sábado, 20 de setembro de 2008

Musicando a Semiótica: ensaios - 2a edição




Musicando a Semiótica: ensaios - 2a edição
de Luiz Tatit

163 páginas

O livro - O ingresso dos fatos estéticos no domínio da análise semiótica vem exigindo da teoria uma progressiva revisão conceitual. Neste livro, Luiz Tatit apresenta uma nova proposta de aplicação - já colocada por A. J. Greimas nos seus últimos trabalhos - do modelo semiótico e procura mostrar como esta iniciativa encontra na música um campo especialmente fecundo para reflexão.

O autor - Conheci Tatit nos idos dos 0itenta quando a cena da música popular brasileira era com certeza muito mais rica. E era um dos muitos independentes que surgiam e gravitavam em uma distribuidora na Av Faria Lima e o Teatro Lira Paulistana. Só que Luiz Tatit era diferente, ousado, vinha com o grupo Rumo que lançava dois LPs simultameamente. E ambos ótimos. Como professor e pesquisador também é ousado e este livro é um belo exemplo ( atentem para o capítulo VII). (EC)

Luiz Augusto de Morais Tatit (São Paulo, 23 de outubro de 1951) é músico, lingüista e professor universitário brasileiro. Luiz Tatit é formado como Bacharel em Letras (Lingüística) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), em 1978, e em Música (Composição) pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, em 1979.

Em 1986 defende na FFLCH da USP a tese de doutorado "Elementos semióticos para uma tipologia da canção popular brasileira" . Luiz Tatit é formado como Bacharel em Letras (Lingüística) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), em 1978, e em Música (Composição) pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, em 1979. Em 1986 defende na FFLCH da USP a tese de doutorado "Elementos semióticos para uma tipologia da canção popular brasileira". É professor titular do Departamento de Lingüística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Escreveu ainda os seguintes livros
* "A canção: Eficácia e Encanto." Ed. Atual, 1986.
* "Semiótica da Canção: Melodia e Letra." Ed. Escuta, 1994.
* "O Cancionista: Composição de Canções no Brasil." Edusp, 1996.
* "Análise Semiótica Através das Letras." Ateliê Editorial, 2001.
* "O Século da Canção." Ateliê Editorial, 2004.
* "Três Canções de Tom Jobim." (colaboração com Arthur Nestrovski e Lorenzo Mammì) Cosac e Naify, 2004.

É membro fundador do Grupo Rumo, representante da vanguarda musical paulista da década de 1980. Com o Grupo RUMO, incluindo compactos, Luiz Tatit gravou no total seis discos, relançados em 2004. A partir da década de 1990 segue carreira solo.

Discos com o Grupo Rumo:

* 1981 - "Rumo" - Independente
* 1981 - "Rumo aos antigos" - Independente
* 1983 - "Diletantismo" - Continental
* 1985 - "Caprichoso" - Independente

Discos solo:

* 1997 - "Felicidade" - Dabliú
* 2000 - "O meio" - Dabliú
* 2005 - "Ouvidos Uni-vos" - Dabliú
* 2007 - "Rodopio" - Dabliú (DVD)

Luiz Tatit escreveu a letra da canção Capitu, homenagem ao personagem do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis. Foi gravada por Zélia Duncan e Ná Ozzetti. Sua canção Achou foi vice-campeã de júri e de público no Festival da TV Cultura, defendida por Ceumar. A canção Show, defendida por Ná Ozzetti no "Festival da Música Brasileira", da TV Globo, deu à cantora o prêmio de "Melhor Intérprete", e o direito a gravar um CD pela Som Livre, que recebeu o mesmo título da canção, Show.

Um lançamento da



Cláudio Menandro e seu violão,


Cláudio Menandro e seu violão, terça-feira no Teatro Paiol


Um dos mais conceituados músicos de Curitiba homenageia a bossa-nova com o show “Um cantinho, um violão”, dentro do programa Terça Brasileira no Paiol.



A bossa-nova será homenageada nesta terça-feira (23), às 20h, no Teatro Paiol, por Cláudio Menandro, um dos violonistas mais destacados da cidade. Dentro do programa Terça Brasileira no Paiol, o instrumentista e compositor comanda o espetáculo Um cantinho, um violão para reverenciar o estilo musical que em 2008 comemora 50 anos. Como convidados de Menandro, sobem ao palco o percussionista Iê do Pandeiro e o sax-tenor Rodrigo Capistrano, que também se apresenta como cantor.

