Projeto tem batido sucessivos recordes de público
No próximo dia 14 de julho, terça-feira, o Teatro da Caixa se torna uma sala de cinema para receber mais uma Sessão Surpresa do Teste de Audiência. Viabilizado por meio do patrocínio da CAIXA Cultural, o projeto foi desenhado pelos cineastas Marcio Curi e Renato Barbieri nos moldes dos realizados pelas cinematografias mais desenvolvidas do mundo, e adaptado à realidade brasileira. A edição de julho do Teste de Audiência começa a partir das 19h30, com entrada franca, mas é necessário retirar o convite antecipadamente.
Desde o começo de 2009, o projeto Teste de Audiência tem exibido seus filmes em sessões surpresa. Ou seja, os nomes do título da obra e do diretor são revelados apenas no momento da exibição do filme, assim como ocorre nos tradicionais screening tests do cinema internacional. O que para uns poderia afastar os cinéfilos do Teatro da Caixa, na verdade atingiu em cheio os objetivos dos curadores e produtores do projeto, Marcio Curi e Renato Barbieri. "Antes da instituição da Sessão Surpresa, as edições do Teste de Audiência reuniam muitos admiradores do diretor, ou de algum ator ou atriz ou, mesmo, o mero interesse pela temática do filme que ia ser apresentado. Assim, já havia uma predisposição a aprovação, o que empobrecia um pouco o resultado de conteúdo e estatística da avaliação. Com a Sessão Surpresa conseguimos controlar em boa medida esse efeito e melhorar a qualidade dos debates com os realizadores. Além disso, tivemos a boa surpresa de ver a frequência ao Teste se ampliar - as últimas edições bateram recordes sucessivos de público", comemora Márcio Curi.
Criado em 2007, o Teste de Audiência tem aproximado, ano após ano, o cinema brasileiro de seu público e ajudado a criar no Brasil a cultura dos testes. "O Cinema Brasileiro tem uma tradição autoral muito forte e isso fez com que os testes fossem vistos como uma atividade 'anti-autor', como se os testes tivessem um papel autoritário contra as intenções do autor. Isso é comprovadamente uma visão distorcida e mesmo preconceituosa, já que os testes tem a função de aferir se as intenções do autor estão se consolidando ou não no filme. Cineastas como André Klotzel, Lucia Murat, Augusto Sevá, Lina Chamie e muitos outros, totalizando até agora 20 cineastas de expressão que passaram pelo Teste de Audiência, o atestam como uma experiência riquíssima, onde o autor recupera um olhar de distanciamento sobre a obra, até então impraticável numa ilha de edição ou nas tradicionais 'sessões para amigos'. Com o Teste, esses autores puderam 'fechar' seus filmes com muito mais informação e consciência sobre a própria obra", testemunha o cineasta e curador Renato Barbieri. "Aos poucos, o Teste vem quebrando este tabú e mostrando, como vários diretores testemunharam, que este contato com a platéia ajuda o filme a ser mais ele mesmo", completa o cineasta.
Cinco filmes já foram testados pelo público em 2009: "Reflexões de um Liquidificar", de André Klotzel; "É Proibido Fumar", de Anna Muylaerte; "Quanto Dura o Amor", de Roberto Moreira; "Duas da Manhã", de Eduardo Nunes; e "Elvis e Madona", de Marcelo Laffitte.
Serviço:
Desde o começo de 2009, o projeto Teste de Audiência tem exibido seus filmes em sessões surpresa. Ou seja, os nomes do título da obra e do diretor são revelados apenas no momento da exibição do filme, assim como ocorre nos tradicionais screening tests do cinema internacional. O que para uns poderia afastar os cinéfilos do Teatro da Caixa, na verdade atingiu em cheio os objetivos dos curadores e produtores do projeto, Marcio Curi e Renato Barbieri. "Antes da instituição da Sessão Surpresa, as edições do Teste de Audiência reuniam muitos admiradores do diretor, ou de algum ator ou atriz ou, mesmo, o mero interesse pela temática do filme que ia ser apresentado. Assim, já havia uma predisposição a aprovação, o que empobrecia um pouco o resultado de conteúdo e estatística da avaliação. Com a Sessão Surpresa conseguimos controlar em boa medida esse efeito e melhorar a qualidade dos debates com os realizadores. Além disso, tivemos a boa surpresa de ver a frequência ao Teste se ampliar - as últimas edições bateram recordes sucessivos de público", comemora Márcio Curi.
Criado em 2007, o Teste de Audiência tem aproximado, ano após ano, o cinema brasileiro de seu público e ajudado a criar no Brasil a cultura dos testes. "O Cinema Brasileiro tem uma tradição autoral muito forte e isso fez com que os testes fossem vistos como uma atividade 'anti-autor', como se os testes tivessem um papel autoritário contra as intenções do autor. Isso é comprovadamente uma visão distorcida e mesmo preconceituosa, já que os testes tem a função de aferir se as intenções do autor estão se consolidando ou não no filme. Cineastas como André Klotzel, Lucia Murat, Augusto Sevá, Lina Chamie e muitos outros, totalizando até agora 20 cineastas de expressão que passaram pelo Teste de Audiência, o atestam como uma experiência riquíssima, onde o autor recupera um olhar de distanciamento sobre a obra, até então impraticável numa ilha de edição ou nas tradicionais 'sessões para amigos'. Com o Teste, esses autores puderam 'fechar' seus filmes com muito mais informação e consciência sobre a própria obra", testemunha o cineasta e curador Renato Barbieri. "Aos poucos, o Teste vem quebrando este tabú e mostrando, como vários diretores testemunharam, que este contato com a platéia ajuda o filme a ser mais ele mesmo", completa o cineasta.
Cinco filmes já foram testados pelo público em 2009: "Reflexões de um Liquidificar", de André Klotzel; "É Proibido Fumar", de Anna Muylaerte; "Quanto Dura o Amor", de Roberto Moreira; "Duas da Manhã", de Eduardo Nunes; e "Elvis e Madona", de Marcelo Laffitte.
Serviço:
Espetáculo: Teste de Audiência
Local: Teatro da Caixa
Data: 14/07/2009
Horários: Terça-feira às 19h30
Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 280 - Edifício Sede II
Recepção: 2118-5111
Ingressos: Entrada franca (mas é necessário retirar uma senha na bilheteria do Teatro a partir das 12 horas no dia da exibição)
Lotação máxima do teatro: 123 lugares
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