terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Lançamento do livro Jim Morrison: o poeta xamã, de Marcel de Lima Santos


A Editora UFMG promove na próxima quinta-feira, 05 de dezembro, o lançamento do livro Jim Morrison: o poeta xamã, de Marcel de Lima Santos. O evento acontece na Livraria Mineiriana em Belo Horizonte, das 19 às 22 horas.



Lançamento: Jim Morrison, o Poeta-xamã

05 de dezembro de 2013

Quinta-feira | das 19 às 22 horas

Rua Paraíba, 1419, Savassi – Belo Horizonte – MG

Informações: 31-3223-8092


Jim Morrison O poeta-xamã de Marcel de Lima Santos

Jim Morrison


O poeta-xamã


de Marcel de Lima Santos


Área: Crítica e interpretação

Coleção: Origem

2013. 180 p.
Dimensões: 20,0 x 14,0 x 1,0

Peso: 220 gramas


Entre todas as perspectivas geradas pelo fenômeno Jim Morrison – que era conhecido como o Rei Lagarto, o Príncipe das Trevas, o Dionísio Vivo etc. –, há duas que constituem a base deste livro. A primeira liga-se ao poeta, pertencente à tradição de bardos visionários possuídos pelo que Platão denominara furor poeticus, tal como ocorre na teoria expressiva romântica de Wordsworth, como se evidencia tanto na qualidade poética de suas letras de música quanto em sua poesia póstuma, encontrada nos livros Wilderness (1989) e The American Night (1990). A segunda diz respeito à relação de Morrison com o xamanismo, fenômeno das técnicas e condições arcaicas de êxtase, na qual ele é apresentado como uma figura xamânica do século XX.


O autor:


Marcel de Lima Santos é professor de literaturas de língua inglesa da Faculdade de Letras da UFMG. Autor dos livros: The Book of Nurizen (2005), Trinsparição é conseguimento (2005), Xamanismo: a palavra que cura (2007). Tem realizado pesquisa na área de Estudos Culturais, particularmente em literatura e religião e em etnopoética.


 



O CONTEÚDO



PREFÁCIO
André Midani
09
Introdução
UMA REARTICULAÇÃO DE JAMES DOUGLAS MORRISON
Um prospecto teórico do poeta e a representação do xamanismo
11
Capítulo 1
JIM MORRISON E O CONCEITO DE XAMANISMO
15
Capítulo 2
A TRADIÇÃO POÉTICA E MORRISON
57
Capítulo 3
A PALAVRA QUE CURA
123
Conclusão
POESIA VISIONÁRIA E XAMANISMO EXTÁTICO
Portas para a estrada aberta do conhecimento
155
POSFÁCIO
José Sntônio Orlando
161
NOTAS
163
BIBLIOGRAFIA
179

THE DOORS IN HD - JIM MORRISON - THE END - LIVE IN CONCERT

 


THE DOORS - THE END - JIM MORRISON - LYRICS

This is The end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes...again
Can you picture what will be
So limitless and free
Desperately in need...of some...stranger's hand
In a...desperate land

Lost in a Roman...wilderness of pain
And all the children are insane
All the children are insane
Waiting for the summer rain, yeah

There's danger on the edge of town
Ride the King's highway, baby
Weird scenes inside the gold mine
Ride the highway west, baby

Ride the snake, ride the snake
To the lake, the ancient lake, baby
The snake is long, seven miles
Ride the snake...he's old, and his skin is cold

The west is the best
The west is the best
Get here, and we'll do the rest

The blue bus is callin' us
The blue bus is callin' us
Driver, where you taken' us

The killer awoke before dawn, he put his boots on
He took a face from the ancient gallery
And he walked on down the hall
He went into the room where his sister lived, and...then he
Paid a visit to his brother, and then he
He walked on down the hall, and
And he came to a door...and he looked inside
Father, yes son, I want to kill you
Mother...I want to...

