domingo, 21 de outubro de 2007

EM TERRA DE PERERÊ



EM TERRA DE PERERÊ QUALQUER MEDO NOS DIVERTE

Nos parece pouco apropriado ficar falando de crendices, lendas e seres fantásticos neste ano domini de 2007. Mas a verdade é só uma, o medo é uma ótima ferramenta para a industria de entretenimento, principalmente, nestes tempos globalizados quando nos empurram goela abaixo, nos outubros, as festas de “ralouim”. Se ralou pouco se nos dá, mas o fato é que o “Hallowen” veio para ficar chutando para escanteio outras muitas manifestações populares e as criancinhas pouco conhecem da cuca, da moura torta de antanho e se fantasiam de bruxas, jasonzinhos e/ou massacradores da inteligência alheia. Mas essa história do terror que vira cult e acaba sendo “terrir” deixamos para o colega de página. Voltando a essa globalização, muitos acreditam que criando o dia do Saci estaremos resgatando nossos mitos, mais ou menos críveis, mas sabidamente incorporados à cultura popular e folclore. Muitos políticos na cidade de São Paulo, Santana do Parnaíba, outros lugares de Minas Gerais e sabe-se lá por onde deste Brasil afora, já encheram o olho com tal idéia.
Montando nesta mula sem cabeça que solta fogo pelas ventas, vamos fazer uma pequena incursão por este mundo mágico.
E TOME MEDO!
Medo de brasileiro é tanto urbano como rural e muitas vezes se mescla e se adapta. Vamos observar mais detidamente alguns desses mitos. O Saci, por exemplo, muito simpático pela pena de Ziraldo, mas um diabinho dos mais cruéis, segundo Monteiro Lobato e outros tantos que o enfrentaram... Seria ele, o Saci-pererê um negrinho de uma perna só, que fuma cachimbo e cobre a cabeça com uma carapuça vermelha? É inofensivo segundo uns e cruel segundo outros, que afirmam que ele se diverte assustando gado no pasto, dando nó em rabo de cavalo e criando pequenas dificuldades domésticas.

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