quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Notícia - Biblioteca Casa Kozák passará por reformas





A Biblioteca Casa Kozák, localizada no bairro Uberaba, estará fechada ao público a partir de amanhã (1º) para realização de estudos e projetos de recuperação do espaço. A biblioteca funciona na casa onde viveu o cineasta e pesquisador Vladimir Kozák, autor de um trabalho de grande valor etnográfico sobre os índios brasileiros.

O imóvel faz parte do espólio do pesquisador, que faleceu em 1979 aos 82 anos, sem deixar herdeiros. Por decisão judicial, a casa com os móveis, objetos, filmes e outros registros deixados por Kozák foi incorporada ao acervo do Museu Paranaense, gerenciado pela Secretaria de Estado da Cultura. Por meio de um convênio entre a Prefeitura de Curitiba e o governo do Estado, celebrado em 1992, o espaço passou a funcionar, sob a coordenação da Fundação Cultural de Curitiba, como centro cultural e biblioteca para os moradores da região do Uberaba.

Passados quase 20 anos, o imóvel de valor histórico necessita receber melhorias para continuar em condições de atendimento ao público. A Secretaria de Estado da Cultura já realizou avaliação prévia das necessidades, que envolvem serviços na cobertura, nas estruturas de madeira e nas redes elétrica e hidráulica, entre outras, mas as obras só serão iniciadas após a elaboração do projeto de recuperação.

Durante o período de reformas, a Fundação Cultural de Curitiba cuidará do monitoramento da segurança no local. As atividades da biblioteca, que incluem oficinas literárias e ciclos de leitura, serão remanejadas temporariamente para a Casa da Leitura Nair de Macedo (Rua da Capitania, 57 – Guabirotuba) e para a Casa da Leitura Hilda Hilst (Rua Rodolfo Senff, 223 – Jardim das Américas), ambas localizadas na mesma regional da Casa Kozák.

O pesquisador - Tcheco naturalizado brasileiro, Vladimir Kozák chegou ao Brasil em 1924, instalando-se no Paraná. Depois percorreu outros estados brasileiros, registrando em filmes, fotografias, desenhos e aquarelas o cotidiano de grupos indígenas brasileiros e manifestações da cultura popular. Os registros cinematográficos reúnem 36 horas de filmes em 16mm coloridos e não sonorizados. Grande parte das filmagens é dedicada ao homem e ao território paranaense, entre as décadas de 1940 e 1950, e constitui uma rica fonte de pesquisas para cineastas, antropólogos, geógrafos, biólogos e historiadores.

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