O programa abre com Eu sambo mesmo, composição de um dos precursores da bossa-nova, Janet de Almeida, falecido em 1945, aos 26 anos de idade. Essa reverência ao passado cede espaço para composições de Gilberto Gil, Fernando Lobo, Geraldo Pereira, Tom Jobim, Vinícius de Morais, Dorival Caymmi e Chico Buarque, além de Ary Barroso, voltando a mais uma obra de Janet de Almeida, o clássico Pra que discutir com madame?

A homenagem bossa-novista traz embutida no roteiro uma segunda homenagem – menos perceptível –, desta vez para o histórico disco de Stan Gets e João Gilberto, gravado em 1964 com participação de Astrud Gilberto. Explica Cláudio Menandro que esse momento está sinalizado na seqüência das músicas Doralice (Caymmi), Pra machucar meu coração (Ary Barroso), Desafinado e Corcovado, ambas de Tom Jobim.



Cláudio Menandro – Um dos mais atuantes músicos de Curitiba, Cláudio Menandro nasceu em Salvador, na Bahia, e lá começou sua carreira artística como violonista. Estudou música antiga, tocando viola da gamba, e aperfeiçoou-se no Conservatório de Música Antiga de Genebra. Na temporada que passou na Suíça, aproveitou para fazer cursos de extensão na cidade de Basel.

Gravou seu primeiro disco em 1986, com um repertório voltado ao violão clássico. Com o violonista alemão Ahmed-El-Salamouny e o percussionista brasileiro Gilson de Assis lançou três CDs de música brasileira, além de ter realizado apresentações em países europeus e da América Latina.

Em 2005, Menandro participou da programação do Ano do Brasil na França e, com o grupo Três no choro fez cinco shows em Paris. Naquele mesmo ano, a convite do Itamaraty, apresentou-se e ministrou workshop em Gana, na África. Em 2007 realizou turnê pelo Brasil com o clarinetista Paulo Moura, no projeto Circular Brasil, patrocinado pela Petrobras. Também dividiu o palco com artistas de renome como o cravista Edmundo Hora, o pianista João Carlos Assis Brasil, Dominguinhos, Roberto Corrêa, Luiz Otávio Braga, Ceumar, Mônica Salmaso.

Cláudio Menandro tem dois discos gravados com composições de sua autoria – Sombra e água fresca (2002) e Descansado (2006) – com participações dos clarinetistas Proveta e Paulo Sérgio Santos. No momento está concluindo o CD Choro curitibano, dedicado à obra de compositores de choro da cidade. Sua versatilidade instrumental permite que se integre a diferentes formações musicais, tanto na música clássica quanto na popular.


Serviço: Programa Terça Brasileira no Paiol, com Cláudio Menandro no show Um banquinho, um violão Data: 23 de setembro de 2008 (terça-feira), às 20h Local: Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/n – Prado Velho) Ingresso: R$ 10 ou R$ 5 mais um quilo de alimento não perecível


Momento Bossa Nova






Momento Bossa Nova
de José Estevam Gava

212 páginas


Ainda continuando a comemorar os 50 anos da bossa nova.

Foram muitas as tentativas de explicar a mania bossa nova que começava a invadir o país, e também o mundo, no final da década de 1950. Época em que mo Brasil devia aparecer como nação do futuro, prestes a acertar o passo com as economias centrais, a nova onda se encaixou como uma luva. Indicou novos caminhos e externou de modo exemplar o tão acalentado sonho brasileiro de evoluir material e espiritualmente.

Por meio da análise da lendária revista O Cruzeiro, fundada em 1928 e ativa até 1975, fonte de imagens, informação e diversão numa época pré-televisiva, José Estevam Gava conta esta "nova" história da bossa nova, brevíssima época, talvez a única em que decidimos e pudemos ser absolutamente modernos.

Apresentação Emanuel von Lauenstein Massarani




Um lançamento da

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

VACA DE NARIZ SUTIL


VACA DE NARIZ SUTIL
de Campos de Carvalho

Páginas - 112


Vaca de nariz sutil, publicado originalmente em 1961, mantém o nonsense e a anarquia da obra anterior do autor, A lua vem da Ásia, sendo, porém, o texto mais sombrio de Campos de Carvalho. “Escrevi-o aos prantos”, disse numa entrevista. O romance é narrado de forma alucinatória por um ex-combatente de guerra que não diz (ou esqueceu) o seu nome e não vê mais sentido na vida entre os homens. Abrigado numa pensão, passa seus dias a espiar por buracos de fechadura as patéticas existências alheias.
Vaca de nariz sutil – nome tirado de um quadro do pintor francês Jean Dubuffet (“... assim se chamava o quadro, e em vão tenho eu procurado uma vaca assim entre as vacas e sobretudo os homens”) – foi recentemente adaptado para o teatro pelo grupo Parlapatões.

