Neste mês de novembro, ao final de 13 meses de estudos, novos mediadores de leitura estarão aptos a atuar em escolas, bibliotecas e Casas da Leitura, em atividades voltadas a estimular o gosto pelos livros. Todos participaram dos “Laboratórios de Leitura” orientados por escritores e professores de Literatura, que dirigiram os estudos, reflexões e discussões a respeito da leitura.
Os Laboratórios de Leitura fazem parte do programa Curitiba Lê, que reúne um conjunto de ações desenvolvidas pela Fundação Cultural de Curitiba para aumentar, em termos de qualidade e quantidade, os índices de leitura entre os curitibanos. Esses laboratórios vêm sendo realizados desde 2008. Com as que encerram neste ano completam-se 11 oficinas já realizadas, com a formação de 203 mediadores de leitura. A partir de fevereiro de 2012 novas turmas serão abertas.
Em sua grande maioria o público tem sido de professores da rede pública de ensino, mas participam também funcionários de bibliotecas, educadores, artistas, donas de casa e estudantes. Durante os cursos, os participantes tiveram como atribuição a construção e execução de projetos de incentivo à leitura junto à população. Os laboratórios foram ministrados por Assionara Souza, Flávio Stein, Élcio di Trento, Paulo Sandrini e Mauro Tietz, nas Casas de Leitura Dario Vellozo (Centro), Augusto Stresser (Parque São Lourenço), Paulo Leminski (CIC), Maria Nicolas (Santa Felicidade) e Nair de Macedo (Guabirotuba).
“Nós já vínhamos acumulando conhecimento teórico sobre a questão da leitura, mas faltava colocá-los em prática, desenvolvendo efetivamente ações de incentivo. Os laboratórios reúnem a teoria e a prática, na medida em que as pessoas ficam com a gente o ano inteiro, estudam o tema, leem literatura pelo prazer de ler, adquirem conhecimentos e desenvolvem projetos para serem aplicados junto à população”, explica Mauro Tietz, coordenador de Literatura da Fundação Cultural de Curitiba.
Professora de francês, tradutora e intérprete, Juliana Vermelho Martins foi uma das pessoas que se entusiasmaram com a ideia de se transformar num agente multiplicador da leitura. Aluna de uma das oficinas, Juliana conheceu os laboratórios da Fundação Cultural enquanto frequentava um grupo de leitura da Universidade Federal do Paraná. “Achei a proposta muito interessante. Ela é completa e abrangente. Foi muito bom ter contato com os professores da rede pública e encontrar caminhos de como atuar nessa área”, conta Juliana.
Durante o curso, Juliana orientou rodas de leitura com crianças do Bairro Tatuquara, mas sua intenção é criar projetos direcionados ao público adulto. “É importante resgatar esse público, que perde o contato com a leitura por um problema que vem da educação básica. Mas é um público que não pode ser esquecido, pois as crianças têm o pai e a mãe como exemplos”, diz.
Nesta terceira edição, que abrangeu 2010 e 2011, os encontros foram quinzenais, com quatro horas de duração cada, num total de 26 encontros e 104 horas de atividades. Os projetos de incentivo à leitura foram desenvolvidos em duas fases: na primeira, os integrantes fizeram pesquisa bibliográfica e estudos sobre os autores escolhidos, sobre concepções e processos de leitura. Ao mesmo tempo, os conhecimentos elaborados foram organizados na proposição de projetos de incentivo à leitura e colocados em discussão junto ao grupo. Na segunda fase os projetos foram aplicados nas Casas de Leitura, bibliotecas, escolas, instituições de atendimento social ou outros locais junto às comunidades de Curitiba.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
evento - Fundação Cultural forma novos mediadores de leitura
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