A Camerata Antiqua de Curitiba é uma das atrações do Festival de Inverno de Campos do Jordão. O grupo curitibano apresenta-se no próximo sábado (10), num concerto ao ar livre, na Praça do Capivari.
A Camerata Antiqua de Curitiba é uma das atrações do 41º Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. O grupo curitibano apresenta-se no próximo sábado (10), às 12h30, num concerto ao ar livre, na Praça do Capivari, uma das mais movimentadas da cidade e palco de algumas das principais atrações do festival.
A última vez que a Camerata esteve em Campos do Jordão foi em 2002. O convite surgiu novamente em função dos trabalhos inéditos que o grupo vem desenvolvendo. No concerto serão apresentadas músicas de temática indígena, escritas por dois dos mais talentosos compositores brasileiros de música erudita da atualidade.
Com regência do maestro Wagner Polistchuk, a Camerata apresentará, entre outras composições, a obra “Os Sertanistas Brasileiros”, de Hudson Nogueira (1968). Esta obra teve sua estreia no ano passado, pela própria Camerata, e constitui uma versão musical da saga dos irmãos Villas-Boas. A peça estreou no dia 12 de dezembro de 2009, num concerto que fez parte da programação da vigília mundial pelo meio ambiente, promovida em vários países durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. A obra foi reapresentada pela Camerata, em janeiro, na abertura da 28º Oficina de Música de Curitiba.
Em quatro movimentos, “Os Sertanistas Brasileiros” relata os primeiros contatos do homem branco com os índios do Xingu, a demarcação da reserva e a dedicação dos irmãos humanistas na preservação e compreensão da cultura indígena. A composição é baseada no livro “Almanaque do Sertão”, de Orlando Villas-Boas.
Outra novidade a ser apresentada em Campos do Jordão é “Toronubá”, do compositor gaúcho Dimitri Cervo (1968), para orquestra de cordas, piano e percussão. A obra faz homenagem aos guerreiros das tribos indígenas que habitavam o Brasil antes da invasão européia, em 1500. A obra foi muito premiada desde a sua estreia, em 2001. Ela é fruto de uma estética musical bastante particular desse compositor, que, após uma temporada nos Estados Unidos, passou a misturar elementos da música brasileira com feições do minimalismo americano. Completam o programa em Campos do Jordão o Salmo 150, de Ernst Widmer (para coro a capella), e as Bachianas Brasileiras nº 9, de Heitor Villa-Lobos, para coro e orquestra.
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