quarta-feira, 23 de novembro de 2011

evento - teatro FARSA DA BOA PREGUIÇA NA CAIXA CULTURAL CURITIBA






Elenco composto por Bianca Byington, Guilherme Piva e Jackson Costa apresenta texto de Ariano Suassuna





A CAIXA Cultural apresenta o espetáculo “Farsa da Boa Preguiça”, com texto de Ariano Suassuna e direção de João das Neves, um dos fundadores do Grupo Opinião. A comédia musical, que fica em cartaz de 25 a 27 de novembro, marca os 50 anos de carreira do diretor e conta com elenco formado por Guilherme Piva, Bianca Byington e Jackson Costa.



O texto narra a história de Joaquim Simão, um preguiçoso poeta de cordel casado com a religiosa Nevinha. Aderaldo Catação - apaixonado por Neivinha - e Clarabela – que se insinua para Simão - formam o casal mais rico da cidade e possuem um relacionamento aberto. Três demônios fazem de tudo para que o pobre casal caia no pecado, enquanto dois santos tentam intervir, sob os olhos e avaliação de Jesus.



“Ao encenar esse texto, queremos reverenciar o mestre Ariano Suassuna e sua obra. Queremos celebrar, com carinho e alegria, aquilo que somos: artistas do povo brasileiro”, resume João das Neves. Para Suassuna, o texto tem dois temas centrais: “não defendo indiscriminadamente a preguiça — coisa que, aliás, não poderia fazer, pois ela é um dos ‘sete vícios capitais’ do Catecismo. No Teatro antigo, havia uma convenção, segundo a qual, no fim da história, o autor podia dar sua opinião sobre o que acontecera no palco. Era a chamada ‘licença’, ou ‘moralidade’”.



A peça conta com a utilização de bonecos de mamulengo - tipo de fantoche típico do Nordeste, especialmente em Pernambuco -, que fazem parte do universo de Suassuna. Os mamulengos representam cada personagem e trazem as características físicas de cada ator, se revezando com os atores na representação.



O texto é rimado, característica muito presente nas obras do autor paraibano. Entre os momentos musicados do espetáculo, está a música de abertura composta pelo próprio João das Neves. “A sonoridade que estou construindo para o espetáculo é a que encontramos no universo do Ariano, uma mistura de música nordestina de raiz, música folclórica, e, como não poderia deixar de faltar, música armorial. Essa música armorial é uma mistura da música nordestina de raiz com música medieval e clássica”, explica Alexandre Elias, diretor musical.



Os próprios atores cantam, dançam e tocam diversos instrumentos, como violão, cavaquinho, percussão, entre outros. “Mesmo quando o ator vem me dizer que não sabe cantar nem tocar nada eu o coloco pra ralar e, no final, todos viram músicos. Porque, ao meu ver, a música está dentro de todas as pessoas, todos nós somos seres musicais e podemos fazer música e cantar. O canto é nosso instrumento musical natural e orgânico”, acrescenta Elias.



A peça teve indicação para vários prêmios: direção (João das Neves), música (Alexandre Elias), atriz (Bianca Byington) e figurino (Rodrigo Cohen), que efetivamente levou o troféu de melhor figurino no Premio Shell de teatro de 2009, além do Prêmio Contigo de Melhor Musical Brasileiro.



Sobre Ariano Suassuna:

O romancista e dramaturgo Ariano Suassuna é uma das mais importantes referências da literatura brasileira. Fundador do Movimento Armorial, Ariano tem sua obra permeada por valores e personagens da cultura popular nordestina e de clássicos da literatura universal. O autor do “O Auto da Compadecida” é o poeta das raízes mais fundas da nacionalidade, e já foi comparado a Dante e Cervantes.



Sobre João da Neves:

O autor e diretor carioca João das Neves iniciou sua carreira profissional em 1959. Em 1964, fundou ao lado de Ferreira Gullar, Oduvaldo Vianna Filho, Teresa Aragão, Paulo Pontes, Pichin Plá, Armando Costa e Denoy de Oliveira, o Grupo Opinião, um dos principais focos de resistência político-cultural das décadas de 60 e 70.



O diretor sempre privilegiou montagens de textos, tanto nacionais quanto estrangeiros, que poderiam servir de enfoque para a situação política do Brasil nos anos da ditadura militar. Recebeu o prêmio Molière de melhor direção, o prêmio Brasília de melhor autor, ambos em 1976, e o prêmio Mambembe de melhor diretor em 1977. Em 2007, encenou o musical “Bezouro - Cordão de Ouro”, com o qual foi indicado para diversos Prêmios, inclusive o Prêmio Shell de Teatro, como Melhor Diretor.



Ficha Técnica:

Autor: Ariano Suassuna

Elenco: Guilherme Piva, Bianca Byington, Jackson Costa, Daniela Fontan, Flavio Pardal, Francisco Salgado, Leandro Castilho e Vilma Melo

Direção cênica: João das Neves

Direção musical: Alexandre Elias

Direção de movimento: Duda Maia

Duração: 120 minutos



Serviço:

Teatro: Farsa da Boa Preguiça

Local: CAIXA Cultural - Rua Conselheiro Laurindo, 280 - Curitiba – PR

Data: De 25 a 27 de novembro

Horários: sexta e sábado às 21h, domingo às 19h

Ingressos: R$20 e R$10 (meia - conforme legislação e correntista CAIXA)

Bilheteria: (41) 2118-5111(de terça a sexta, das 12h às 19h, sábado e domingo, das 16h às 19h).

Classificação etária: Não recomendado para menores de 12 anos

Lotação do teatro: 125 lugares (02 cadeirantes)
www.caixa.gov.br/caixacultural

Nenhum comentário: