terça-feira, 19 de junho de 2012

Editora LeYa lança em junho “Dignidade”, em parceria com a Médicos Sem Fronteiras



ELIANE BRUM E MARIO VARGAS LLOSA ESTÃO ENTRE OS AUTORES CONVIDADOS PELA ORGANIZAÇÃO PARA ESCREVER OS TEXTOS DA OBRA

Há quem diga que as pessoas não passam de seres humanos cruéis, oportunistas, violentos e egoístas. Ao abrir esse livro, fica fácil enxergá-las. Mas há também quem diga que existem pessoas que compensam em bondade o que falta nas outras, que vivem para provar que ainda há razão para acreditar na humanidade. E ao abrir esse livro, fica claro, principalmente, que elas são reais.

A editora LeYa lança em junho “Dignidade”, em parceria com a organização Médicos Sem Fronteiras. Nove grandes autores da atualidade viveram a rotina dos profissionais e pacientes da organização e retratam os horrores e as inesperadas alegrias vividas em zonas de crises humanitárias, em que os médicos atuam.

Eliane Brum, Mario Vargas Llosa, Paolo Giordano, Catherine Dunne, Alicia Giménez Bartlett, James A. Levime, Esmahan Aykol, Tishani Doshi e Wilfried N’Sondé emprestam as suas renomadas palavras para dar voz àqueles que ainda não conseguiram se fazer ouvir. Sejam eles refugiados no Congo, camponeses cujos sonos são assombrados por Vinchucas, os barbeiros, na Bolívia, uma voluntária assustada e confusa que encontra alento em uma couve-flor em Bangladesh, uma mulher espancada por ser portadora do vírus HIV na Cidade do Cabo e o preconceito na República Democrática do Congo, imigrantes ilegais em centros de detenção na Grécia, pacientes infectados por uma epidemia de Sarampo não vista há mais de uma década no Maláui, vítimas de conflitos armados na Índia ou grávidas que perdem seus filhos pela falta de assistência em Burundi.

Com prefácio de Dráuzio Varella, “Dignidade” marca o quadragésimo aniversário da Médicos Sem Fronteiras. Os textos transportam os leitores para um universo desconhecido, de regiões que não estampam as principais matérias de jornais e acabam esquecidas, mergulhadas em suas próprias tragédias. Sensível, a obra traz à luz essas histórias, mostrando a luta diária não de quem vive, mas dos que sobrevivem, apesar de tudo.

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