Faz sol, um friozinho besta e tento por no papel um pouco da minha emoção de te ter de volta. Se é que um dia foste.O Brasil continua aquela coisa peguiçosa, com todos os coronéis funcionando regularmente e o povo na vidinha ferrada de sempre. Passou o Carnaval e restou o futebol (neste os coronéis continuam os mesmos de seu tempo por aqui).A boa notícia é que tua obra está recebendo um tratamento digno e está sendo relançada. Alvíssaras, talvez assim das nossas bancas (se que é certo ainda falar assim) saiam bacharéis menos chucros e mais humanos. Sonhei até com umas ruas, um becos, e uma mesas de botequins que frequentei nos meus seis longos meses de Ilhéus. Pude sentir o cheiro do mar, das frituras e do perfume penetrante de certas baianas. Tudo por aqui segue comigo escrevendo os meus textinhos, meio que desembarcado em Curitiba. Não vou escrever muito, deixo para os meus leitores a deliciosa releitura (que irei fazer) de toda a sua obra. De sua biografia devo registrar que " a região cacaueira seria um dos cenários preferidos do autor, atravessando toda sua carreira literária, em livros como Terras do sem-fim, São Jorge dos Ilhéus, Gabriela, cravo e canela e Tocaia Grande, nos quais relata as lutas, a crueldade, a exploração, o heroísmo e o drama associados à cultura do cacau que floresceu na região de Ilhéus nas primeiras décadas do século XX." Pois por lá só mudam o nome das estradas ao gosto dos governos, a vasoura de bruxa acabou com o cacau, e hoje fazenda mesmo é para gringo visitar.Vou ficando por aqui, de quebra mando um muito obrigado para a Cia das Letras.
Eduardo Cruz
paulistano, escritor e jornalista, mas de alma cada vez mais baiana.
Eduardo Cruz
paulistano, escritor e jornalista, mas de alma cada vez mais baiana.
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