O concerto da Camerata Antiqua de Curitiba, neste fim de semana, conta com a participação especial do maestro Martin Gester e da soprano Marília Vargas.
Um dos concertos mais interessantes da temporada 2008 da Camerata Antiqua de Curitiba, sob o patrocínio da Volvo, acontece neste fim de semana, tendo dois convidados especiais – o maestro francês Martin Gester e a soprano Marília Vargas. Serão duas apresentações: sexta-feira (29), às 20h, na Paróquia Bom Pastor, com entrada franca, e sábado (30), às 18h30, na Capela Santa Maria. O concerto também traz um repertório raro, com obras pouco executadas de três compositores do século XVIII – Domenico Cimarosa (1749-1801), Johann Christian Bach (1735-1782) e Baldassare Galuppi (1706-1785). O contratenor Paulo Mestre também atuará como solista.
O maestro Martin Gester, que pela primeira vez vem reger uma orquestra no Brasil, atua também como solista de cravo e órgão. Tem apresentado recitais e concertos na maioria dos países europeus, bem como nos Estados Unidos e países da Ásia. É chefe do departamento de música antiga do Conservatório de Strasbourg e dirigente do grupo Le Parlement de Musique. Como solista e como maestro desse grupo, Martin Gester gravou perto de 40 discos, muitos deles premiados e aclamados pela crítica. Pelo seu trabalho musical, o maestro tornou-se, em 2001, Cavaleiro das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura da França.
Outra convidada especial da apresentação é a soprano Marília Vargas, artista curitibana que vem desenvolvendo uma brilhante carreira no exterior. A artista iniciou seus estudos de canto aos 12 anos com Neyde Thomas, mas atualmente estuda fora do Brasil. Em 2001 obteve o diploma de solista de um dos mais conceituados conservatórios da Europa, a Schola Cantorum Basiliensis, e em 2005 diplomou-se pela Escola de Música de Zurique. Também participou de concursos e recebeu vários prêmios.
Professora convidada para cursos e festivais, Marília Vargas colabora regularmente com diversos grupos de música antiga, com os quais se apresenta por toda a Europa, pelo Brasil e Japão, além de realizar diversas gravações para rádio, televisão e CDs. Desde o ano de 2000, canta com La Capella Real de Catalunya, sob a direção de Jordi Savall, com a qual gravou o CD Homenatge al Misteri D'Elx. Também tem atuado como solista do Ensemble Le Parlement de Musique, sob a direção de Martin Gester. Tem sido solista convidada de diversas orquestras, entre elas Aargauer Symphonie Orchester, Orchestra of the Age of Enlightenment, Zürcher Kammerorchester, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica de Londrina, Orquestra Petrobras Sinfônica.
Em junho de 2005, Marília Vargas apresentou-se no concerto de abertura do Ano Brasil-França, em Versalhes, e na oportunidade interpretou, ao lado de Antonio Menezes, a Bachiana n.º 5 de Villa Lobos. Sob a regência de Ricardo Kanji, realizou em 2005 uma série de concertos com Música Colonial Brasileira em importantes teatros franceses, tais como o Auditorium de Dijon e o Arsenal de Metz. Durante o mês de julho de 2006, cantou pela primeira vez no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, solista da Missa em Dó menor de Mozart, com a Orquestra Petrobras Sinfônica. Este ano, além de vários recitais e concertos no Brasil e na Europa, a cantora iniciou a gravação de um CD de canções da compositora italiana Barbara Strozzi.
O repertório – O concerto tem início com a Missa Pro Defunctis em Sol menor, do italiano Domenico Cimarosa. Trata-se de uma música majestosa, porém serena, escrita para ser executada por um conjunto de coro e corda, com destaque para as vozes de soprano, alto, tenor, baixo, além de órgão e duas trompas. Foi composta para o funeral da Duquesa de Serra Capriola e mais tarde foi executada em seu próprio funeral, em 1801. Considerado um dos mais importantes compositores da Ópera Cômica Italiana no último quarto do século XVIII, Cimarosa permaneceu quatro anos na corte de São Petersburgo, a convite da imperatriz da Rússia Catarina II. Quando voltou a Nápoles, participou da revolução contra os Bourbon e chegou a ser preso e condenado à morte, mas foi libertado por pressão diplomática da Rússia.
Outra peça do programa é o Moteto Si Nocte Tenebrosa, do compositor Johann Christian Bach, filho mais jovem de Johann Sebastian Bach. Christian Bach nasceu na Alemanha, mas passou boa parte de sua vida na Inglaterra, o que fez com que sua obra, composta de numerosos trabalhos orquestrais e de câmara, músicas sacras, além de várias óperas, tivesse características diferentes das de seu pai. Conhecido como o “Bach Londrino”, escreveu este moteto quando estava em Londres. A obra, em tom vibrante e melodia atrativa, mostra o seu talento na utilização de contrastes. É possível que ela tenha sido escrita para Anton Raaff, um dos famosos tenores daquele século.
Baldasare Galuppi é outro compositor italiano escolhido para o concerto da Camerata com Marília Vargas, que executa o solo da peça Magnificat. Galuppi escreveu quase 100 óperas, sendo um dos mestres mais admirados da ópera bufa. Escreveu também mais de 20 oratórios, composições religiosas e obras instrumentais. O Magnificat é um exemplo das habilidades de Galuppi para escrever no verdadeiro estilo eclesiático, com boas harmonias, modulações e fugas bem trabalhadas.