C'mon baby, take a chance with us
C'mon baby, take a chance with us
C'mon baby, take a chance with us
And meet me at the back of the blue bus
Doin' a blue rock
On a blue bus
Doin' a blue rock
C'mon, yeah

Kill, kill, kill, kill, kill, kill

This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end

It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die

This is the end


LANÇAMENTO DA

JAMES TERÁ DECORAÇÃO DE DANIEL MARQUES DURANTE ANIVERSÁRIO



Um dos grandes destaques deste aniversário de 15 anos do James será a exclusiva decoração da casa durante toda a semana. A estrutura receberá um “tratamento especial” de Daniel Marques, renomado cenógrafo que, entre seus consagrados trabalhos, realizou o Natal Encantado de Curitiba em 2012.

Sem revelar muito, já que será uma surpresa para os clientes, a sócio-proprietária do James, Ana Raduy, adianta um pouco de como será o visual para esta semana especial. “O interior todo terá uma decoração com muitas luzes e muito brilho, inclusive nas paredes. A entrada do James terá também algo especial para recepcionar todo mundo com grande impacto”, adianta.

Além da decoração, em todas as noites, os 200 primeiros clientes ganham a edição limitada da cerveja James e todo mundo ainda tem chance de  levar pra casa Kits James, com chaveiro, abridor, espelho, bolachas para copo e uma versão especial de nosso cartaz da festa de 15 anos. Os fotógrafos e as hostess de cada noite se revezam para receber e animar o público, com cobertura especial do coletivo I Hate Flash, que vem da capital paulista só para registrar todas nossas baladas comemorativas.

Nas festas, o público poderá encontrar também a parede de giz para deixar seu recado, gelatinas atômicas na Quarta Rock, máscaras temáticas na James All-Stars, pulseiras brilhantes da POPLine, entre outras atrações de aniversário. Na noite da Alta Fidelidade com In New Music We Trust, na sexta-feira (06.12), o destaque fica por conta do printgr.am: o público poderá tirar fotos e, ao usar a hashtag (#) da festa no Instagram, será comunicado onde retirar a foto que fez na hora, impressa com a identidade visual de nossa festa de 15 anos.

JAMES NA VICENTINA DA VICENTE MACHADO

E, durante as celebrações de 15 anos, o James apoia mais uma vez o evento Vicentina, que reúne arte, moda, música, estilo e design numa programação de dois dias para celebrar a economia criativa de Curitiba. O evento acontece neste sábado (07.12), das 10h às 21h, e no domingo (08.12), das 14h às 21h, na Arad Tailored Jeans (Vicente Machado, 664), com entrada franca.

Entre os expositores desta edição estão Arad Tailored Jeans, Aram, Ateliê de Encadernação, Canecaria, Hi Stuff, Holaria Design, Huana Correa, JPL Burgers, Lamain, Obladi Oblada e Tutu Sapatilhas.

No sábado, as atividades começam com a Campanha de Adoção de Cães, das 10h às 15h, e depois acontecem as apresentações musicais de Yamba Daher Canfield, às 16h e Thee Undead Big Blues Shit, às 18h. No domingo, Nanam faz show às 16h e Leo Fressato às 18h.

* Todas as infos e releases sobre nossa programação estão disponíveis em nosso site www.barjames.com.br.
*PROGRAMAÇÃO SUJEITA A ALTERAÇÃO SEM AVISO PRÉVIO.
Av. Vicente Machado, 894. Curitiba/PR. (41) 3222-1426. Formas de pagamento: Todos os cartões de débito e crédito Amex, Diners, Master, Visa e Visa Vale-Refeição.

JAMES ALL-STARS REÚNE “BALADAS DE QUINTA” NO ANIVERSÁRIO DA CASA



As quintas-feiras são dias especiais para o James. São datas destinadas a festas mais despretensiosas e até mesmo experimentais, noites de propostas diferentes das baladas já existentes. E, neste aniversário de 15 anos, a casa resolveu juntá-las numa noite só, com os DJs de cada uma delas, na James All-Stars, nesta quinta (05.12), a partir das 22h.

