" O budismo foi levado ao Tibet por volta do século VII, com o apoio do rei Songtsen Gampo (tib. srong btsan sgam po). Posteriormente, o tibetano Rinchen Zangpo (tib. rin chen bzang po, 980-1055), monge e tradutor que estudou em Kashmir, na Índia, retornou ao Tibet com uma grande quantidade de textos religiosos e trinta e dois artesões. Começa aqui a história da arte budista no Tibet.
As pinturas tibetanas (tib. thang ka) passaram a ser usadas como suporte para as práticas meditativas com visualizações. Elas representam iconograficamente a filosofia budista, o caminho do despertar e a meta da iluminação. As imagens, proporções e simbolismo são derivados de antigos textos budistas. Tradicionalmente, as pinturas são executadas sobre telas de algodão e montadas sobre brocados de seda. As tintas são feitas com pigmentos minerais e vegetais, e às vezes com ouro e prata. Os pintores tibetanos também se especializaram em pinturas com um número de cores reduzido — pinturas prateadas, douradas, vermelhas e negras são muito comuns.
O principal estilo que conhecemos hoje, o Menri (tib. sman ris), surgiu apenas no século XV, combinando a iconografia da Índia, as ilustrações e simetria do Nepal, e as paisagens e cores da China. Os artistas tibetanos representam buddhas, bodhisattvas, divindades meditacionais pacíficas e iradas, lamas e diagramas sagrados. Cada divindade é representada de acordo com as proporções tradicionais e com as descrições de liturgias tântricas (sânsc. sadhana, tib. sgrub thabs/ drubthab). Como objetos sagrados, essas pinturas são consideradas como o receptáculo das próprias divindades que são representadas — são chamadas de kusün thugten (tib. sku gsun thugs rten), suporte aos três corpos [búddhicos], ou simplesmente de kuten (tib. sku rten), suporte ao corpo [búddhico].
O primeiro passo na execução de uma thangka é preparar a tela de algodão e colocá-la em uma estrutura retangular, feita com varas de bambu e de madeira. Após definir o tamanho da pintura, são desenhados os eixos principais e o rascunho das imagens. Finalmente, realiza-se a aplicação das cores, sombras, contornos e detalhes, começando pela paisagem e então as divindades, deixando os olhos por último. Dependendo do tamanho e da complexidade da pintura, o processo pode demorar de um a quatro meses para ser completado.
Após a finalização, a pintura é montada sobre brocados de seda e consagrada com cerimônias especiais. Geralmente, são nestas cerimônias que os olhos das divindades são pintados, para que elas se tornem realmente "vivas". "
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O LIVRO
DOZE IMAGENS DE MEDITAÇÃO DO BUDISMO TIBETANO
A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO
TIBETANA – Imagens que estimulam a
compaixão, a decoberta e a sabedoria
de Nick Dudka e Sylvia Luetjohann
Páginas: 144 págs + 12 cartas coloridas
A prática da meditação a partir de imagens inicia-se com as representações básicas das doze pranchas coloridas que acompanham este livro, e que o contemporâneo pintor de Thangkas, Nick Dudka, elaborou artisticamente segundo diretrizes tradicionais. Todas têm algo em comum: são claras, intensas e dotadas de uma força de expressão infinita.
Os textos de Sylvia Luetjohann nos ensinam a deslindar a linguagem das imagens, a reconhecer os segredos do budismo e aprender a viver com sabedoria e compaixão.
UM LANÇAMENTO
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