quarta-feira, 10 de março de 2010

As bandeiras Paradas de Sebastião Lima Rego.

:: Dia 11 | Quinta-feira Piano-bar 22h00 Concerto com declamação de poesia Apresentação do livro «As bandeiras Paradas» de Sebastião Lima Rego.

Tozé Guitarras (música) Manuela Leitão e Eduardo Moura (diseurs)


AS BANDEIRAS PARADAS

Colectânea de 30 longos poemas, de escrita livre, com rima irregular ou errática, sem pontuação, de estilo declamatório, sobre temas de carácter sobretudo simbólico, mítico/histórico e intimista

Foi aí que começou tudo

quando um seixo pontiagudo

movido por um pathos primitivo

ultrapassou o mágico crivo

traçando os riscos fetais

que criaram as pessoas integrais

ao proclamarem a recusa da morte

o estigma mais forte

que nos distingue dos restantes animais

repto derrotado de antemão

batalha batoteira

embuste filigranado em ouro latão

miragem farsa bebedeira

mas o certo é que a História inteira

a civilização a cultura

são filhas do tosco primata

que naquela antiquíssima data

inscreveu em rocha dura

tresloucado de cio e de fraqueza

um desafio às leis da natureza.
Excerto do poema OS RISCOS destacado na contracapa d 'As Bandeiras Paradas

Biografia do Autor

Sebastião Lima Rego nasceu em Lisboa em 1945 e é licenciado em Direito. Fez a sua vida profissional na Administração Pública, dedicando-se, nos últimos anos, aos “media” e ao respectivo Direito. Publicou em 2008, também na Papiro Editora, o seu primeiro livro de poesia, Poemas sem Abrigo e sem Castigo, uma colectânea de poemas gritados e impregnados de paradoxo, reflexão a um tempo amarga e irónica sobre a condição de heróis e antiheróis.

As Bandeiras Paradas são a continuação desenvolvida e aprofundada deste testemunho existencial.

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