Antes de mais nada, um breve resumo de cada uma: a Tied to the 90s é a noite dedicada aos melhores momentos sonoros dos anos 90, com ênfase no circuito alternativo da época; a Cambalacho busca a fusão do hip hop com outras experiências musicais; a Avalanche Tropical debocha da mesmice com uma mistura de ritmos tropicais; a La Phonic brinca com diversos estilos que normalmente não combinariam numa noite e a Discothèque une a disco music dos anos 70 com a nu-disco dos anos 2000.

Os DJs de cada noite se revezarão no palco no estilo Batalha de iPod, com apresentação do jornalista Guga Azevedo e da radialista Sandra Carraro, que costumam anunciar as “lutas” da Batalha de iPod. E tudo isso terá a produção de Andy Andrade, da James Sessions, que recebe bandas às quintas no James.

A James All-Stars também vai distribuir máscaras durante a festa, esta é uma característica da La Phonic, que costuma fazer isso para que o público possa “torcer” para seus DJs favoritos. Lembrando também que, em toda esta semana de aniversário, os 200 primeiros clientes ganham a edição limitada da cerveja James e todo mundo ainda pode ganhar Kits James, com chaveiro, abridor, espelho, bolachas para copo e uma versão especial de nosso cartaz da festa de 15 anos. Isso tudo e ainda mais surpresas ao longo da noite...

JAMES ALL-STARS - DJs residentes da festas Tied to the 90s (Sol Lingnau e Marcell Boareto), Cambalacho (Anaum), Avalanche Tropical (Alemão UC), La Phonic (Luciano Costa e Will França) e Discothèque (Luciano Frankson), com produção de Andy Andrade, da James Sessions. Apresentação de Guga Azevedo e Sandra Carraro, da Batalha de iPod. A partir das 22h, no dia 05.12. Entradas a R$ 15.

* Todas as infos e releases sobre nossa programação estão disponíveis em nosso site www.barjames.com.br.
Av. Vicente Machado, 894. Curitiba/PR. (41) 3222-1426. Formas de pagamento: Todos os cartões de débito e crédito Amex, Diners, Master, Visa e Visa Vale-Refeição.

Nota de esclarecimento - Quadra Cultural.

Nota de esclarecimento

Com relação ao post intitulado “A Quadra Cultural está cancelada. O privado falou mais alto que o público, de novo?”, veiculado pelo jornalista Cristiano Castilho no blog Pista1, no site do jornal Gazeta do Povo, a Fundação Cultural de Curitiba esclarece:

A Fundação Cultural de Curitiba reconhece a Quadra Cultural como importante evento para a cidade e lamenta a notícia do seu cancelamento. Lembra que a edição 2013 do evento, realizado no dia 16 de fevereiro deste ano, só aconteceu graças à atuação da FCC que intermediou a liberação de alvarás com os órgãos competentes e, principalmente, negociou com a vizinhança e comerciantes da região.

É dever da FCC defender o direito da realização do evento e garantir a segurança e conforto dos participantes, bem como defender o direito à privacidade dos moradores.

É importante ressaltar ainda que a decisão de cancelar a Quadra Cultural partiu exclusivamente do organizador do evento, sem qualquer comunicação à FCC. Durante o ano, o órgão recebeu por diversas vezes o seu promotor, com o objetivo de viabilizar a edição 2014. Para isso, ofereceu a montagem de toda a estrutura de palco e som, banheiros químicos e liberações de alvarás. Proposta não descartada caso o evento venha a ser realizado.

Por fim, não é verdadeira a afirmação atribuída ao presidente da FCC, Marcos Cordiolli, de que não aceitaria “verba” do Deputado Rubens Bueno (PPS) porque este seria “de oposição”. Nem só o PPS faz parte da base do governo municipal, mas também Emenda Parlamentar do mesmo Deputado está contribuindo para que a FCC realize o evento Mia Cara Curitiba em 2014. Esclarecemos que a Emenda citada no post ainda será discutida e tramitará em 2014 e, caso aprovada, será executada apenas em 2015.

