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EMPRESA ESPIRITUALIZADA
A espiritualidade na organização não quer dizer que seja uma empresa que cultua religiosidade, que celebra missas ou cultos, mas aquela que guarda e defende princípios e valores éticos e morais, que tem responsabilidade e governança corporativa direcionada para o bem e que está foca na sua missão e na visão de mercado preservando os princípios e valores coletivos, ou seja, é aquela que agrega valores superiores à sociedade além dos seus objetivos meramente corporativos e financeiros de resultados imediatos.
A organização com espiritualidade é aquela onde a diversidade é respeitada e os colaboradores e sócios são pró-ativos e buscam além dos resultados objetivos e materiais, também os resultados intangíveis ou de valores coletivos, como “Ser feliz no trabalho e ter o prazer de construir uma organização mais bem estruturada do ponto de vista de resultado social para coletividade”.
2 - A Empresa Corpo, Alma E Espírito
Essa organização certamente é uma empresa conceituada como Empresa com Corpo, Alma e Espírito. Ou seja, é uma empresa viva, entendendo que espiritualidade é a capacidade de “Pensar, Sentir, Querer e Agir”, e como define Assumpção (2008) É a empresa semelhante ao Homem e por isso trabalha o “Ser, Saber e Fazer”, onde, Ser é a essência espiritual do homem ou da organização, o Saber refere-se a parte cognitiva ou de conhecimentos necessários para o desempenho, portanto é a alma da pessoa ou da organização, e finalmente o Fazer refere-se a parte objetiva e pratica. É por onde as coisas acontecem, ou seja, é o corpo material da pessoa ou da organização.
O Ser/Espírito é sem dúvida a energia que move o corpo. É a substancia que mantém vivo esse corpo, tanto no caso do homem como, por analogia, na organização; enquanto a parte Saber/Alma é intermediária entre o Espírito e o Corpo, ligando o mundo espiritual e filosófico com o mundo material e operacional. A alma trabalha para o espírito sobre a matéria ( são os conhecimentos e os valores) que tangibilizam a missão, a visão e valores no processo de produção e na realização das atividades. Portanto, a alma é na realidade uma ferramenta do espírito para atuar no corpo físico-operacional.
Considerando a organização como ser vivo, sendo portanto uma somatória dos seus recursos humanos e usando da analogia pode-se estabelecer uma conjectura definindo que:
O Espírito da organização (ser/vida) é a sua consciência intuitiva, imaginativa, filosófica e que serve para definir a sua identidade e a sua cultura organizacional, com luzes que clareiam a Missão, a Visão, os Princípios e Valores da organização. Usando a assertiva de Jesus no Evangelho de João “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida “. O Espírito é a Vida ( só o Espírito vivifica). O espírito é quem abastece a alma e é por meio da alma ( O caminho) que o espírito (consciência) toma conhecimento dos problemas do corpo (verdade) ( processo e operações) da organização.Caminho ( alma/saber), verdade (corpo/fazer) e Vida (espírito/ser) essa é a tríade da Espiritualidade na gestão.
Alma da corporação (saber/caminho) se materializa através de políticas e estratégicas, além da metodologia e tecnologia para o trabalho. Aqui se encontram os modelos de gestão, o estilo gerencial, a cultura organizacional, os conhecimentos gerais e especializados sobre mercado, finanças, relacionamentos, marketing, recursos humanos, sistemas e também as normas de procedimentos e de conduta. É a parte cognitiva do planejamento estratégico do alinhamento através dos mapas estratégicos do BSC etc..É a parte que recebe do Espírito a Missão, a Visão e os Valores (éticos, morais e corporativos) para interação em sintonia fina com estratégias, políticas, métodos e sistemas para levar ao corpo ( produção)
Corpo da Organização (fazer/verdade) É a hora da verdade; de fazer acontecer. É a parte operativa e mensurável da organização. É o processo em si que vai produzir resultados, lucros, retorno do capital e outras variáveis operativas. O Corpo funciona em estreita sintonia finíssima com os pensamentos (conhecimentos/saber) ou alma da organização, atuando e respondendo conforme estratégias, planos de metas e na sanidade (qualidade e acreditação) para entregar produtos excelentes à sociedade que serve.
Assim como o Homem, a organização precisa estar plenamente em equilíbrio e harmonizada em seus três vértices de Espírito/Ser, Alma/Saber e Corpo/Fazer, sem o que o produto final tanto do homem (reputação/sustentabilidade/salvação) quanto da organização (reputação/sustentabilidade/perenidade) estarão comprometidos. Deste modo, e considerando que a empresa é a somatória dos seus recursos humanos, acionistas, lideres, liderados, executivos e operacionais é preciso cuidar do homem no trabalho, mediante qualidade de vida no trabalho (QVT) tanto quanto se cuida da qualidade total dos produtos e serviços. Um não é possível sem o outro.
É estratégico, salutar e traz excelentes resultados cuidar da Espiritualidade da organização entendendo que para isso é necessário cuidar da Espiritualidade do grupo, mantendo excelentes práticas e transformando o ambiente de trabalho em Melhor lugar para se trabalhar. Ou seja, sendo uma organização com alto índice de QVT e se possível com a reputação de ser considerada pelos seus recursos humanos como Excelente empresa para se trabalhar e ser feliz.
As organizações têm que buscar esse modelo de excelência e felicidade no trabalho. Esse modelo é aquele que denominamos de Relacional/espiritual que se obtém mediante ou somente com a construção de um ambiente com Inteligência Espiritual.
Esse novo ambiente, ao contrario do que apregoam os mecanicistas ortodoxos da administração, não coloca em risco a disciplina e a produtividade, antes produz sinergia espiritual no grupo, elimina o medo e a coerção e traz a participação. Participar na organização, em qualquer nível, é tão necessário quanto respirar. É portanto uma necessidade básica do ser humano.
