quinta-feira, 30 de abril de 2009

O PRINCIPIO ESPERANÇA V.1


O PRINCIPIO ESPERANÇA V.1
de ERNST BLOCH


Tradutor: NELIO SCHNEIDER
438 páginas

E. BLOCH. O Princípio Esperança. Vol. I (Tradução de Nélio Schneider), Vol II
(Tradução e notas de Werner Fuschs) e Vol. III (Tradução e notas de Nélio Schneider).
Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. UERJ, 2005 - 2006 (O Princípio Esperança foi escrito
durante o exílio no Estados Unidos, no período de 1938 à 1947, sendo revisto em 1953 e
1959, com publicação definitiva em 1959 pela Ed. Suhrkamp Velag de Frankfurt an
Main).

Segundo Antonio Rufino Vieira, Professor associado no Departamento de Filosofia
da Universidade Federal da Paraiba - O Princípio Esperança é um desafio para a necessidade de uma recuperação do sentido positivo da utopia, passando desde as denúncias dos utopistas do Renascimento até a prática político-social dos socialistas utópicos (ver, especificamente no vol. II do PE, o cap. 36, “Liberdade e ordem, esboço das utopias sociais”). Segundo a linha de reflexão de Bloch, a utopia não é algo fantasioso, simples produto da imaginação, mas possui uma base real, com funções abertas à reestruturação da sociedade, obrigando a militância do sujeito, engajado em mudanças concretas, visando à nova sociedade. Assim, a utopia se torna viável à medida que possui o explícito desejo de ser realizada coletivamente. Bloch defende que, embora as utopias estejam presentes na vida do homem em todos os momentos, ela só se realiza plenamente no marxismo; ali encontramos a base real para serem eliminados os elementos puramente abstratos da utopia, sendo a única utopia capaz de superar as profundas contradições do sistema capitalista. É, por isso que, ao analisar a relação entre marxismo e antecipação concreta, Bloch afirma que “engajar-se no pensamento do que é justo é uma determinação que precisa persistir mais do que nunca” .




Editora: CONTRAPONTO EDITORA - EDUERJ

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