O presidente Marcos Cordiolli repudia colocar a política acima dos interesses da cultura da cidade e sempre recebeu artistas, políticos, produtores e a comunidade em geral independente de opções políticas ou partidárias.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Lost Boys de Lilian Carmine

Lost Boys

de Lilian Carmine

Páginas: 464

O LIVRO
Joey Gray acaba de se mudar para uma pequena e estranha cidade, e está se sentindo um pouco perdida. Até que ela encontra um garoto misterioso e encantador bem próximo de sua casa. Mas Joey mal suspeita que Tristan Halloway tenha um bom motivo para estar sempre vagando pelo cemitério da cidade... Perfeito para fãs de Stephenie Meyer e Lauren Kate, Lost Boys é uma história romântica e mágica entre uma garota e um fantasma. O destino os aproximou. Mas poderá também separara-los?

A AUTORA
Lilian Carmine
vive em São Paulo, é escritora e artista freelance. Atualmente trabalha com ilustração de livros infantis, animação, quadrinhos, design e criação de personagens, e pintura digital – além de escrever o próximo livro da série Lost Boys. 








LANÇAMENTO DA










Pensamento Vivo - Origem e atualidade da filosofia italiana de Roberto Esposito

Editora UFMG lança Pensamento Vivo - Origem e atualidade da filosofia italiana de Roberto Esposito

 

Conheça a obra do autor


Um pensamento vivo. Entrevista com Roberto Esposito

A relação conflitiva com o poder é o traço característico da filosofia italiana, melhor representada por algumas figuras intelectuais e pelo feminismo. De retorno dos Estados Unidos onde manteve uma série de conferências em Nova York, Chicago e Los Angeles e onde participou da convenção à qual nos referimos aqui ao lado, Roberto Espósito torna a refletir sobre o êxito crescente que a filosofia italiana está registrando fora das próprias fronteiras.

A reportagem é de Roberto Ciccarelli, publicada no jornal Il Manifesto, 14-10-2010. A tradução é de Benno Dischinger.

"Desde seu nascimento a filosofia italiana é estranha às categorias usadas pela filosofia européia – afirma o autor de Pensamento vivo. Origem e atualidade da filosofia italiana [Pensiero vivente. Origine e attualità della filosofia italiana] (Einaudi, 265 pp. 20 euros). – Ela não tem uma natureza lógica como a anglo-saxônica, nem metafísica como a alemã, mas é plenamente mundana. Usa linguagens como a política com Maquiavel, a história com Cuoco, a literatura com Leopardi. Nos EUA, o interesse por esta filosofia, como pelo obreirismo e o feminismo, é devido a três razões: sua indiferença às instituições como o Estado-Nação ou a Igreja, sua vocação para o conflito e a construção de uma alternativa com respeito aos blocos constituídos do poder, bem como seu interesse por um pensamento afirmativo da vida e da historia".

Eis a entrevista.

Os italianos voltaram a emigrar para fazer filosofia. Quem nasceu dos anos setenta em diante o faz porque o Estado não tem nenhum interesse em financiar a pesquisa. Qual é a responsabilidade da universidade neste êxodo?

Eu tive uma vida cômoda. Sempre trabalhei em Nápoles, faço parte do sistema acadêmico, mas já não posso agora negar a situação. A universidade italiana está correndo o risco de tornar-se uma instituição estéril que hospeda alguns estudiosos de valor. Mario Tronti, no entanto, se aposentou sem se ter tornado professor ordinário. Giorgio Agamben deixou-a há pouco. A mesma dificuldade passaram-na Derrida, Foucault ou Balibar na França. O saber acadêmico é sempre normalizante e normativo. As tentativas de inovação ou desconstrução tendem a ser expulsas ou marginalizadas em seu interior. Na Itália os caracteres conservadores desta instituição são muito fortes. Croce recusou-se a ensinar por este motivo. A situação tem piorado nos últimos anos e não só por responsabilidade do governo atual. O precedente ministro de esquerda não produziu resultados melhores. O que hoje emerge é a desvalorização do trabalho intelectual em todas as suas formas. É necessário encontrar os instrumentos para opor-se a esta tendência, e não se resignar a apoiá-la ou aceitá-la.

