domingo, 17 de janeiro de 2010

TODAS AS FAMÍLIAS FELIZES

TODAS AS FAMÍLIAS FELIZES
de Carlos Fuentes


Páginas:344

O LIVRO

Uma cruel leitura da vida privada e pública – é o que propõe Carlos Fuentes, um dos mais importantes escritores contemporâneos, nesta coletânea de contos, ironicamente intitulada Todas as famílias felizes. Neste lançamento da Rocco, o renomado autor mexicano mostra em 16 histórias os diferentes retratos de família e as suas dinâmicas únicas. As tramas têm como cenário a Cidade do México num período que abrange desde meados do século XX, mostrando seu lado ainda tímido e um tanto rural, até os anos 2000, quando assume a pecha de modernidade e caos típicos de uma megalópole. Palcos passados e presentes para os espetáculos de vida e morte.

Fuentes aponta nestes contos os diferentes aspectos de família e as suas dinâmicas únicas. Vida e morte se entretecem em laços que, por mais que se queira, jamais serão rompidos. No conto de abertura “Uma família entre tantas”, pai, mãe, filho e filha retratam suas relações dentro de suas próprias perspectivas: o pai fracassado que quer se reaproximar do filho; o filho que não quer ser igual ao pai, mas está fadado a trilhar o mesmo caminho; a mãe saudosa da época em que o marido era o homem por quem se apaixonara; a filha que escolheu interagir com o mundo por meio da comunicação virtual.

Em “O filho desobediente”, um pai quer que seus quatro filhos tornem-se sacerdotes, mas um deles tem planos muito diferentes. Em “Uma prima sem graça”, uma parente considerada encalhada e assexuada abala um casamento ao mostrar furor sexual e despertar a paixão do dono da casa. Já em “Mãe dolorosa”, a mãe do título troca cartas com o assassino de sua filha, buscando uma explicação para tamanha violência.

As histórias têm como cenário a Cidade do México num período que abrange desde meados do século XX, mostrando uma cidade ainda tímida e um tanto rural, até os anos 2000, uma moderna e caótica megalópole. E suas famílias, muitas e muitas, afetadas de forma irremediável pela ignorância, pela violência e pela dor, não importa a época ou sua composição – da formação tradicional de papai e mamãe até a homoafetiva.

Os contos são intercalados por coros – historietas que contam situações trágicas, em muitas delas, e bem-humoradas, em poucas. O coral dá à narrativa um aspecto polifônico e mantém viva a história, transmitida de voz em voz, até parar no ouvido de algum destinatário distante.

O AUTOR
Carlos Fuentes Macías (11 de novembro de 1928, cidade do Panamá, Panamá) é um escritor mexicano.

Estudou na Suíça e nos Estados Unidos da América. Foi embaixador do México na França. Lecionou em Harvard, Cambridge, Princeton e outras universidades norte-americanas de renome internacional. Viveu em outras grandes cidades como Quito, Montevideo, Rio de Janeiro, Washington DC, Santiago e Buenos Aires. Durante a sua adolescência voltou ao México, onde residiu até 1965.

Foram-lhe já atribuídos diversos prémios e distinções entre os quais o Prêmio Miguel de Cervantes, em 1987.


BIBLIOGRAFIA

* Los días enmascarados, 1954.
* La región más transparente, 1958.
* Las buenas conciencias 1959
* Aura, 1962
* A morte de Artemio Cruz (La muerte de Artemio Cruz, 1962)
* Cantar de ciegos, 1964.
* Zona Sagrada, 1967.
* Cambio de piel, 1967.
* Cumpleaños, 1969.
* La nueva novela hispanoamericana, 1969.
* El mundo de José Luis Cuevas, 1969.
* Todos los gatos son pardos, 1970.
* El tuerto es rey, 1970.
* Casa con dos puertas, 1970.
* Tiempo mexicano, 1971.
* Los reinos originario teatro hispano-mexicano, 1971.
* Cuerpos y ofrendas,1972.
* Terra Nostra, 1975.
* Cervantes o la crítica de la lectura, 1976.
* La cabeza de la hidra, 1978.
* Una familia lejana, 1980.
* Agua quemada, 1981.
* Orquídeas a la luz de la luna, 1982.
* Gringo Velho (Gringo Viejo, 1985)
* Cristóbal Nonato, 1987.
* Constancia y otras novelas para vírgenes,1990.
* Valiente mundo nuevo, 1990.
* La campaña, 1990.
* Ceremonias del alba, 1990.
* O espelho enterrado (El espejo enterrado, 1992)
* El naranjo o los círculos del tiempo, 1993.
* Diana o la Cazadora Solitaria , 1996.





UM LANÇAMENTO



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