Um dos concertos mais interessantes da temporada 2008 da Camerata Antiqua de Curitiba, sob o patrocínio da Volvo, acontece neste fim de semana, tendo dois convidados especiais – o maestro francês Martin Gester e a soprano Marília Vargas. Serão duas apresentações: sexta-feira (29), às 20h, na Paróquia Bom Pastor, com entrada franca, e sábado (30), às 18h30, na Capela Santa Maria. O concerto também traz um repertório raro, com obras pouco executadas de três compositores do século XVIII – Domenico Cimarosa (1749-1801), Johann Christian Bach (1735-1782) e Baldassare Galuppi (1706-1785). O contratenor Paulo Mestre também atuará como solista.
O maestro Martin Gester, que pela primeira vez vem reger uma orquestra no Brasil, atua também como solista de cravo e órgão. Tem apresentado recitais e concertos na maioria dos países europeus, bem como nos Estados Unidos e países da Ásia. É chefe do departamento de música antiga do Conservatório de Strasbourg e dirigente do grupo Le Parlement de Musique. Como solista e como maestro desse grupo, Martin Gester gravou perto de 40 discos, muitos deles premiados e aclamados pela crítica. Pelo seu trabalho musical, o maestro tornou-se, em 2001, Cavaleiro das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura da França.
Outra convidada especial da apresentação é a soprano Marília Vargas, artista curitibana que vem desenvolvendo uma brilhante carreira no exterior. A artista iniciou seus estudos de canto aos 12 anos com Neyde Thomas, mas atualmente estuda fora do Brasil. Em 2001 obteve o diploma de solista de um dos mais conceituados conservatórios da Europa, a Schola Cantorum Basiliensis, e em 2005 diplomou-se pela Escola de Música de Zurique. Também participou de concursos e recebeu vários prêmios.
Professora convidada para cursos e festivais, Marília Vargas colabora regularmente com diversos grupos de música antiga, com os quais se apresenta por toda a Europa, pelo Brasil e Japão, além de realizar diversas gravações para rádio, televisão e CDs. Desde o ano de 2000, canta com La Capella Real de Catalunya, sob a direção de Jordi Savall, com a qual gravou o CD Homenatge al Misteri D'Elx. Também tem atuado como solista do Ensemble Le Parlement de Musique, sob a direção de Martin Gester. Tem sido solista convidada de diversas orquestras, entre elas Aargauer Symphonie Orchester, Orchestra of the Age of Enlightenment, Zürcher Kammerorchester, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica de Londrina, Orquestra Petrobras Sinfônica.
Em junho de 2005, Marília Vargas apresentou-se no concerto de abertura do Ano Brasil-França, em Versalhes, e na oportunidade interpretou, ao lado de Antonio Menezes, a Bachiana n.º 5 de Villa Lobos. Sob a regência de Ricardo Kanji, realizou em 2005 uma série de concertos com Música Colonial Brasileira em importantes teatros franceses, tais como o Auditorium de Dijon e o Arsenal de Metz. Durante o mês de julho de 2006, cantou pela primeira vez no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, solista da Missa em Dó menor de Mozart, com a Orquestra Petrobras Sinfônica. Este ano, além de vários recitais e concertos no Brasil e na Europa, a cantora iniciou a gravação de um CD de canções da compositora italiana Barbara Strozzi.
O repertório – O concerto tem início com a Missa Pro Defunctis em Sol menor, do italiano Domenico Cimarosa. Trata-se de uma música majestosa, porém serena, escrita para ser executada por um conjunto de coro e corda, com destaque para as vozes de soprano, alto, tenor, baixo, além de órgão e duas trompas. Foi composta para o funeral da Duquesa de Serra Capriola e mais tarde foi executada em seu próprio funeral, em 1801. Considerado um dos mais importantes compositores da Ópera Cômica Italiana no último quarto do século XVIII, Cimarosa permaneceu quatro anos na corte de São Petersburgo, a convite da imperatriz da Rússia Catarina II. Quando voltou a Nápoles, participou da revolução contra os Bourbon e chegou a ser preso e condenado à morte, mas foi libertado por pressão diplomática da Rússia.
Outra peça do programa é o Moteto Si Nocte Tenebrosa, do compositor Johann Christian Bach, filho mais jovem de Johann Sebastian Bach. Christian Bach nasceu na Alemanha, mas passou boa parte de sua vida na Inglaterra, o que fez com que sua obra, composta de numerosos trabalhos orquestrais e de câmara, músicas sacras, além de várias óperas, tivesse características diferentes das de seu pai. Conhecido como o “Bach Londrino”, escreveu este moteto quando estava em Londres. A obra, em tom vibrante e melodia atrativa, mostra o seu talento na utilização de contrastes. É possível que ela tenha sido escrita para Anton Raaff, um dos famosos tenores daquele século.
Baldasare Galuppi é outro compositor italiano escolhido para o concerto da Camerata com Marília Vargas, que executa o solo da peça Magnificat. Galuppi escreveu quase 100 óperas, sendo um dos mestres mais admirados da ópera bufa. Escreveu também mais de 20 oratórios, composições religiosas e obras instrumentais. O Magnificat é um exemplo das habilidades de Galuppi para escrever no verdadeiro estilo eclesiático, com boas harmonias, modulações e fugas bem trabalhadas.
Serviço:
Concertos da Camerata Antiqua de Curitiba com o maestro francês Martin Gester e a soprano Marília Vargas
Data: 29 de agosto de 2008 (sexta-feira), às 20h
Local: Paróquia Bom Pastor (R. Victório Viezzer, 810 – Vista Alegre)
Entrada franca
Data: 30 de agosto de 2008 (sábado), às 18h30
Local: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro)
Ingressos: R$ 10 ou R$ 5 (mais um quilo de alimento não perecível)
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