Quanto influiu sobre a gênese da filosofia italiana sua relação antagonística com o poder?

Este é um problema originário que a levou a maturar uma vocação para o conflito. Ainda hoje a distância dos poderes constituídos é a força do pensamento conflitivo. Sua debilidade é não ter construído uma identidade a partir de um território homogêneo, com uma capital e uma soberania única. Numa época de globalização este elemento é julgado mais como um recurso, do que como uma falta. Nos últimos anos eu me dei conta que esta transformação de sentido mudou o modo de escrever a história do nosso pensamento. Por isso, propus no meu livro um "anticânone", oposto ao usado pela historiografia idealista de Bertrando Spaventa em diante, baseado na contaminação entre léxicos diversos. O pensamento italiano não é um pensamento da identidade, mas da desterritorialização.

Na tua reconstrução fala uma só vez de Spinoza, sua filosofia tem estado por 150 anos no centro de um movimento europeu laico e materialista próximo à burguesia e às classes populares. Por que razão o defines como "o mais italiano dos filósofos", visto que não é assimilável ao elitismo cosmopolita que Gramsci contestava aos intelectuais italianos?

Defini assim Spinoza porque também sua filosofia está fundada sobre a resistência e sobre o antagonismo. Seja embora em termos idealistas, e não materialistas, o próprio Gentile reconheceu que Bruno e Spinoza entram na linha comum do pensamento da imanência. Spinoza compartilha com Machiavel, Pareto e Croce um pensamento realista e não utopista da política.

No entanto, o espinozismo continua sendo uma proposta de mobilização que falta na Itália. Talvez seja devido ao fato de que o pensamento italiano jamais contou com a potência social, econômica e civil que, ao invés, inspirou Spinoza?

Diversamente do espinozismo, o pensamento italiano é o resultado da ruptura com a ontologia social. Neste país não tem faltado apenas uma relação com o estado moderno, mas também a relação com uma sociedade produtiva em sentido econômico. Esta falta tem determinado o espírito apolítico dos filósofos. Vico, por exemplo, que foi um grande pensador, trabalhava como preceptor e fez isso por toda a vida.

Quanto pesa hoje esta situação?

Muito. É singular que alguns autores italianos tenham mais presença no exterior. É um problema que investe tanto a universidade, quanto o contexto social e político-institucional. Isso não tolhe que seja necessário continuar a fazer filosofia para construir dispositivos que analisam nossa vida e para produzir uma força performativa, como pensamento e movimento, que transforme a realidade. Se se abrisse na Itália uma reflexão sobre estes temas, poder-se-ia aviar uma batalha cultural.

A filosofia italiana não superou o preconceito que levou Croce a definir quem trabalhava nas terras dos Abruzzi "bolas lisas de bilhar". Em vez de criar as condições para uma aliança social, esta filosofia considera o conflito somente em termos teóricos, com o resultado de neutralizá-lo. Como explica esta tendência?

A crítica de Gramsci a Croce ainda é válida. É preciso, todavia, considerar que Gramsci raciocinava a partir de uma idéia de partido político, de bloco social e de divisão entre as classes que não existem mais. No plano dos princípios temos hoje uma direita de tipo subversivo e uma esquerda de tipo defensivo e legalitário, cujas categorias ainda são internas ao direito soberano e ao Estado. É de todo assente a compreensão do plano biopolítico que, ao invés, é acolhido por Berlusconi, inconsciamente ou perseverantemente. A esquerda continua de todo estranha ao discurso sobre os corpos, ao desejo, às dinâmicas coletivas. Pasolini foi um dos poucos que intuiu a mutação antropológica que conduziu à construção de um regime biopolítico que se funda sobre a identificação com o Chefe e sobre o gozo diferido que elide a possibilidade do conflito. O berlusconismo limita o conflito às elites, ao imaginário ou à legalidade.

