Os artistas analisam o evento multimídia que agitou o TUC em 1978
Um encontro artístico marcado para quarta-feira, dia 24, no TUC, às 19 horas, deverá reunir na platéia boa parte da arte curitibana. No palco, como palestrantes, estarão o artista gráfico e poeta Reynaldo Jardim e o artista plástico Sergio Moura, mas a noite contará também com participações especiais de Rogério Dias, Solda, Rettamozzo, Geraldo Leão e Rossana Guimarães.
O ARTSHOW – 30 anos depois, marca mais uma edição do programa Hora da Prosa, que tem por objetivo incentivar debates e discussões sobre temas que envolvem o patrimônio cultural de Curitiba. Na oportunidade será feita uma análise do evento multimídia que, em 1978, agitou a Galeria Julio Moreira - TUC, reunindo artistas, produtores culturais e transeuntes numa ação coletiva de arte social. A idéia é avaliar a importância do acontecimento e sua ressonância na produção cultural nas gerações seguintes.
O local não poderia ser outro. Foi ali no TUC, em 1978, que aconteceu o primeiro encontro – batizado de ARTSHOW: projeto alternativo –, como uma grande festa, criada e coordenada por Sérgio Moura, que durou uma semana. “Foi um acontecimento multimídia”, diz Moura. Para ali foram não só artistas e produtores culturais, mas também o público em geral, transformando a efervescência “numa ação coletiva de arte social”, conforme as palavras do artista.
A Galeria Júlio Moreira e o TUC transformaram-se naqueles dias em palco de uma explosão de criatividades: ao mesmo tempo em que alguns desenhavam, outros pintavam, filmavam, fotografavam, produziam serigrafias, projetavam imagens, declamavam, cantavam, dançavam.
Lá estiveram, entre outros, além dos artistas já citados, os irmãos Wagner, Geraldo Leão, Aparecido Marques, Lucília Guimarães, Roberto Pitella, Priscila Sanson, Eduardo Nascimento, Alberto Viana, João Urban, Claude Urban, Alice Ruiz, Nivaldo Lopes, Caco Machado, Marcos Bento, Telma Serur, Oscar Betio, Roberval Santos.
Sergio e Reynaldo – Sergio Moura iniciou-se nas artes plásticas no final da década de 1960, em Manaus, quando pintava abstratos. Deixou a terra natal e passou por Brasília, Rio de Janeiro, Ouro Preto, Salvador. Nessa época trabalhava com arte ambiental, conhecida atualmente como instalação. Fixou-se em Curitiba, onde cursou a Escola de Música e Belas Artes do Paraná. É membro fundador da Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná, membro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, além de autor de vários projetos e ações coletivas de arte na rua. Também realiza palestras sempre enfocando a arte como essencial ao aprimoramento humano
Reynaldo Jardim, aos 81 anos, mantém-se ligado à poesia e à imprensa com a mesma vitalidade de décadas passadas. Foi ele o criador e editor do Caderno B, do Jornal do Brasil, e do jornal-escola O Sol, considerado marco na história da imprensa brasileira. A publicação foi citada na música Alegria, alegria de Caetano Veloso (O Sol nas bancas de revistas, me enche de alegria e preguiça) e rendeu um documentário de Tetê Moraes e Martha Alencar: Sol: caminhando contra o vento. Autor de uma dezena de livros, Jardim lançou recentemente A Lagartixa Escorregante na Parede de Domingo.
Serviço:
Hora da Prosa – Conversas sobre patrimônio cultural
ARTSHOW – 30 anos depois - com Sergio Moura e Reynaldo Jardim, participações especiais de Rogério Dias, Solda, Rossana Guimarães, Rettamozzo e Geraldo Leão.
Local: TUC – Teatro Universitário de Curitiba (Galeria Julio Moreira, s/n – Setor Histórico)
Data e horário: dia 24 de setembro (quarta-feira), às 19h
Entrada franca
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Reynaldo Jardim e Sergio Moura revivem ARTSHOW no Hora da Prosa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário