quinta-feira, 18 de junho de 2009

MOSTRA MÚSICA EM CENA

MOSTRA MÚSICA EM CENA

De 22 a 25 de junho de 2009

Realização:

ALIANÇA FRANCESA DE CURITIBA

FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA

CINEMATECA DE CURITIBA

Versão original em francês com legendas em espanhol

Classificação 16 anos para todos os filmes

Entrada Franca

Promovida pela Aliança Francesa, a Mostra Música em Cena, inédita em Curitiba, vai apresentar alguns dos grandes nomes da música francesa e de países francófonos em forma de imagens e som. São documentários que retratam a história, os shows, a vida e a intimidade de artistas da cena atual. Um convite à descoberta da criativa e diversificada produção musical francófona. Música em Cena é uma oportunidade singular de ter um encontro mais vivo e próximo com a história dessas pessoas tão presentes no universo cultural francês.


Dia 22, às 16h:

CARLA BRUNI, ELA E LOUIS EM STUDIO (Carla Bruni, Elle et Louis en Studio - França, 2003)

De Serge Bergil. Cores. Duração 13’. Música.

O desafio estava à altura de seu talento: uma ex-manequim que escreve e canta! Sucesso imediato de seu primeiro álbum (1 milhão de exemplares na França e 300.000 em exportação), êxito igual no cenário... O que dizer a mais, senão lhe conceder a palavra: “De fato, a música para mim é verdadeiramente uma mistura de tudo porque sempre escutei de tudo. Escutei bastante blues, sobretudo Bassie Smith e todas as canções de country, o blues branco, e depois em geral todas as mulheres que cantam...” Ela diz também: “Desejo fazer progressos como dançarina: para poder dar a impressão que isto é fácil. Porque a facilidade dá acesso ao natural. Não sofrer do diletantismo e sim o propor.”

“Artista feminina do ano” no Victoires de la Musique 2004.

CHEB MAMI, A CRIANÇA (Cheb mami, Le môme - França, 1996)

De Rabah Mezouane. Cores. Duração 52’. Música.

A criança cresceu, o cheb envelheceu e o raï continua presente. A partir dos 14 anos de idade, Mami, a criança adquire uma sólida reputação de animador de festas de casamento e de circuncisão no oeste argelino e o raï, música subversiva e rebelde exprimirá rapidamente as confusões de uma sociedade dividida entre tradição e modernidade para converter-se em uma linguagem musical política. O raï se propagará por toda Argélia antes de conquistar o mundo e a criança irá até os Estados Unidos para trabalhar com os mais importantes da World music: de Saïda, sua cidade de nascimento, a feliz em árabe, será o título de um de seus álbuns até "Let me raï". Khélifati Mohamed, apelidado Cheb Mami, continua sendo a referência mais emblemática desta música internacional. Inch'Allah!

Às 20h:

M A QUE ISTO RIMA (M A quoi ça rime - França, 2003)

De Serge Bergil. Cores. Duração 13’. Música

M como músico e mágico, M como "aime" (ama)... Dois álbuns: "Le Baptême" e "Je Dis Aime" e o reconhecimento pela sua avó, Andrée, e seu pai, Louis Chedid. Humor, sons originais, senso de palco o caracterizam, ele que se aproximou de todos os estilos musicais e que não cessa de procurar e de construir: em testemunho seu último trabalho "Labo M", e o desejo de continuar a colaborar com outros artistas como Brigitte Fontaine, sempre na procura de novas posturas musicais. Também e sobretudo, um autor, um malabarista de palavras, um ilusionista e manipulador de textos.

JEAN-LOUIS AUBERT, COMUM ACORDO (Jean-Louis Aubert, Commun Accord - França, 2002)

De Laurent Brun. Cores. Duração 52’. Música.

Palavras e imagens em comum acordo para nos revelar o espaço de um cantor que, com 12 anos, assiste a um show dos Who! Há quinze anos ele canta sozinho. Após "Téléphone", onde escreveu a maior parte das canções, Jean-Louis Aubert, experimenta e mistura todos os estilos, do rock à balada. Seguimos um artista particularmente vinculado à linguagem, às palavras que constituem também o fio vermelho de seu imaginário: um homem sobre o qual o tempo não surte efeito, cuja linguagem musical atravessa modas, tendências e gerações.

Dia 23, às 16h:

LES NUBIANS, ONE STEP FORWARD (França, 2000)

De Karim A. Soumalia. Cores. Duração 13’. Música.

Hélène e Célia Faussart são as "Princesses Nubiennes", cuja primeira gravação tornou-se o álbum francófono que mais vendeu nos Estados Unidos depois de uma dezena de anos. As duas irmãs percorreram o mundo imergindo-se no som reggae, afrobeat, pop e eletrônico e em colaboração com os grandes nomes da música como Manu Dibango e Benjamin Biolay. Desejam transmitir aos mais jovens as músicas oriundas de culturas e gerações diversas. De uma sensibilidade pluricultural (pai francês e mãe nascida em Camarões). Seus objetivos são também de desenvolver essa música "afro-européia" cujo som pode "lançar pontes entre as pessoas".

I MUVRINI (França, 2002)

De Tony Gatlif. Cores. Duração 52’. Música.

Os "Mouflons", um tipo intermediário entre caprinos e ovinos, são ruminantes com potentes chifres enrolados, nos diz o dicionário.

I Muvrini é um grupo polifônico da Córsega criado há mais de vinte anos por Jean- François e Alain Bernadini, em busca então de um outro canto para celebrar o sofrimento de sua terra. O emblema do "mouflon", símbolo da paz e da liberdade, lhes conduzirá de suas montanhas a uma notoriedade internacional em uma época onde cantar em língua córsega realça a discórdia na ordem pública. Escutemos: isto ressoa, ecos e calafrios garantidos.

