“Desenhando São Paulo: mapas e literatura (1877-1954)”, de Maria Lúcia Perrone Passos e Teresa Emídio, é uma parceria com a editora Senac e conta a história e a evolução urbana da cidade, em um rico e inédito material iconográfico e literário do período.
Desenhando São Paulo: mapas e literatura (1877-1954)
Maria Lúcia Perrone Passos e Teresa Emídio
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo / Editora Senac
181 páginas
As autoras Maria Lúcia Perrone Passos e Teresa Emídio pesquisaram arquivos públicos e particulares, recuperaram registros cartográficos e com o resultado deste trabalho compuseram um rico painel sobre os processos urbanos de ocupação e crescimento de São Paulo no livro Desenhando São Paulo: mapas e literatura (1877-1954). Além dos mapas, desenhos e plantas que abrangem a criação e a concepção de serviços públicos, transportes e avenidas, a construção da cidade aparece também pela voz de escritores, compositores e poetas que por ela foram tocados e traduzem o espírito de uma época. Esses textos abrem os capítulos e adicionam informações de cada período. O livro é um lançamento da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora Senac, tem 181 páginas e custa R$ 120,00.
As autoras trabalharam no Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura, onde começaram as pesquisas. Elas escolheram o período que vai de 1887, quando a capital ainda com 27 mil habitantes começava a tomar ares de metrópole, a 1954, comemoração do quarto centenário. Durante esse espaço de tempo a cartografia paulistana evolui e a antiga província transforma-se em cidade industrial. Essas pranchas, pela primeira vez publicadas de forma sistemática, são desconhecidas do público geral.
No prefácio, o historiador Ulpiano T. Bezerra de Meneses sugere que o livro seja apreciado como um álbum de família: “A cartografia de São Paulo registra, por certo tempo, as marcas inexoráveis da passagem do tempo e as substituições inerentes ao crescimento urbano. Mas, como no álbum de família, o torvelinho das diferenças ganha ordem e sentido”.
As autoras selecionaram arquivos importantes da cidade mostrando a concepção de pontos conhecidos da metrópole como o Parque do Ibirapuera, Avenida Paulista, Museu do Ipiranga, entre outros.
A historiadora Maria Lúcia Perrone Passos faz um convite aos leitores: “Desdobrando mapas e lembranças, cada um pode tomar para si esses múltiplos olhares que ao longo de quase um século passearam pela paisagem paulistana. Esta obra é dedicada a todos os moradores de São Paulo, e de modo especial àqueles que se disponham a elaborar ou a executar projetos de intervenção no espaço urbano”.
Teresa Emídio, também autora, arquiteta e urbanista, acrescenta: “O leitor poderá, além de apreciar os desenhos como forma de expressão gráfica e artística, fazer a releitura do processo de ocupação do ambiente natural em comparação com a situação atual. O conjunto dessas informações permite a interpretação do processo de configuração territorial do município de São Paulo, em seus momentos históricos significativos. A leitura cartográfica traz o entendimento do desenho de uma cidade pela forma, estrutura e identidade do ambiente urbano”.
O presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Hubert Alquéres, comenta que o livro revela a origem e a formação de nossa identidade, por onde se iniciou o traçado geográfico, social, político e cultural da cidade de São Paulo. “É um belo presente de aniversário para nossa cidade e, com certeza, material valioso para historiadores, cartógrafos, geógrafos, arqueólogos, urbanistas, profissionais das letras, cientistas sociais, professores e estudantes”.
Sobre as autoras
Maria Lúcia Perrone Passos é historiadora e nasceu em Minas Gerais. Autora de duas teses sobre história medieval (USP), a primeira delas publicada em Portugal: O Herói na Crônica de D.João I, de Fernão Lopes (Lisboa, Ed.Prelo, 1974), e Lisboa, personagem de Fernão Lopez, escreveu também ensaios sobre a história das cidades de Lisboa e de São Paulo. Estudou na Ecole Pratique des Hautes Etudes en Sciences Sociales, em Paris. Lecionou no Colégio Sion e na Universidade Católica de São Paulo. Lecionou ainda durante dois anos na Georgetown University, em Washington D.C. (EUA), além de dar aulas no Mestrado de História do Brasil na Universidade de Lisboa. Trabalhou no Departamento de Patrimônio Histórico da Eletropaulo de 1986 a 1989, onde coordenou a publicação Evolução Urbana da cidade de São Paulo. Coordenou cursos e publicações do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (Museu do Ipiranga) e participa do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Atualmente, coordena o Centro de Referência Arqueológica da Cidade de São Paulo, no Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, onde já havia trabalhado na década de 80 (gestão Mário Covas), quando coordenou e redigiu os textos da publicação conjunta Imesp/Terrafoto/DPH: Traços da Arquitetura Paulistana.
Tereza Emídio é arquiteta e urbanista. Paulistana, realizou sua extensão universitária na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, com especial atenção no tema Patrimônio Cultural e Políticas de Desenvolvimento. Na mesma universidade concluiu especialização em gestão ambiental. É também graduada em Belas Artes e possui projetos executados no campo da Programação Visual. Trabalhou no Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura onde, entre outras atividades, realizou o levantamento cadastro e análise da cartografia histórica paulistana. Atualmente, trabalha no Departamento de Planejamento Ambiental da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, voltadas à promoção de estratégias para a preservação de áreas verdes e adaptação do município aos impactos decorrentes da mudança do clima. Também tem ministrado palestras sobre a evolução urbana e gestão ambiental no município e a respeito da relação da paisagem estabelecida com a questão ambiental. Sobre esta última temática publicou o livro Meio Ambiente e Paisagem, lançado pela Editora Senac no ano de 2006.
