O apresentador do programa CQC, Marcelo Tas, acredita que é uma hipocrisia negar patrocínio na web. “Está na hora de parar de achar que as coisas são de graça na internet. Patrocínio é muito importante até para a liberdade de expressão. Vamos parar de hipocrisia”, destacou Tas no Webinar, evento virtual realizado nesta quarta-feira (18/11) pelo Comunique-se. O encontro reuniu mais de mil internautas, que participaram enviando perguntas.
O apresentador lembrou que seu perfil no Twitter é patrocinado pela Xtreme da Telefônica, mas garantiu que não existe nenhuma interferência editorial. “Eu tenho uma mídia e eu tenho uma opinião”.
Como exemplo, Tas citou o caso da seleção do oitavo integrante do programa, que recebeu 28 mil inscrições na web e atraiu a atenção da Duracell, como patrocinadora do site, que também migrou seu apoio para a TV.
O uso das redes sociais
Tas contou que descobriu o Twitter ao buscar o que se falava sobre o CQC na rede. "Eu fiquei surpreso com a quantidade de pessoas que falam do CQC durante o programa. São falas preciosas, as pessoas criticam as matérias, os repórteres. É um tipo de recall que quem faz televisão nunca teve, é uma consultoria de graça”, declarou. Desde então, passou a usar a ferramenta como um recurso de trabalho, não para ser usada apenas no tempo livre. "A internet é o lugar onde tudo o que eu faço se encontra".
O apresentador também defendeu o incentivo do uso de redes sociais nas faculdades de comunicação. “Tem muitas faculdades de jornalismo que proíbem o uso do Twitter, Facebook, Orkut, isso é uma loucura. Não que deva liberar geral, mas você tem que observar as redes, como elas funcionam”.
O uso das redes sociais pelas empresas também foi um tema de destaque. “Não basta abrir um Twitter, se a empresa não for usar. O negócio é encarar com seriedade".
Para ele, as emissoras de TV ainda estão aprendendo a usar a web, e que a audiência é muito ágil. ”A audiência é muito mais rápida que a gente. O programa acaba e já está no YouTube, eles [telespectadores] que sobem”.
Tas, com mais de 450 mil seguidores, explica que ele e seus colegas de trabalho seguem algumas orientações no Twitter. "Temos um código de conduta no CQC na web, porque os meninos às vezes vão fazer reportagens sigilosas e acabam dizendo onde estão. Aí acabou”, conta.
O apresentador lembrou que muitos jornalistas deixam de se policiar na web. “Isso é terrível. Eu vejo muitos jornalistas chegando no Twitter e cometendo irresponsabilidades, que recebem um boato e retwittam, e esquecem que quando ele faz isso, ele assina”, afirmou.
Tas citou cases de empresas que investem nas redes sociais, o uso inflado de seguidores no microblog, a linguagem da web e a mediação do Twitter por terceiros. "O Twitter é como uma horta, mesmo que você delegue alguém para regar, você tem que conduzir, mesmo que seja um Twitter corporativo".
Para quem não assistiu e para quem quer ver de novo o bate-papo com Marcelo Tas, clique aqui.
do Comunique-se
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