Às 20h:

RAY LEMA, TUDO EM TODOS OS LUGARES DIVIDIR (Ray Lema, Tout Partout Partager - França, 1997)

De Dom Pedro, Jean-Henry Meunier. Cores. Duração 52’. Música.

O título do filme é claro, tão claro que nos perguntamos o que podemos acrescentar a este artista tão adorado! Uma das figuras mais emblemáticas da música africana no mundo inteiro! Aberto a todos os gêneros, dominando todos os estilos, pianista e compositor insaciável, Ray Lema - antigo seminarista de Kinshasa - recorre ao mundo e suas aflições, incluindo as suas, lê e relê a tradição, o exílio e a modernidade para pronunciar sua voz, a de uma imensa orquestra do mundo, a dos intercâmbios e dos reencontros, porque hoje mais que anteriormente, a urgência é "de escutar o ritmo do outro".

UMA VIDA DE DJ BOB SINCLAIR (Une Vie de DJ Bob Sinclair - França, 2003)

De Sophie Blandilière. Cores. Duração 26’. Música.

Desde muito cedo Christophe Le Friant se interessa pelo rap e às platinas antes de se iniciar no soul e no jazz, graças a um amigo com o qual ele criou o selo Yellow, que tornará conhecido os melhores DJs da french touch. No fim dos anos 90 se converte em Bob Sinclair o Magnífico, coloca novamente suas mãos no disco e remaneja: o sucesso é fulgurante, seu álbum "Champs Elysées" com a já mística I feel for you, vende sem contar, os loucos dançam de um lado a outro do planeta e fazem de DJ Sinclair um dos DJs franceses mais solicitados no mundo. No entanto ele não é somente DJ, é também produtor e não para de revelar a qualidade francesa nesse gênero.

Dia 24, às 16h

TODA ESSA HISTÓRIA LOUISE ATTAQUE (Toute Cette Histoire Louise Attaque - França, 2001).

De Thierry Villeneuve. Cores. Duração 68’. Música.

Nunca na França um grupo de rock se impôs tão rapidamente longe das mídias e dos circuitos tradicionais (2 milhões de exemplares para o seu primeiro álbum éponyme). Quatro rapazes de vanguarda, porém difíceis de domesticar tanto por sua discrição e proporcionalmente por seu sucesso (eleito melhor grupo de rock em 1999). Este quarteto, de fato milagroso, não hesitou em convidar outros cantores sobre seu próprio palco. Grupo engajado, socialmente e politicamente presente, é isto que conta este filme que se chama na versão cinematográfica "Crachez vos souhaits". E se hoje os quatro estão separados, seu público espera que seja somente uma pausa.

Às 20h:

RAPATTACK (França, 2002)

Cores. Duração 90’. Música.

Vinte anos de rap, em rajada, neste documentário organizado cronologicamente, criado pelo hip-hop (o diretor é o fundador do selo Arsenal) para o hip-hop e para os que querem descobri-lo ou saber mais. A maioria dos grandes nomes está presente: NTM, IAM, Cut Killer, Mode 2...em um notável copiar-colar que nos lembra que se trata em primeiro lugar de uma história de paixão com diferentes disciplinas. Este contra-ataque do hip-hop nos mergulha em um movimento cultural francês, provavelmente o mais reivindicativo do fim do século XX sem a omissão de falar das políticas de algumas casas de discos e de certas rádios.

Dia 25, às 16h:

UMA VIDA DE DJ GREGORY (Une Vie de DJ Gregory - França, 2003)

De Sophie Blandilière. Cores. Duração 26’. Música.

Seu "tropisme" urbano é Nova York, e os encontros que ele fará determinarão também seu estilo de DJ. Ele se dedica então ao trabalho de remix, com um grande senso de ritmo e uma energia de criação que desemboca rapidamente em um êxito inesperado: Um "Sunshine people" muito pessoal que o faz viajar por todos os continentes. O trabalho de Grégory Dorsa é inovador: É o que nós chamaremos mais tarde de "french touch". Jovem produtor, ele criou seu próprio selo, Faya Combo, que, como ele, faz a volta nas ondas francesas, mas também do mundo inteiro. Grégory vem do grego "atento".

MANU CHAO, GIRA MUNDO TOUR (França, 2000)

De François Bergeron. Cores. Duração 52’. Música.

Difícil falar de música atual sem o parisiense de parentes espanhóis Jose-Manuel Thomas Arthur Chao! Igualmente difícil omitir o fato de que ele compõe, escreve e procura sua inspiração no que se impõe como atitude: a viagem. Claro que já existia Mano Negra antes do sucesso fulminante de "Clandestino", Era 1998. E depois "Proxima Estacion: Esperanza". Os títulos expressam exatamente o que Manu Chao quer fazer: espírito independente,"politizado", no sentido literal do termo, equipado com uma pequena câmera, uma guitarra e um computador, ele fez da peregrinação sua maneira de ver, de escutar o mundo as margens, antes que nós o escutemos, dançando é claro... Me gusta...

Às 20h:

UMA VISITA A ALI FARKA TOURÉ (Une Visite à Ali Farka Touré - França, 2000)

Cores. Duração 52’. Música.

"O bluesman do deserto", como o apelidam no ocidente, nos conduz em sua própria história, quer dizer uma geografia muito precisa: do norte do Mali, sobre a curva do Niger, entre a areia e o rio, onde sopra o "harmattan", em Niafunké. É neste universo mestiço e mágico, onde povos e culturas sempre estiveram próximas, que Ali Farka Touré irá verdadeiramente extrair sua inspiração musical: nas fontes tradicionais se agregarão o soul e o blues americano propiciando o nascimento de uma grande música internacional que soube permanecer fiel as suas origens.

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