O processo de Inteligência Espiritual nas organizações passa antes pelas etapas de Inteligência racional ou cognitiva (objetiva lógica, matemática, quantitativa e estratégica) onde se encontram as figuras do Homo Econômico e do Homo Organizacional das Escolas Clássica, Neoclássica, Sistêmica e Estruturalista da administração. Este é o primeiro estagio da Inteligência na Organização.
A seguir alcança o segundo estagio com a Inteligência Emocional que nos traz a figura do Homo Emocional das escolas de Relações Humanas e de Desenvolvimento Organizacional, objeto da psicologia organizacional, sociologia e fisiologia no trabalho, saúde ocupacional, endo-marketing e outras disciplinas do saber que buscam o equilíbrio do homem no trabalho, levando-se em conta os aspectos salutares do ambiente e da saúde nos relacionamentos.
O terceiro estagio é alcançado pela Inteligência Social das organizações que trabalha relacionamentos e sistemas em interação com ambientes abertos de macro e micro ambientes. Nesse estágio de desenvolvimento da inteligência nas organizações está centrado o Homo Social ou Homo relacional. É o estagio em que se desenvolvem as relações internas e externas da organização, trabalhando marketing, marketing de relacionamento, tecnologia da informação e de gestão, com estilo gerencial de interação e de intercambio constante com o ambiente e com as organizações e pessoas. É o estágio do conhecimento e das relações.
Finalmente, como produto direto da Inteligência Social ou Relacional das organizações; Ainda em fase embrionária, encontra-se a supra consciência ou a supra inteligência, denominada de Inteligência Espiritual nas organizações. Esse será o estagio a ser perseguido e alcançado pelas organizações, pois ao contrario do que se propala por aqueles que desconhecem o assunto, esse estágio é altamente lucrativo e o único a garantir sustentabilidade plena e perenidade para as organizações. As empresas não precisam estar atreladas somente aos seus fundadores ou acionistas. Ela precisa ter Espiritualidade com personalidade ampla e altamente consciente do seu papel e da sua missão, da sua visão e dos seus valores perante a sociedade. Isso precisa emergir do grupo e estar acima de todos os interesses.
Uma empresa para o seu próprio bem não pode ter somente o estilo de gestão da Inteligência racional e objetiva com lideres anacrônica e defensores apenas da autocracia e da centrocracia com slogan envelhecidos tais como “ Manda que pode e obedece quem tem juízo”. Antes precisa mesclar os vários estágios da inteligência, somando a inteligência racional com inteligência emocional e a inteligência Social/relacional para obter um produto que é exclusivo da inteligência espiritual, Ou seja, o equilíbrio no todo e nas partes.
O estágio final da inteligência nas organizações – Inteligência Espiritual - que está por vir, e os seus primeiros sinais já se prenunciam em alguns ambientes corporativos, é o estagio de ser reconhecido e ser feliz, com ética, respeito e participação nas organizações. Esse estágio demanda o desenvolvimento ou inclusão de lideres efetivamente holístico, íntegros, centrados, felizes e que promovam a transição dos estágios anteriores até a este estagio plenamente espiritualizado.
Esse é o estagio da visão altamente estratégica e de integralidade nos negócio, presente nas mentes e nos corações dos verdadeiros lideres inovadores e futuristas da gestão. Esse é o ponto futuro dos modelos de gestão a ser buscado e alcançado pela nova geração de verdadeiros executivos e gestores (holísticos) do futuro que se prenuncia.
postado em 17/04/2009 06:21 por Valdir Ribeiro Borba BORBA [ atualizado em 03/04/2010 07:04 por Wesley Ruiz ]
Prof. Valdir Ribeiro Borba
Mestre em Administração
Docente convidado da FGV Management MBA gestão em saúde
Docente e consultor da Fundação Unimed
Doutorando (curso livre) de Educação Cristã. Seminário Teológico Filadélfia SETEFI – Curitiba – Pr.
O LIVRO
Espiritualidade na Gestão Empresarial
Como ser Feliz no Trabalho
de Valdir Ribeiro Borba
Nº de páginas: 200
A modernidade na gestão empresarial tem trazido diversos conceitos, teorias e práticas ao processo de gestão, envolvendo e explorando com relevância a aplicabilidade da liderança e da multidisciplinaridade da inteligência no processo administrativo.
Atualmente, as empresas necessitam de profissionais qualificados em diversos setores. Essa qualificação pode variar desde a já conhecida inteligência racional (QI) à inteligência emocional (QE). Neste livro, o autor nos apresenta uma nova versão, o Quociente de Espiritualidade (QS), fundamental para alicerçar os relacionamentos na empresa de forma ética.
A espiritualidade tratada na obra não se refere à religiosidade dogmática, mas essencialmente ao processo de qualidade no relacionamento, envolvendo os diversos níveis de inteligência no trabalho, na conquista e na fidelização de clientes.
O leitor é apresentado a novos conceitos na área de gestão organizacional que dá origem de forma coletiva ao QEC – Quociente Espiritual Coletivo que permeia e imanta toda organização, criando um clima proativo e que busca novos modelos de gestão, decorrentes do relacionamento com responsabilidade social.
Como produto final, apresenta a Organização que apreende e encanta juntamente com uma proposta prática para formação do novo líder, denominado líder holístico-espiritual, sugerindo a aplicação adaptada de dois grandes instrumentos de gestão empresarial: o planejamento estratégico e o BSC. Esses dois instrumentos nessa adaptação são denominados de PEP – Planejamento Estratégico Pessoal e BSC-SELF – Balanced Scorecard Personalizado.
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