segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lançamento -História e Psicanálise – Entre ciência e ficção


História e Psicanálise – Entre ciência e ficção

de Michel de Certeau
Tradução: Guilherme João de Freitas Teixeira


Título original
Histoire et psychanalyse entre science et fiction
Páginas:
256




Coleções
História e Historiografia


Michel de Certeau (1925-1986) é, com toda a certeza, uma das figuras mais singulares – portanto, mais importantes – da Escola Francesa na área da história. Sem ter esperado o salvo-conduto de quem quer que seja nem ter solicitado a aprovação dos guardiões das diferentes disciplinas, ele atravessou as fronteiras entre os campos do saber ao se alinhar contra o empobrecimento da história por confinamento e ao assegurar sua indispensável abertura a outras áreas do conhecimento – aliás, o que se converteu, atualmente, em prática corrente. Trouxe um olhar incisivo sobre o intercâmbio dos métodos, objetivos e modelos que determinam as maneiras de escrever a história.

Dessa indagação incessantemente retomada, desse vaivém entre passado e presente, os textos reunidos neste volume entrelaçam os fios: tratam de Foucault, Freud e Lacan, mas também da análise do poder, do corpo, da loucura e da ficção na história. Em vez de uma tentativa de misturar – entre história, psicanálise, linguística ou antropologia – os gêneros e os métodos, ou até mesmo de embaralhar as identidades dos saberes, Michel de Certeau empreende o deslocamento necessário de um conhecimento para outro, a fim de acompanhar uma questão que, tendo surgido em determinado domínio, não recebeu tratamento satisfatório. Este livro traz a marca de uma exigência – rara – de pensamento.

Michel de Certeau discute relação entre ciência, história e ficção em livro recém-lançado no Brasil

Filósofo, historiador e teólogo, Michel de Certeau (1925-1986) foi exímio observador dos hábitos, práticas e crenças de diferentes épocas. Em sua dedicação ao fazer histórico, entretanto, sublinhava a distância entre a leitura das fontes e arquivos documentais e qualquer interpretação destes a posteriori – procedimento que, inevitavelmente, as transfere para outro registro de crenças e de usos sociais no qual os enunciados de outrora, até mesmo conservados em sua integralidade, assumem outro sentido. Para ele, a história conta com sua própria historicidade, visto que não pode apreender nem descartar “o ausente da história”, cuja irremediável ausência marca a operação historiográfica e seu resultado, ou seja, a história escrita. Esta relação entre ciência, história e ficção é explorada por De Certeau em História e Psicanálise – Entre a ciência e a ficção, lançamento da Autêntica Editora. Capaz de atravessar as fronteiras entre os campos do saber, De Certeau é uma das figuras mais singulares da Escola Francesa na área de história. O autor acreditava que a contribuição de estudiosos não deveria ser limitada apenas às condições previamente determinadas pelos princípios da disciplina estudada. Nessa obra, traduzida pela primeira vez no Brasil, ele propõe, na primeira parte, uma análise da relação entre a história e a psicanálise, a fim de refletir sobre a maneira como o historiador concebe e pratica seu ofício. A segunda parte do livro traz textos acerca de Michel Foucault e Jaques Lacan, autores admirados pelo historiador. A tradução é de Guilherme João de Freitas Teixeira. A obra, indicada para historiadores, pesquisadores e estudantes, é também referência para uma investigação mais detalhada sobre os limites e as aproximações entre a ficção e ciência, observados pelos olhos rigorosos de De Certeau. O livro faz parte da Coleção História e Historiografia, que já conta com os livros Leitura e seu público no mundo contemporâneo (Autêntica, 2008), de Jean Yves Mollier, Doze Lições Sobre a História (Autêntica, 2009), de Antoine Prost e Lugares para a história (Autêntica, 2011), de Arlette Farge.

UM LANÇAMENTO

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