Um lançamento da
José Olympio

O PÚCARO BÚLGARO


O PÚCARO BÚLGARO
de Campos de Carvalho

Páginas - 112

O púcaro búlgaro, último romance de Campos de Carvalho, pode ser tomado como a síntese de sua obra absolutamente original e idiossincrática: no verão de 1958, enquanto visitava tranqüilamente o Museu Histórico e Geográfico de Filadélfia, um cidadão chamado Hilário avistou um púcaro búlgaro. Espantadíssimo, embarcou – ao lado de Pernacchio, Radamés, Expedito e Ivo Que Viu a Uva – numa jornada à Bulgária, a fim de comprovar a (in)existência desse país. “Do que se passou e sobretudo do que não se passou nessa expedição já famosa é o relato que se vai ler em seguida”, explica o narrador, “o mais pormenorizado e o mais honesto possível, embora tenha sido reduzido ao mínimo para que pudesse caber num só volume e mesmo num só século – o que afinal se conseguiu.”
A narrativa é um exercício – e também uma aula – de humor e escrita, com doses de surrealismo e um texto formado por relatos que beiram a esquizofrenia e parecem não levar a lugar nenhum, mas acabam por formar uma obra “fluente em sua descontinuidade”.

Um Lançamento
JOSÉ OLYMPIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

INVENÇÕES DE SI EM HISTÓRIAS DE AMOR


INVENÇÕES DE SI EM HISTÓRIAS DE AMOR
Lota Macedo Soares e Elizabeth Bishop

de NADIA NOGUEIRA

Páginas - 264

"Em seu livro demolidor sobre a cultura histórica do século XIX, mas nem por isso limitado àquele tempo, Nietzsche apresentou três motivações vitais básicas da busca pelo passado: o sentido do monumental, da grandeza dos fundadores; o apelo do antiquário, a sedução das ruínas; e o desejo crítico, a tentação de ser juiz. Destas três atitudes, a crítica é sem dúvida a que mais demarca uma ética profissional para os historiadores da atualidade. Ser historiador, acredita-se, é adotar uma visão crítica sobre o passado, denunciar as mazelas humanas, e neste mesmo passo erguer-se como voz solitária da justiça, num mundo dominado pela sordidez. Acontece que, freqüentemente, o senso crítico é entendido como algo alheio à atividade crítica, reflexiva, e o historiador se torna um porta-voz entristecido do ressentimento, anunciando aos tempos futuros as derrotas desde sempre necessárias, e muito humanas.

Começo esta resenha por este caminho porque o livro de Nadia Nogueira fere a sensibilidade ressentida do historiador profissional, e por isso, dentre outras coisas, merece ser lido com atenção. Trata-se de um trabalho sobre a felicidade, uma história de amor, e uma história de amor entre duas mulheres. Ou seja: a cada passo um desafio, ao mesmo tempo intelectual e afetivo. Encontrar as palavras certas, o modo de falar sobre o encontro entre Elizabeth Bishop e Lota Macedo Soares no Rio de Janeiro nos anos 1950 e 1960, enfrentando (e não evitando) as questões delicadas referentes ao amontoado de clichês que recobrem os “anos dourados”, ao exotismo presente na visão da poeta lírica norte-americana sobre os trópicos, às aproximações entre Lota e figuras de inegável autoritarismo político (o impagável Carlos Lacerda). E, claro, o intrincado problema do dinheiro, de uma felicidade comprada pelo preço de um refúgio, a casa em constante construção enquanto as duas viviam seu breve e intenso momento de alegria.

Depois de ler o livro podemos nos perguntar se dinheiro compra felicidade, esta questão aparentemente tão fútil, porque formulada nos termos de uma lição de moral que nos ensina que, pelo contrário, só há virtude na pobreza. Mas, no que se refere à felicidade, é preciso reconhecer que talvez o dinheiro ajude, principalmente se você precisar de um espaço próprio para viver o seu amor meio clandestino, ou se tiver que temperar a repulsa sentida pela família tradicional com algum tipo de aceitação social. Mas, como falar sobre isso sendo historiador? Como encarar os obstáculos estabelecidos por uma tradição que optou pela idealização da pobreza (em livros e teses, é claro)? É mesmo difícil admitir que, especialmente em casos como o da história de amor entre Elizabeth Bishop e Lota Macedo Soares, a felicidade é um privilégio. O grande interesse do livro de Nadia Nogueira é que nele questões como estas são explicitadas. Sentimos a dificuldade da elaboração da escrita do livro, acompanhando o trabalho de reflexão da autora.

