Humor e ironia permeiam os trabalhos reunidos na mostra “Deus mora nos detalhes”, que será aberta às 19h desta terça-feira (23).
No Salão Paraná do Memorial de Curitiba acontece, a partir das 19h desta terça-feira (23), a exposição Deus mora nos detalhes, que reúne trabalhos do artista plástico André Malinski. São nove telas com recortes de imagens de santos impressas em tecido e complementadas com bordados, além de livro de fotografias e um vídeo que integram o projeto desenvolvido pelo artista, desde o último mês de junho. A mostra pode ser vista até o dia 23 de novembro, com entrada franca.
A exposição fecha o roteiro de ações que André Malinski comandou ao longo de quatro meses. Durante esse período, o artista espalhou pela cidade trabalhos que tinham como suportes outdoors em áreas de grande circulação da população. As obras, com recortes de imagens de santos populares, criavam um contraste com o caos visual dos anúncios comerciais. A intenção do artista era intrigar o espectador e levá-lo a resgatar memórias de outros lugares e tempos. A interação inusitada a céu aberto, entre obras de arte e transeuntes, foi registrada em vídeo que agora será exibido no Memorial de Curitiba, ao lado dos trabalhos reproduzidos em painéis bordados.
As telas receberam os nomes de Asas de Jorge, Riqueza da Cabeça, Entrega de Jesus, Amor de Sebastião, Gesto de Cosme, Penitência de Catarina, Afeto de Benedito, Urgência de Expedito e Domínio das Graças.
A série de outdoors teve início na Rua Ubaldino do Amaral, esquina com Rua XV de Novembro, de 7 a 20 de junho. Depois, esteve em cartaz, de 21 de junho a 4 de julho, na Rua Martim Afonso, próximo à Rua Brigadeiro Franco. O terceiro outdoor foi instalado na Rua Alferes Poli, próximo à Avenida Iguaçu, de 19 de julho a 1º de agosto. No período de 13 a 26 de setembro, as obras podem ser vistas na Rua 24 de Maio, nas proximidades da Avenida Visconde de Guarapuava, e na Rua Martim Afonso, perto do Supermercado Condor. Finalmente, de 27 de setembro a 10 de outubro, intervenção na Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Itupava.
Na mostra o público ainda terá a oportunidade de conferir um livro de fotografias dos outdoors nas ruas, ao lado de trabalhos imaginários, criados a partir de fotomontagens. “A intenção é transportar a pessoa para o ambiente urbano da exposição”, explica André Malinski.
Sagrado e profano – André Malinski trabalha com o conceito do sagrado no limiar do profano e seus trabalhos podem ser vistos como grandes “retalhos espirituais”, que fazem parte de uma colcha a ser costurada. As obras-retalhos alteram a divindade atribuída às imagens, provocam novas leituras e destacam o lúdico.
Fernando Bini, professor e crítico de arte, diz da criação de Malinski: “Como herdeiro da pop-art, Malinski utiliza do humor e da ironia, mas também do kitsch que vem com ela. A comunicação de massa, os quadrinhos e figurinhas, ou mesmo os “santinhos”, são transformadas em figuras políticas e religiosas, signos plásticos de dimensão narrativa. Nas figuras de Malinski, estas figuras de caráter barroco/kitsch se associam ao espetáculo para mostrar as contradições cultuais e, entre mitologia e religião, facilmente chega-se a uma forma de erotismo kitsch.”
O curador do evento, Marco Antonio Teobaldo, destaca que o projeto gera questionamentos sobre a sociedade de consumo, quando “André Malinski recorta cirurgicamente determinados elementos das imagens de santos populares e os converte em novas cenas, que são ampliadas e dispostas como que estivessem em um templo. Do lado de fora, o artista envolve a multidão do caos urbano com o seu humor, onde substitui os anúncios de propagandas por suas obras.” Ainda, segundo o curador, “o que era imperceptível se tornou importante e é por esta razão que o artista nos faz crer que, se o divino existe, certamente ele mora nos detalhes”.
O artista – Aluno do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná, de 1984 a 1987, André Malinski integrou o Ateliê Livre Edílson Viariato, nos períodos de 1999 a 2002 e de 2005 a 2006. Em 2002, freqüentou o Seminário de História da Arte Contemporânea, comandado por Rodrigo Naves. No ano seguinte, participou do projeto 8 Semanas de Arte, da Fundação Cultural de Curitiba, sendo selecionado por Ivo Mesquita, Moacir dos Anjos e Paulo Herkenhoff para visita em seu ateliê.
Na relação das principais exposições individuais estão Céu de Anil (2007). Desaparecidas (2005), Sagrados Corações (2002), Grato Maria Bueno (2001) e Anilina (2000). Das participações internacionais de André Malinski, destaque para Arte Contemporânea Brasileira Emergente Espacio Menosuno (Madri/Espanha – 2008), Muestra Internacional de Arte Postal – Prêmio Convivência (Celta/Espanha – 2006/07) e Artistas Paranaenses na Casa do Brasil (Madri/Espanha – 2005).
Entre as diversas premiações do artista destacam-se o Prêmio Aquisição 38° Salão de Arte Contemporânea (2006 – Piracicaba/SP – obras em acervo), Grande Prêmio Viagem a Paris (França) do VI Salão Graciosa de Artes Plásticas (2003 – Curitiba/PR), Prêmio Aquisição 5º Salão de Arte Religiosa - PUC (2001 – Curitiba/PR – obras em acervo), Grande Prêmio Viagem a Nova Iorque (EUA) do II Salão Graciosa de Artes Plásticas (2000 – Curitiba/PR – obras em acervo), Acervo Geral de Artes Plásticas do Centro Cultural Brasil – Espanha (2000 – Madri/Espanha) e Prêmio Aquisição 28º Salão de Arte Contemporânea (2000 – Santo André/SP – obras em acervo).
