sábado, 1 de agosto de 2009

Manifestos do surrealismo

Manifestos do surrealismo
De André Breton


Número de Páginas: 396

Manifestos do surrealismo constitui a primeira edição completa, no Brasil, dos trabalhos conceituais de André Breton, além dos textos em prosa surrealista Peixe solúvel e Carta às videntes. Um marco na literatura e nas artes em geral do século XX, o movimento surrealista tem em Breton um de seus porta-vozes mais vibrantes e um líder incontestável. A tradução de Sergio Pachá é um marco pela qualidade e as notas são altamente esclarecedoras pelo trabalho de pesquisa filológico e histórico levado a cabo. Recebeu o Prêmio Paulo Rónai de melhor tradução de 2001 pela Biblioteca Nacional.

O AUTOR

André Breton (Tinchebray (Orne), 19 de fevereiro de 1896 - Paris, 28 de setembro de 1966) foi um escritor francês, poeta e teórico do surrealismo.

De origem modesta, iniciou, sem entusiasmo, estudos em Medicina sob pressão da família. Mobilizado para o exército, na qualidade de enfermeiro, para Nantes em 1916, ali trava conhecimento com Jacques Vaché, filho espiritual de Alfred Jarry, um jovem sarcástico e niilista que viveu a vida como se de uma obra de arte se tratasse e que morreu aos 24 anos em circunstâncias bastante suspeitas (a tese do suicídio é controversa). Jacques Vaché, que não mais deixou do que cartas de guerra, teve uma enorme influência no espírito criativo de Breton: enfraquecendo a influência de Paul Valéry e, deste modo, determinando tanto a sua concepção de "Poète" (Le Pohète segundo Vaché), como a de humor e de arte.

Em 1919, Breton funda com Louis Aragon e Philippe Soupault a revista Littérature e entra, também, em contato com Tristan Tzara (fundador do Dadaismo). Em Les Champs magnétiques (escrito em colaboração com Soupault), coloca em prática o princípio da escrita automática. Breton publica o Primeiro Manifesto Surrealista, em 1924.

Um grupo se constitui em torno de Breton: Philippe Soupault, Louis Aragon, Paul Éluard, René Crevel, Michel Leiris, Robert Desnos, Benjamin Péret. No afã de juntar a idéia de « Mudar a vida » de Rimbaud e a de « Transformar o mundo » de Marx, Breton adere ao Partido Comunista em 1927, do qual será excluido em 1933. Ele vive sobretudo da venda de quadros em sua galeria de arte. Sob seu impulso, o surrealismo torna-se um movimento europeu que abrange todos os domínios da arte e coloca profundamente em questão o entendimento humano e o olhar dirigido às coisas ou acontecimentos. Inquieto por causa do governo de Vichy, Breton se refugia em 1941 nos Estados Unidos da América e retorna a Paris em 1946, onde continurá até sua morte a animar um segundo grupo surrealista, sob a forma de exposições ou de revistas (La Brèche, 1961-1965).
Bibliografia

Ensaios

* Manifesto do surrealismo (1924)
* O surrealismo e a pintura (1928-1965)
* Segundo manifesto (1929)
* Antologia de l'humour noir (1940)
* Prolegómenos a um terceiro manifesto ou não (1942)
* Flagrante delito (1949) (Breton denuncia como falso um suposto manuscrito de Rimbaud)
* Do surrealismo em suas obras vivas (1953)

Poesia e textos poéticos

* Mont de piété (1919)
* Clair de terre (1923)
* Nadja (1928-1963)
* Os vasos comunicantes (1932)
* Point du jour (1934)
* O amor louco (1937)
* Martinica, Encantadora de Serpentes (1941-1943)
* Arcano 17 (1944)
* A chave dos campos (1953)


UM LANÇAMENTO

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