Porém, no caso do livro, de que felicidade se trata? Certamente não a felicidade utilitarista, baseada na busca do conforto, da estabilidade de condomínio fechado, do cálculo amedrontado dos prazeres e das dores. Nadia Nogueira procura, em seu livro, a felicidade daqueles que fazem as coisas por inteiro, que conseguem, mesmo que por ALGUNS momentos, viver na potencialidade criadora do ser. Neste aspecto, o sentido trágico da história fica mesmo por conta de Lota, porque sua opção criadora a levou, inevitavelmente, ao encontro com a megalomania do poder, com o desejo de fazer da cidade um desdobramento de seu idílio pessoal, na mistura de jardim e praça pública que perfaria os seus projetos para o aterro do Flamengo. Projeto que, literalmente, a consumiu, segundo a análise de Nadia Nogueira.

A felicidade, neste sentido de plenitude, só poderia ser mesmo fugaz. Porque o refúgio da privacidade estava próximo demais da reclusão, do aprisionamento. Porque o amor não basta, além dele precisamos dos amigos, da cidade, da república. A ambigüidade do refúgio como prisão é paralela à da aceitação social do amor entre duas mulheres, uma vez que, em se tratando de duas artistas, e uma delas milionária, certas “excentricidades” seriam mais ou menos esperadas. Ambigüidade do Rio de Janeiro como sonho de um Brasil feliz, moderno e tropical, marcado pelo auto-exotismo, pela alegria turística. No sentido pleno do termo, a felicidade compartilhada por Lota e Bishop era utópica. Mas nem por isso inocente.

A leitura do livro de Nadia Nogueira inspira questões como estas. Ele foi elaborado como a história de um encontro, quase aquele “amor à última vista” de que falava Walter Benjamin. A autora nos conduz ao momento em que Bishop e Lota se encontraram, buscando entender por que este encontro foi tão marcante para as duas, tão criativo. O fim da história é melancólico, mas o livro não flerta com a facilidade das lamentações. Além disso, existem as aproximações teóricas, as questões de gênero (mais especificamente, o difícil limite entre o privado, o íntimo e o político), mas tudo tratado com leveza pela autora, uma vez que neste, como em todos os bons livros de história, a teoria está imersa na narrativa. "



Daniel Faria
Prof. Dr. em História na Universidade Federal de Uberlândia.


UM LANÇAMENTO DA



PROGRAMAÇÃO DE CINEMA

De 19 a 25 de setembro de 2008
Domingo, dia 21 de setembro – ingresso a R$1,00

CINE LUZ Rua XV de Novembro nº 822 fone 41 3321-3270 (De segunda a sexta-feira, das 09:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:30) e 3321-3261 (diariamente das 14:30 às 21:00) www.fccdigital.com.br

PERSÉPOLIS (FRA/EUA, 2007). Duração 95’. Direção de Vicent Paronnaud e Marjane Satrapi. Elenco de vozes com: Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve, Danielle Darrieux. Animação. Marjane é uma jovem iraniana de oito anos, que sonha em ser uma profetisa do futuro, para assim salvar o mundo. Querida pelos pais cultos e modernos e adorada pela avó, ela acompanha avidamente os acontecimentos que conduzem à queda do xá e de seu regime brutal. A entrada da nova República Islâmica inaugura a era dos "Guardiões da Revolução", que controlam como as pessoas devem agir e se vestir. Marjane, que agora deve usar véu, deseja se transformar numa revolucionária. Mas, para tentar protegê-la, seus pais a enviam para a Áustria. Classificação 12 anos
Dias 19 e 20, sessão às 15h30
Dia 21 – domingo, sessão às 17h30
De 22 a 25, sessão às 15h


DEVOÇÃO (BR/2008) Duração: 85’. Direção de Sergio Sanz. Documentário. O filme questiona o mito do sincretismo religioso no Brasil. Relativiza esse conceito polêmico e enfatiza a fé, manifestada em um ou em outro sistema de crença, com freqüência em ambos. O documentário traz depoimentos de pesquisadores, autoridades do candomblé, freis e devotos do catolicismo, que apresentam um painel dos pontos principais de cada uma das religiões apresentadas. Classificação livre
Dias 19 e 20, sessões às 17h30 e 20h
Dia 21 – domingo, sessão às 20h
De 22 a 25, sessão às 17h



PEQUENAS HISTÓRIAS (Br/2008). Duração 83’. Direção de Helvécio Ratton. Com Paulo José, Patrícia Pilar, Marieta Severo, Gero Camilo. Na varanda de uma fazenda, uma senhora conta histórias ao mesmo tempo em que corta e costura retalhos de pano, criando imagens ilustrativas dos contos. São quatro histórias com personagens e lendas do imaginário brasileiro, especialmente de Minas Gerais, que têm como elementos centrais o humor e a magia. Classificação livre
Dia 21 – domingo, sessões às 10h30 e 15h30


XIV SEMANA DE HISTÓRIA
Cinemateca

24/09 Quarta-feira

16h abertura

16h15 Rocha Pombo para a História ou no calor da Revolução
Carlos Roberto Antunes dos Santos (UFPR e APL)

17h00 Comparação das historiografias paranaense e gaúcha
sobre a Revolução Federalista
Rafael A. Sêga (UFTPR).

25/09 Quinta-feira

16h00 A inserção Paranaense no contexto político da Revolução Federalista
Luiz César Kreps da Silva (Faculdade Bagozzi)

17h00 Maragatos: A Revolução Federalista no Paraná e o General
Gumercindo Saraiva
Valério Hoerner Júnior (PUCPR e APL).


26/09 Sexta-feira

16h00 Apresentação do filme “O Preço da Paz”
Mauricio Appel (Produtor).

16h15 Projeção do Filme “O Preço da Paz”
(Filme vencedor do Troféu Barroco de Melhor Longa-Metragem do Festival de Gramado).



Diálogos Abertos: A Umbanda no Cinema

Mostra Comemorativa dos Cem Anos da Umbanda mo Brasil

De 22 a 26 de Outubro de 2008

No Cine Luz - às 19h – Entrada Franca

Promoção
Federação Paranaense de Umbanda e Cultos-Afro-Religiosos
Conselho Mediúnico e dos Cultos Afro-Brasileiros/CEBRAS
Instituto Afro-Brasileiro de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão/IABPGEX

Apoio
Cinemateca de Curitiba

Organizada como parte das iniciativas culturais com vistas à comemoração do centenário da Umbanda no Brasil, a Mostra, composta de cinco filmes, assinados por nomes importantes do cinema nacional, propõe discutir a imagem da Umbanda na sociedade brasileira, segundo o olhar do cinema, possibilitar maior visibilidade aos cultos afro-religiosos, como também alertar sobre a intolerância religiosa. A Umbanda foi criada em 15 de novembro de 1908, pelo médium Zélio de Moraes, em Niterói no Rio de Janeiro. A mostra tem a promoção da Federação Paranaense de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros, do Conselho Mediúnico dos Cultos Afro-Brasileiros/CEBRAS, e do Instituto Afro-Brasileiro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão/IABPGEX, com o apoio da Cinemateca de Curitiba. As sessões são sempre às 19h no Cine Luz, com entrada franca.


Dia 22, segunda – às 19h:
CAFUNDÓ (BR/2006). Duração 101’. Direção de Clóvis Bueno e Paulo Betti. Com Lázaro Ramos, Leona Cavalli, Leandro Firmino da Hora. - Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se misturam a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo. Classificação 14 anos


Dia 23, terça – às 19h:
FIO DA MEMÓRIA(BR/1991). Duração 71’. Direção de Eduardo Coutinho. Documentário. - O fio da memória fala sobre o negro na História Brasileira, tendo como personagem central o artista Gabriel Joaquim dos Santos. Realizado de 1988 a 1991, no Estado do Rio, o filme procura condensar, em personagens e situações do presente, a experiência negra no Brasil, a partir de dois eixos. De um lado, as criações do imaginário, sobretudo na religião e na música, e, do outro, a realidade do racismo, responsável pela perda de identidade étnica e marginalização de boa parte dos cerca de 60 milhões de brasileiros de origem africana. O fio condutor do filme é o trabalhador de salina e artista semi-analfabeto, Gabriel Joaquim do Santos, que construiu a Casa da Flor, feita de restos de obras e fragmentos retirados do lixo, em São Pedro da Aldeia, no interior fluminense. Ligando temas e personagens, a vida de Gabriel, contada por ele mesmo, revela o esforço obsessivo de um homem para deixar marcas de sua existência no mundo. A música é de Tim Rescala. Classificação livre


Dia 24, quarta, às 19h:
ORI (BR/1989). Duração 100’. Direção de Raquel Gerber. Documentário. - "Orí" significa "Cabeça" - consciência negra na sua relação com o tempo, a história e a memória - um termo de origem Yorubá, povo da África Ocidental. "Orí" conta a história de uma mulher, Beatriz Nascimento, historiadora e militante, que busca sua identidade através da pesquisa da história dos "Quilombos" como estabelecimentos guerreiros e de resistência cultural, da África do Século XV e do Brasil do Século XX. Documenta a existência das culturas negras transmigradas da África para América, na busca dos nexos históricos fundamentais de comunidades negras do Sul do Brasil. Classificação 12 anos


Dia 25, quinta, às 19h:
SANTO FORTE(BR/1999). Duração 80’. Direção de Eduardo Coutinho. Documentário. - Traz ao público um documentário sobre a religiosidade de moradores simples de uma favela situada na zona sul do Rio de Janeiro.Uma das preocupações de Santo Forte foi a de abordar pontos comuns entre os personagens, embora o filme retrate católicos, umbandistas, evangélicos, entre outros. É a partir do depoimento dos moradores de Vila Parque que Eduardo documenta os diversos costumes e crenças. Além dos personagens reais que falam sobre experiências e vivências, o filme utiliza imagens atuais e de arquivo que, segundo o diretor, servem como alívio visual, provando a veracidade do que foi dito. Santo Forte ilustra a religiosidade apenas por depoimentos. Não há registro de rituais, cultos e outros eventos. Cabe ao público buscar no imaginário todas estas representações, apresentadas e difundidas apenas pela crença dos próprios moradores. Classificação 12 anos


Dia 26, sexta – às 19h:
DEVOÇÃO (BR/2008) Duração: 85’. Direção de Sergio Sanz. Documentário. O filme questiona o mito do sincretismo religioso no Brasil. Relativiza esse conceito polêmico e enfatiza a fé, manifestada em um ou em outro sistema de crença, com freqüência em ambos. O documentário traz depoimentos de pesquisadores, autoridades do candomblé, freis e devotos do catolicismo, que apresentam um painel dos pontos principais de cada uma das religiões apresentadas. Classificação livre

Solar do Barão abriga sete novas exposições


Solar do Barão abriga sete novas exposições


Trabalhos de importantes artistas nacionais tomam contam das salas dos museus da Gravura e da Fotografia, a partir das 19h desta quarta-feira (17).

Nesta quarta-feira (17), às 19h, inauguram no Centro Cultural Solar do Barão sete exposições de importantes artistas nacionais que expressam talento e criatividade em linguagens como gravura, desenho, instalação e fotografia. As salas do Museu da Gravura Cidade de Curitiba recebem Meus Olhos, de Carlito Carvalhosa; Escarlate e Negro, de Larissa Franco, Trajestórias, de Márcia Széliga; Sobre, de André Rigatti; Três, de Carla Vendrami; e Gravura Contemporânea – Diálogos, com obras do acervo municipal. No Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, os trabalhos da fotógrafa Juliana Stein estão reunidos sob o título Caverna. As mostras podem ser apreciadas até o dia 23 de novembro, com entrada franca.

Nos Espaços 4 e 5 do Museu da Gravura Cidade de Curitiba, o artista paulista Carlito Carvalhosa mostra a instalação Meus Olhos, um projeto desenvolvido especificamente para esse local. O artista movimenta o espaço expositivo e estabelece um convívio quase insustentável entre o espaço e a obra exposta. Carlito Carvalhosa é um destacado integrante do cenário das artes brasileiras, tendo tomado parte da chamada Geração 80, marcada não apenas pela súbita explosão de jovens artistas, mas, fundamentalmente, pela significativa contribuição ao processo de amadurecimento do ambiente artístico.

Em 1982, Carvalhosa fundou o atelier Casa 7 e, desde então tem participado de importantes mostras de arte, individuais e coletivas, somando no extenso currículo um grande número de trabalhos que discutem a própria condição de obra na contemporaneidade e suas relações com a arquitetura e o espaço público.

Outras exposições – Gravuras e desenhos inéditos de Larrisa Franco tomam conta dos Espaços 1, 2 e 3 do Museu da Gravura, na mostra Escarlate e Negro. Formada em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, onde também realizou pós-graduação em História da Arte, a artista já participou de exposições em vários estados brasileiros, além de países como Estados Unidos e México. Com estágio em Paris (França), no Instituto do Mundo Árabe, Larissa dedica-se há 11 anos a pesquisas sobre a cultura árabe, que levaram ao desenvolvimento de temas em torno dos arabescos e da literatura, presentes nessa exposição.

A síntese de várias direções do trabalho de Carla Vendrami pode ser vista na exposição Três, que ocupa o Espaço 13. Obras formadas a partir da sobreposição de lâminas de acrílico que exploram a matriz serigráfica em discursos cromáticos diferenciados tratam da integração com o espaço do espectador. Mestre em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná, Carla morou em Milão (Itália), de 1985 a 1998, realizando exposições e projetos coletivos que se caracterizaram pelo questionamento do espaço urbano e envolvimento com realidades sociais particulares.

Em Trajestórias, exposição de Márcia Széliga instalada nos Espaços 6, 7 e 8, está um recorte da excepcional produção de ilustrações da artista paranaense, elaboradas para livros infantis. As obras revelam um relato plástico/poético que ultrapassa o visual, constituindo-se em registro existencial, no qual a memória, a reflexão, a celebração da morte, da vida e do amor são reinventadas por meio da arte. A abertura da mostra conta com apresentação do Círculo de Violões de Curitiba, formado pelos músicos Mauro Giller, Angelo Esmanhoto, Vinícius Moura e Jorge Pereira.

As delicadas tramas e as cores originais de linho puro e algodão, montadas sobre tela, são o suporte para as serigrafias que André Rigatti expõe no Espaço 12. A mostra Sobre reúne treze trabalhos que despertam reflexões sobre ocupação, espaço real, espaço vazio, sobra, conforto, natureza. Segundo o artista, “o movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, ditando contornos, formas e o sentido da construção, articulando o interno e o externo, a função e a forma, a utilidade e o ornamento. Nesse sentido, sugere-se a renovação do contato com a natureza, ampliando possibilidades livres de utilização do espaço.”

Acervo em exposição – As Salas do Acervo do Museu da Gravura Cidade de Curitiba abrigam a exposição Gravura Contemporânea – Diálogos, que apresenta cerca de meia centena de obras, com a curadoria de Nilza Knechtel Procopiak. Na mostra estão obras de destacados artistas paranaenses ou aqui radicados, como Fernando Calderari, Elvo Benito Damo, Juliane Fuganti, Dulce Osinski, Ana Gonzalez, Gilda Belczak e Larissa Franco.

Segundo a curadora, os fundamentos para a seleção dos artistas participantes foram baseados essencialmente na própria gravura: como ela se destaca e como se constitui em trabalho dentro da linguagem artística do autor. Outro critério para a escolha foi o grau de contemporaneidade que cada obra possui, porque se pode afirmar que na arte contemporânea é plenamente discernível a questão gradativa.

Gravadores de outros estados brasileiros também participam: Maria Bonomi, Luiz Cláudio Mubarac, Laerte Ramos, Alex Cerveny, Arnaldo Batalhini, Rubens Gerchman, Farnese de Andrade, Amilcar de Castro, Anna Bella Geiger, Carlos Vergara, Leonilson, Alex Gama, André Marcus, Feres Khoury, Iberê Camargo, Sandra Kafka, Regina Silveira, Renata Basile, Mira Shendel – nascida em Zurique, na Suíça, ela viveu e trabalhou em São Paulo. Ainda estão presentes trabalhos de artistas estrangeiros, comoAndy Warhol, Karin Luner, Louise Bourgeois, Joel Shapiro, Martha Guerra-Alem, Leon Ferrari, Paul Zelevansky, Roberto Obregon e Takashi Iwamoto.

Imagens com passado – Nas salas do Museu da Fotografia Cidade de Curitiba encontra-se a mostra Caverna, da fotógrafa Juliana Stein, formada por 30 imagens com dimensões variadas, que propõem explorar experimentalmente as relações com nossos semelhantes. A artista sugere um jogo de aproximação e afastamento com questões como o desejo.

“As fotografias de Juliana Stein sempre me deram impressão de fixarem um tempo prolongado. Cada imagem não contém apenas um instante, condensa-se nela uma duração. Há um aspecto plástico e outro temático a construir a sensação de que as pessoas e as coisas

de suas fotografias têm um passado que parece se compactar em cada imagem”, destaca a curadora Daniela Vicentini, na apresentação da exposição.