A exposição fecha o roteiro de ações que André Malinski comandou ao longo de quatro meses. Durante esse período, o artista espalhou pela cidade trabalhos que tinham como suportes outdoors em áreas de grande circulação da população. As obras, com recortes de imagens de santos populares, criavam um contraste com o caos visual dos anúncios comerciais. A intenção do artista era intrigar o espectador e levá-lo a resgatar memórias de outros lugares e tempos. A interação inusitada a céu aberto, entre obras de arte e transeuntes, foi registrada em vídeo que agora será exibido no Memorial de Curitiba, ao lado dos trabalhos reproduzidos em painéis bordados.
As telas receberam os nomes de Asas de Jorge, Riqueza da Cabeça, Entrega de Jesus, Amor de Sebastião, Gesto de Cosme, Penitência de Catarina, Afeto de Benedito, Urgência de Expedito e Domínio das Graças.
A série de outdoors teve início na Rua Ubaldino do Amaral, esquina com Rua XV de Novembro, de 7 a 20 de junho. Depois, esteve em cartaz, de 21 de junho a 4 de julho, na Rua Martim Afonso, próximo à Rua Brigadeiro Franco. O terceiro outdoor foi instalado na Rua Alferes Poli, próximo à Avenida Iguaçu, de 19 de julho a 1º de agosto. No período de 13 a 26 de setembro, as obras podem ser vistas na Rua 24 de Maio, nas proximidades da Avenida Visconde de Guarapuava, e na Rua Martim Afonso, perto do Supermercado Condor. Finalmente, de 27 de setembro a 10 de outubro, intervenção na Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Itupava.
Na mostra o público ainda terá a oportunidade de conferir um livro de fotografias dos outdoors nas ruas, ao lado de trabalhos imaginários, criados a partir de fotomontagens. “A intenção é transportar a pessoa para o ambiente urbano da exposição”, explica André Malinski.
Sagrado e profano – André Malinski trabalha com o conceito do sagrado no limiar do profano e seus trabalhos podem ser vistos como grandes “retalhos espirituais”, que fazem parte de uma colcha a ser costurada. As obras-retalhos alteram a divindade atribuída às imagens, provocam novas leituras e destacam o lúdico.
Fernando Bini, professor e crítico de arte, diz da criação de Malinski: “Como herdeiro da pop-art, Malinski utiliza do humor e da ironia, mas também do kitsch que vem com ela. A comunicação de massa, os quadrinhos e figurinhas, ou mesmo os “santinhos”, são transformadas em figuras políticas e religiosas, signos plásticos de dimensão narrativa. Nas figuras de Malinski, estas figuras de caráter barroco/kitsch se associam ao espetáculo para mostrar as contradições cultuais e, entre mitologia e religião, facilmente chega-se a uma forma de erotismo kitsch.”
O curador do evento, Marco Antonio Teobaldo, destaca que o projeto gera questionamentos sobre a sociedade de consumo, quando “André Malinski recorta cirurgicamente determinados elementos das imagens de santos populares e os converte em novas cenas, que são ampliadas e dispostas como que estivessem em um templo. Do lado de fora, o artista envolve a multidão do caos urbano com o seu humor, onde substitui os anúncios de propagandas por suas obras.” Ainda, segundo o curador, “o que era imperceptível se tornou importante e é por esta razão que o artista nos faz crer que, se o divino existe, certamente ele mora nos detalhes”.
O artista – Aluno do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná, de 1984 a 1987, André Malinski integrou o Ateliê Livre Edílson Viariato, nos períodos de 1999 a 2002 e de 2005 a 2006. Em 2002, freqüentou o Seminário de História da Arte Contemporânea, comandado por Rodrigo Naves. No ano seguinte, participou do projeto 8 Semanas de Arte, da Fundação Cultural de Curitiba, sendo selecionado por Ivo Mesquita, Moacir dos Anjos e Paulo Herkenhoff para visita em seu ateliê.
Na relação das principais exposições individuais estão Céu de Anil (2007). Desaparecidas (2005), Sagrados Corações (2002), Grato Maria Bueno (2001) e Anilina (2000). Das participações internacionais de André Malinski, destaque para Arte Contemporânea Brasileira Emergente Espacio Menosuno (Madri/Espanha – 2008), Muestra Internacional de Arte Postal – Prêmio Convivência (Celta/Espanha – 2006/07) e Artistas Paranaenses na Casa do Brasil (Madri/Espanha – 2005).
Entre as diversas premiações do artista destacam-se o Prêmio Aquisição 38° Salão de Arte Contemporânea (2006 – Piracicaba/SP – obras em acervo), Grande Prêmio Viagem a Paris (França) do VI Salão Graciosa de Artes Plásticas (2003 – Curitiba/PR), Prêmio Aquisição 5º Salão de Arte Religiosa - PUC (2001 – Curitiba/PR – obras em acervo), Grande Prêmio Viagem a Nova Iorque (EUA) do II Salão Graciosa de Artes Plásticas (2000 – Curitiba/PR – obras em acervo), Acervo Geral de Artes Plásticas do Centro Cultural Brasil – Espanha (2000 – Madri/Espanha) e Prêmio Aquisição 28º Salão de Arte Contemporânea (2000 – Santo André/SP – obras em acervo).
Serviço: Exposição do Projeto Deus mora nos detalhes, do artista plástico André Malinski Local: Salão Paraná do Memorial de Curitiba (Rua Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) Data: de 23 de setembro (abertura às 19h) a 23 de novembro de 2008 Horário de visitas: Horário: de terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 9h às 15h Entrada franca
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