segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lançamento - MINHA VOZ É TUDO O QUE EU TENHO de Wivian Weller


MINHA VOZ É TUDO O QUE EU TENHO
de Wivian Weller

254 pag


O livro evidencia o caráter duplo do hip-hop como fenômeno mundial e loca por meio de uma reflexão sobre a juventude contemporânea e suas expressões culturais, valendo-se da análise comparativa de grupos de rap paulistanos e berlinenses.

Minha voz é tudo o que eu tenho funciona como referência para pesquisadores interessados no hip-hop, manifestação cultural que rearticula simbólica e politicamente o Atlântico Negro nas últimas décadas, como uma expressão-síntese da globalização cultural presente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação expressa nos comportamentos e atitudes individuais e sociais que transcende fronteiras.

O livro é resultado de uma pesquisa que mostra que os jovens das cidades pesquisadas têm em comum não somente a paixão pela música e a adesão ao hip-hop, mas também a vivência de situações semelhantes de discriminação e exclusão social.

Os dados coletados na pesquisa foram baseados na experiência e observação de grupos de discussão e entrevistas narrativas realizadas com jovens negros em São Paulo e jovens de origem turca em Berlim. Foram realizados, no período de 1998 a 2000, cerca de 30 grupos de discussão e entrevistas narrativas-biográficas (história de vida), de grupos masculinos e femininos de duas faixas etárias distintas (14-19; 20-26 anos). Os grupos entrevistados estiveram presentes nas análises e exerceram papel fundamental no desenvolvimento do trabalho.

Sobre a autora
Wivian Weller
Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq. Publicou HipHop in Berlin und São Paulo (2003); organizou Qualitative analysis and documentary method in Internacional Educacional Research (2010) e Metodologias da pesquisa qualitativa em educação: teoria prática (2010).


O LIVRO

As mudanças vividas nas últimas décadas exigem uma reflexão sobre o real conteúdo das experiências juvenis, sem violar seu caráter individual ou coletivo, suas especificidades de gênero, de geração, de pertencimento étnico-racial, seus lugares ou não lugares. Este livro analisa as orientações coletivas e as estratégias de enfrentamento das discriminações desenvolvidas por jovens negros e de origem turca pertencentes ao Movimento Hip-Hop. Na transição para a vida adulta, o pertencimento a um grupo musical proporcionou a esses jovens a constituição de novas relações, que passaram a substituir os vínculos perdidos com os deslocamentos de suas famílias e trouxeram algumas perspectivas de superação dos problemas enfrentados por eles.

LANÇAMENTO DA

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