Desenhando São Paulo: mapas e literatura (1877-1954)
Maria Lúcia Perrone Passos e Teresa Emídio
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo / Editora Senac
181 páginas
As autoras Maria Lúcia Perrone Passos e Teresa Emídio pesquisaram arquivos públicos e particulares, recuperaram registros cartográficos e com o resultado deste trabalho compuseram um rico painel sobre os processos urbanos de ocupação e crescimento de São Paulo no livro Desenhando São Paulo: mapas e literatura (1877-1954). Além dos mapas, desenhos e plantas que abrangem a criação e a concepção de serviços públicos, transportes e avenidas, a construção da cidade aparece também pela voz de escritores, compositores e poetas que por ela foram tocados e traduzem o espírito de uma época. Esses textos abrem os capítulos e adicionam informações de cada período. O livro é um lançamento da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora Senac, tem 181 páginas e custa R$ 120,00.
As autoras trabalharam no Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura, onde começaram as pesquisas. Elas escolheram o período que vai de 1887, quando a capital ainda com 27 mil habitantes começava a tomar ares de metrópole, a 1954, comemoração do quarto centenário. Durante esse espaço de tempo a cartografia paulistana evolui e a antiga província transforma-se em cidade industrial. Essas pranchas, pela primeira vez publicadas de forma sistemática, são desconhecidas do público geral.
No prefácio, o historiador Ulpiano T. Bezerra de Meneses sugere que o livro seja apreciado como um álbum de família: “A cartografia de São Paulo registra, por certo tempo, as marcas inexoráveis da passagem do tempo e as substituições inerentes ao crescimento urbano. Mas, como no álbum de família, o torvelinho das diferenças ganha ordem e sentido”.
As autoras selecionaram arquivos importantes da cidade mostrando a concepção de pontos conhecidos da metrópole como o Parque do Ibirapuera, Avenida Paulista, Museu do Ipiranga, entre outros.
A historiadora Maria Lúcia Perrone Passos faz um convite aos leitores: “Desdobrando mapas e lembranças, cada um pode tomar para si esses múltiplos olhares que ao longo de quase um século passearam pela paisagem paulistana. Esta obra é dedicada a todos os moradores de São Paulo, e de modo especial àqueles que se disponham a elaborar ou a executar projetos de intervenção no espaço urbano”.
Teresa Emídio, também autora, arquiteta e urbanista, acrescenta: “O leitor poderá, além de apreciar os desenhos como forma de expressão gráfica e artística, fazer a releitura do processo de ocupação do ambiente natural em comparação com a situação atual. O conjunto dessas informações permite a interpretação do processo de configuração territorial do município de São Paulo, em seus momentos históricos significativos. A leitura cartográfica traz o entendimento do desenho de uma cidade pela forma, estrutura e identidade do ambiente urbano”.
O presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Hubert Alquéres, comenta que o livro revela a origem e a formação de nossa identidade, por onde se iniciou o traçado geográfico, social, político e cultural da cidade de São Paulo. “É um belo presente de aniversário para nossa cidade e, com certeza, material valioso para historiadores, cartógrafos, geógrafos, arqueólogos, urbanistas, profissionais das letras, cientistas sociais, professores e estudantes”.
Sobre as autoras
Maria Lúcia Perrone Passos é historiadora e nasceu em Minas Gerais. Autora de duas teses sobre história medieval (USP), a primeira delas publicada em Portugal: O Herói na Crônica de D.João I, de Fernão Lopes (Lisboa, Ed.Prelo, 1974), e Lisboa, personagem de Fernão Lopez, escreveu também ensaios sobre a história das cidades de Lisboa e de São Paulo. Estudou na Ecole Pratique des Hautes Etudes en Sciences Sociales, em Paris. Lecionou no Colégio Sion e na Universidade Católica de São Paulo. Lecionou ainda durante dois anos na Georgetown University, em Washington D.C. (EUA), além de dar aulas no Mestrado de História do Brasil na Universidade de Lisboa. Trabalhou no Departamento de Patrimônio Histórico da Eletropaulo de 1986 a 1989, onde coordenou a publicação Evolução Urbana da cidade de São Paulo. Coordenou cursos e publicações do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (Museu do Ipiranga) e participa do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Atualmente, coordena o Centro de Referência Arqueológica da Cidade de São Paulo, no Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, onde já havia trabalhado na década de 80 (gestão Mário Covas), quando coordenou e redigiu os textos da publicação conjunta Imesp/Terrafoto/DPH: Traços da Arquitetura Paulistana.
Tereza Emídio é arquiteta e urbanista. Paulistana, realizou sua extensão universitária na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, com especial atenção no tema Patrimônio Cultural e Políticas de Desenvolvimento. Na mesma universidade concluiu especialização em gestão ambiental. É também graduada em Belas Artes e possui projetos executados no campo da Programação Visual. Trabalhou no Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura onde, entre outras atividades, realizou o levantamento cadastro e análise da cartografia histórica paulistana. Atualmente, trabalha no Departamento de Planejamento Ambiental da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, voltadas à promoção de estratégias para a preservação de áreas verdes e adaptação do município aos impactos decorrentes da mudança do clima. Também tem ministrado palestras sobre a evolução urbana e gestão ambiental no município e a respeito da relação da paisagem estabelecida com a questão ambiental. Sobre esta última temática publicou o livro Meio Ambiente e Paisagem, lançado pela Editora Senac no ano de 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário