quarta-feira, 10 de março de 2010

Técnicas variadas nas mostras em cartaz no Museu da Gravura



A gravura em diversas expressões pode ser vista a partir do dia 10 de março, nas obras que revelam o talento de dois artistas curitibanos e de um argentino.

O Museu da Gravura Cidade de Curitiba, unidade da Prefeitura Municipal, abriga novas exposições, a partir das 19h desta quarta-feira (10). A gravura é explorada em suas múltiplas possibilidades nas mostras individuais “Hiperplano”, de Rodrigo Dulcio; “Quase Gravura”, de Alex Cabral; e “Novas Gravuras”, de Eduardo Fausti. Na mesma ocasião, será inaugurada a mostra “Tempestade”, com videoinstalações criadas por artistas de oito diferentes países, que retratam as transformações climáticas que assolam o mundo.

O artista curitibano Rodrigo Dulcio apresenta uma instalação que demonstra interesse pela relação entre arte e arquitetura. Desenhos executados em vinil adesivo sobre paredes, pisos e tetos ganham caráter de objetos que, no espaço físico, criam um campo gerador de sensações provocadas pelo deslocamento do plano arquitetônico e pelas ilusões de volume. Por essa iniciativa, os desenhos têm sua existência efêmera condicionada às particularidades encontradas no local, que determinam sua configuração e possibilidades poéticas.

Em “Quase Gravura”, o também curitibano Alex Cabral mostra criações que dialogam com a gravura. O artista usa o estêncil como fio condutor, sendo que os complexos e delicados recortes manuais em papel muitas vezes dispensam o uso posterior de tinta. O estêncil também aparece na grande maioria dos desenhos, figuras humanas aplicadas a óleo sobre fundos diversos, numa fantasia animista que revela o gosto do artista pelo grafismo. Os suportes utilizados são bem variados – envelopes de carta, fotos, propagandas de moda, documentos, páginas de revista e estampas achadas em sebo –, numa linha de trabalho que Alex mantém há dez anos.

O artista argentino Eduardo Fausti responde pela exposição “Novas Gravuras”, com gravuras feitas a partir de fotos tiradas por ele próprio e de outras obtidas com amigos, nas quais reproduz rostos de mulheres de diferentes origens culturais e étnicas. “Eu tentei capturar em seus rostos uma longa vida de realizações familiares, com expressões dignas e quase sem emoção (...) Minha intenção, assim, foi representar mulheres chamadas de normais e desconhecidas como figuras sem idade, refletindo nelas um sentimento de orgulho e importância que antes eram percebidos apenas pelos seus pares e familiares”, explica o artista.

As obras de Eduardo Fausti integram o acervo do prestigiado Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque (EUA), cidade onde o artista vive há mais de 20 anos. Eduardo é também bolsista na renomada Universidade de Columbia, dedicando-se ao estudo de assuntos ligados à gravura.



Serviço:

Novas exposições no Museu da Gravura Cidade de Curitiba (Solar do Barão – Rua Carlos Cavalcanti, 533 – Centro)



HIPERPLANO, exposição individual de Rodrigo Dulcio – de 10 de março (abertura às 19h) a 9 de maio de 2010 – espaço 12 – 1º andar – bloco C



QUASE GRAVURA, exposição individual de Alex Cabral – de 10 de março (abertura às 19h) a 9 de maio de 2010 – espaço 13 e anexo – 1º andar – bloco C



NOVAS GRAVURAS – exposição individual de Eduardo Fausti - de 10 de março (abertura às 19h) a 9 de maio de 2010 – 2º andar – bloco A



TEMPESTADE – videoinstalações de artistas de oito países – de 10 de março (abertura às 19h) a 4 de abril de 2010



Horário de visitas: de segunda a sexta-feira, das 9hàs 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h

Entrada franca

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