quarta-feira, 1 de julho de 2009

VARENNES

VARENNES
- A morte da realeza: 21 de junho de 1791
de Mona Ozulf



Páginas - 360

Varennes é uma comuna francesa na região administrativa da Aquitânia, no departamento Dordonha. Estende-se por uma área de 4,05 km², com 377 habitantes, segundo os censos de 1999, com uma densidade 93 hab/km².

O LIVRO

Em meio aos episódios tumultuosos e sangrentos que compõem a saga da Revolução Francesa, um deles se destaca pela ausência quase total de violência e aparente inocuidade: a fuga do rei Luís XVI, na noite de 20 de junho de 1791, abortada 36 horas depois no vilarejo de Varennes. Com a pressão popular de 1789, o monarca fora obrigado a deixar a distante Versalhes e instalar-se no palácio das Tulherias, no centro de Paris, bem como tivera de engolir artigos da nova Constituição que limitavam muito seus poderes. Insatisfeito e considerando-se prisioneiro num palácio úmido e frio, ele se passa ridiculamente por burguês e, acompanhado de toda a família, tenta escapar para Montmédy, na fronteira leste do país, onde estão forças monarquistas leais. Acontece que no meio do caminho ele é reconhecido e mandado de volta para a capital. A própria Assembleia tenta abafar o alcance do evento, fingindo acreditar num "rapto" do rei, preocupada que está em institucionalizar a Revolução e retomar a vida "normal" do país. Mas a verdade é que essa "viagem" representa uma fratura na história francesa e terá consequências indeléveis: ela destrói a imagem de um Luís XVI paternal, provoca o divórcio entre o rei e a nação, lança sobre o monarca a suspeita de traição ao povo, abre espaço para a ideia republicana até então pouco divulgada e renova a turbulência revolucionária que desembocará no Terror, do qual Luís XVI será uma das primeiras vítimas.
Em Varennes - A morte da realeza, a eminente historiadora Mona Ozouf reconstitui essa história que deu origem a muitas obras de ficção e ao extraordinário filme de Ettore Scola, Casanova e a Revolução, com o estilo saboroso de uma contadora de histórias e a argúcia de uma pesquisadora que evita as simplificações e sai em busca dos detalhes significativos que compõem um quadro complexo de um momento decisivo da Revolução Francesa e, por conseguinte, da história da humanidade.

A CRITICA

"Impecável na narração, magistral na arte do retrato, sugestiva e sempre sutil na sua reflexão política [...], Mona Ozouf nos dá um grande livro." - Le Monde

"Mona Ozouf inscreve seu nome junto ao dos historiadores e escritores que sempre cultivaram o duplo prazer de escrever História e nos contar histórias." - L'Express

A AUTORA

Mona Ozulf

Nasceu em 1931, em Plouha, na França. Historiadora formada em filosofia, é diretora de pesquisas no Centro Nacional da Pesquisa Científica (CNRS). Colaboradora da revista Nouvel Observateur, publicou diversas obras sobre a Revolução Francesa, a República francesa e literatura, com destaque para La fête revolutionnaire, Les mots des femmes e Les aveux du roman. Em colaboração com François Furet escreveu o influente e polêmico Dicionário Crítico da Revolução Francesa.



UM LANÇAMENTO







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