O morro, a favela, a criminalidade presente, volta a ser fenômeno pop, acima do caráter de renflexão que possa ter qualquer produtor. Se é assim com Tropa de Elite, assim foi com Rio 40 Graus, e também com Cidade de Deus. Nesta comemoração de dez anos de lançamento do livro, é mais que oportuno ler ou reler esta edição revista e ampliada que a Cia das Letras está lançando.
"Romance de estréia de Paulo Lins, Cidade de Deus foi publicado em 1997. Saudado pela crítica como uma das maiores obras da literatura brasileira contemporânea, o livro acompanha as transformações sociais por que passou o bairro carioca de Cidade de Deus - modelo do que aconteceu em todo o país. Quando, nos anos 90, o tráfico de drogas substitui a pequena criminalidade da década de 60, a violência se impõe e a guerra começa. Para redefinir a situação do lugar onde cresceu, Lins usa o termo "neofavela", em oposição à favela tradicional, aquela das rodas de samba e da malandragem romântica.Cidade de Deus é baseado em fatos reais. Grande parte do material utilizado para escrevê-lo foi coletado durante os oito anos (entre 1986 e 1993) em que o autor trabalhou como assessor de pesquisas antropológicas desenvolvidas para os projetos "Crime e criminalidade no Rio de Janeiro" e "Justiça e classes populares", sob a coordenação de Alba Zaluar. Para comemorar os dez anos de publicação do livro, a Companhia das Letras preparou esta edição com o texto original de Cidade de Deus e incluiu uma fortuna crítica com ensaios de Roberto Schwarz, Vilma Arêas e Eduardo de Assis Duarte.Cidade de Deus teve os direitos de publicação vendidos para quinze países. Em 2002 foi adaptado para o cinema por Fernando Meirelles e imediatamente tornou-se um marco na cinematografia brasileira e internacional (o filme foi incluído na seleção oficial do Festival de Cannes)."
"O interesse explosivo do assunto, o tamanho da empresa, a sua dificuldade, o ponto de vista interno e diferente, tudo contribuiu para a aventura artística fora do comum." - Roberto Schwarz
"Vinte anos de vida numa favela narrados por dentro. Um verdadeiro fenômeno." - El País, Espanha
"Vinte anos de vida numa favela narrados por dentro. Um verdadeiro fenômeno." - El País, Espanha
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