiras
vitoriosas –, Janete vê com grande satisfação o desdobramento e a consolidação
da iniciativa.
Formato –
A Oficina de Música de Curitiba compreende as fases erudita e popular, formadas
por cursos, concertos, espetáculos e seminários, atingindo um público estimado
em 50 mil pessoas. A programação pedagógica atende à formação individual do
aluno, aliada às práticas em conjunto, em um intenso trabalho sob a tutela
individual ou coletiva de professores e artistas consagrados.
As
atividades da Oficina de Música englobam orquestras, música de câmara, programa
vocal voltado à montagem de Estúdio Ópera, banda sinfônica, práticas de coral,
música antiga, música e tecnologia, música popular brasileira com suas
derivações na música instrumental e música de raiz, ações e cursos
descentralizados em todas as Regionais da cidade.
O programa pedagógico, de total imersão
musical, tem gerado, ao longo dos anos, a preparação de várias gerações de
músicos, que dão continuidade aos trabalhos musicais no Brasil e no exterior,
atuando em instituições musicais mundialmente reconhecidas. Entre eles figuram
nomes como Alexandre Klein, que já ocupou o cargo de primeiro oboísta da
Chicago Symphony Orchestra e atualmente responde pela direção artística do
Festival de Música de Jaraguá; Cristiano Alves e Carlos Prazeres,
respectivamente primeiro clarinete e primeiro oboísta da Petrobras Sinfônica;
Carlos Moreno, que comandou a Orquestra Sinfônica da USP e hoje rege a
Orquestra Sinfônica de Santo André; e Nelson Kunze, editor da Revista Concerto.
Outro exemplo é o violinista curitibano Rodolfo Richter. Aluno das primeiras
Oficinas, Richter partiu para uma carreira internacional e vive há 15 anos em
Londres, onde é professor do conceituado Royal College of Music.
Destaques – Na fase de música erudita, que abre os trabalhos
da Oficina de Música de Curitiba, estão professores que pela primeira vez
compartilham seu talento com alunos da Oficina. Na relação, constam a
violoncelista francesa Catherine Strinx, o contrabaixista russo Artem Chirkov,
o flautista Marcos Fregnani Martins, brasileiro
radicado na Alemanha, e a pianista polonesa Magdalena Lisak. Na parte de música
antiga, os novos nomes são o violinista Andrew Fouts e a violoncelista
Phoebe Carrai, ambos dos Estados Unidos, mais a soprano suíça/argentina Maria
Cristina Kiehr e o oboísta barroco Diego Nadra, da Argentina.
Na etapa de música popular, também há
novas participações, por conta de músicos como o arranjador Jaime Alem e o
pianista Amilton Godoy, além do compositor francês do Théâtre du Soleil, Jean Jacques Lemetre. No Núcleo
Latino-americano, estréia do percussionista mexicano Ricardo Gallardo.
Digitópia – O projeto Digitópia foi criado em 2007 e tem o seu
espaço físico na Casa da Música, na cidade de Porto, em Portugal. É um conjunto
de vários computadores de livre acesso, provocando o usuário a criar ou ouvir
música com a utilização de vários softwares. O programa está sendo usado em
países como Suécia e Estados Unidos.
O Digitópia é uma proposta dentro da área das novas
tecnologias aplicadas à música. Os trabalhos musicais criados pelos
frequentadores do Digitópia podem ser levados para casa pelos seus criadores,
por meio de pendrive ou de CD.
Em 2010, foi desenvolvido o Digitópia Itinerante, um
formato portátil (quatro laptops, iPad e iPhones, além de controladores:
teclados, controladores midi, entre outros) que permite que estas oficinas de
composição de música digital possam ser feitas em diversos locais como Fundação
Calouste Gulbenkian, em Lisboa
(Portugal), e no Palácio da Música
Catalã, em Barcelona (Espanha). A proposta de trazer esse projeto à Oficina de
Música de Curitiba é despertar o interesse pelo uso da informática na criação
musical de forma recreativa.
Serviço:
31ª Oficina de Música de Curitiba, de 9 a 29 de janeiro de 2013.
Inscrições: a partir do dia 1º de
dezembro de 2012, no site www.oficinademusica.org.br
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