quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Macário, ou Do drama romântico em Álvares de Azevedo de Andrea Sirihal Werkema

Macário, ou Do drama romântico em Álvares de Azevedo

de   Andrea Sirihal Werkema


O título busca analisar a obra de Álvares de Azevedo \'Macário\', considerada imperativa para a criação de um sistema crítico que a ela se adaptasse, por questões metodológicas, valorativas e históricas, assim como por consideração à singularidade da obra deixada pelo autor.

Esta tese propõe uma leitura do drama "Macário", de Álvares de Azevedo, como exemplar de um gênero problemático no quadro das formas literárias do Romantismo brasileiro. Para isso busca traçar um rápido panorama teórico de correntes críticas e experimentais do movimento romântico, localizando no drama romântico problemático uma das formas do questionamento do Romantismo frente aos gêneros literários clássicos, ou já estabelecidos pelo cânone. A leitura de "Macário" seria a base para uma reflexão acerca dos caminhos que o Romantismo brasileiro tomou, a partir da encruzilhada entre um nacionalismo literário quase obrigatório e uma preocupação com a sondagem estética, como formas viáveis de estabelecer uma autonomia cultural entre nós.

Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo, 12 de setembro de 1831 — Rio de Janeiro, 25 de abril de 1852) foi um escritor da segunda geração romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro, autor de Noite na Taverna.

Filho de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.
Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia; e iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.
Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 21 anos.
A sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla) e Lira dos vinte anos
Suas principais influências são: Lord Byron, Goethe, François-René de Chateaubriand, mas principalmente Alfred de Musset.
Figura na antologia do cancioneiro nacional. Foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias. As últimas encenações de seu drama Macário foram em 1994 e 2001. É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.


LANÇAMENTO DA




 




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