Serviço:

Exposições nas salas do Museu da Gravura Cidade de Curitiba e Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, instaladas no Centro Cultural Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533)

Data: abertura às 19h do dia 17 de setembro de 2008 (quarta-feira). As exposições permanecem abertas ao público até o dia 23 de novembro de 2008.

Horário de visitas: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h

Entrada franca

Informações: (41) 3321-3269

Agendamento para visitas monitoradas: (41) 3321-3275


terça-feira, 16 de setembro de 2008

FOBÓPOLE



FOBÓPOLE (O MEDO GENERALIZADO E A MILITARIZAÇÃO DA QUESTÃO URBANA)
de Marcelo Lopes de Souza

Páginas - 288

O medo de sofrer uma agressão física, de ser vítima de um crime violento não constitui nada de novo; ele se fez presente desde sempre e se faz presente, hoje, em qualquer cidade. Porém, em algumas bem mais que em outras, e em algumas muito, muitíssimo mais que em outras. Uma fobópole é, dito toscamente, uma cidade dominada pelo medo da criminalidade violenta. Mais e mais cidades estão, na atual quadra da história, assumindo essa característica. Em Fobópole: O medo generalizado e a militarização da questão urbana, Marcelo Lopes de Souza, Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vencedor do Prêmio Jabuti, analisa a forma pela qual a problemática da (in)segurança pública, tendo por pano de fundo o medo generalizado, vai se convertendo em um formidável fator de (re)estruturação do espaço e da vida urbanos.

UM LANÇAMENTO

Autores da Companhia das Letras ganham traduções estrangeiras

O imperialismo sedutor, de Antonio Pedro Tota, será publicado nos Estados Unidos pela University of Texas Press.

Chico Buarque terá seu último romance, Budapeste, publicado na Coréia pela editora Prunsoop.

Bernardo Carvalho terá Aberração publicado na Espanha pela 451 Editores e Teatro na Argentina pela Corregidor.

A editora portuguesa Oficina do Livro publicará O médico doente, de Drauzio Varella. Também ganha edição portuguesa a novela Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Melhores Contos Aluísio Azevedo




Seleção de Ubiratan Machado
de Aluísio de Azevedo




Edição: 1ª

Nº de Páginas: 200

Considerado a figura máxima do romance naturalista, no Brasil, Aluísio Azevedo deixou também uma série de contos, de excelente qualidade literária, envolventes e fortes, que transmitem ao leitor a mesma sensação de vida que palpita em seus romances.

Sem a estrita preocupação de fidelidade ao cânon naturalista, que caracterizava o romancista, as histórias curtas de Aluisio revelam um escritor de humor irreverente, por vezes lírico, com uma vaga nostalgia da juventude, preocupado com a passagem do tempo e a fugacidade da vida, menos pessimista do que em seus romances, mas sem se afastar da atitude crítica e de combate que sempre manteve em relação à sua terra, em particular, e à sociedade, em geral.
Crítico e combativo, duro e cruel algumas vezes, outras prestes a se comover, sentimento logo afastado com um piparote ou uma ironia, nunca ingênuo, o contista aborda temas e motivos variados: vai do fantástico a situações típicas do naturalismo, incluindo páginas de reminiscências em forma de ficção.

Os críticos se dividem na escolha do melhor trabalho: O madeireiro, em que o autor se delicia com as manhas e astúcias femininas; o contundente Heranças, retrato de um conflito de gerações; o angustiante A Serpente; a avassaladora paixão pelo jogo abordada em Último lance; Fora de horas, uma reivindicação ao simples e humano direito de amar, e quinze outros trabalhos, nos quais se resumiu a obra de contista de Aluísio.

Todos esses vinte contos, reunidos em dois volumes, intitulados Demônios e Pégadas, foram incluídos em Os Melhores Contos, que, dessa forma, não apresenta apenas os trabalhos mais expressivos do escritor, mas a sua obra completa no gênero.

UM LANÇAMENTO DA

Amigos da Filosofia

Amigos da Filosofia do Ceará e região,
dias 19 e 20/09 participem do
Seminário Regional Educação para o Pensar
(clique na imagem abaixo para o folder)























Amigos da Filosofia de São Paulo e região,
neste dia 27/09 participem do
Seminário Regional Educação para o Pensar
(clique na imagem abaixo para o folder)