De que modo a incapacidade de encontrar alternativas políticas ao berlusconismo influi no pensamento político italiano?

Isto certamente não é um problema somente dos filósofos, mas de todo o país. Não resta dúvida que a vintena de anos do berlusconismo e a incapacidade da esquerda de compreendê-lo tenham impedido de repensar o conflito à altura da realidade italiana. A crise na qual vivemos tem neutralizado a busca de uma subjetividade política. Poder-se-ia dizer que não há nada de novo, a filosofia política moderna sempre trabalhou para neutralizar o conflito. Mas, hoje despontam fortes tendências à imunização que tornam difícil reconectar o conflito com o plano da imanência.


E é por isso que na Itália se voltou a refletir sobre o teológico-político?

Sim, porque, quem não entende a gênese desta crise prefere abandonar o mundo terreno à espera de uma solução messiânica. Este problema nasce da antinomia entre o estar "dentro e contra" que eu advirto no obreirismo. Quando Antonio Negri escolhe a imanência – pois a revolução já está em ato – não esclarece as modalidades através das quais se desenvolve o conflito revolucionário. Deste modo, corre-se o risco de perder a eficácia do conflito. Tronti, ao invés, salva o conflito, mas renuncia à imanência. A redescoberta da transcendência impeliu-a renunciar à imanência e à história. A mesma crise política e social impeliu a soluções igualmente problemáticas Ernesto Laclau, Judith Butler ou Slavoj Zizek, os quais privilegiam um plano de análise psicanalítico, correndo, porém, o risco de neutralizar a subjetividade política que, no entanto, quereriam relançar.

Continua, no entanto, a faltar no teu discurso uma resposta à necessidade da transformação social. Falas, no entanto, da relação conflitiva da filosofia com o poder...

Não posso negar que estou também eu dentro desta contradição. As ambigüidades, os limites e os pontos de detenção da filosofia italiana são também os meus. Repito, por trás do pensamento italiano faltou até agora uma ontologia ativa de tipo social ou político. Continuam a prevalecer os impulsos à neutralização de tipo teológico-político, legalista ou de tipo lacaniano. Servirá uma passagem de época que nos permita superar este limite. Mas, semelhante superação só pode ocorrer graças a um movimento global, por certo não a partir da teoria. O pensamento político italiano permanece, no entanto, mais do que outros à escuta, mantém uma abertura para o possível. Por isso, é mais sensível à exigência da transformação.

extraido de http://www.ihu.unisinos.br/noticias/

Roberto Esposito - Conversazioni Serali 

 Roberto Esposito è forse oggi il pensatore italiano più conosciuto negli ambienti accademici internazionali. Nato a Napoli nel 1950, dopo gli studi in filosofia e letteratura italiana presso l'Università Federico II di Napoli ha intrapreso la carriera accademica, divenendo ordinario di Storia delle dottrine politiche e direttore del Dipartimento di filosofia e politica presso l'Istituto Universitario Orientale. Oggi è ordinario di Filosofia Teoretica e direttore della sede napoletana dell'istituto Italiano di Scienze Umane (SUM).

Condirettore e cofondatore nel 1987 della rivista "Filosofia Politica" (Il Mulino), ha collaborato in qualità di consulente con importanti riviste e case editrici specializzate. Studioso del lessico politico in una dimensione filosofica, Esposito ha evidenziato il carattere conflittuale della dimensione politica attraverso l'innesto di nuove categorie intellettuali, molte delle quali ispirate dalle opere di Hannah Arendt, Martin Heidegger e Friedrich Nietzsche. Tale percorso lo ha portato a mettere in contrasto, per esempio, i concetti di Communitas e Immunitas come i due poli dell'agire collettivo contrapposto all'agire individuale. Nell'ultimo periodo ha sviluppato un pensiero originale e innovativo, maturando un interesse da una parte per la biopolitica e dall'altra per la tradizione italiana del pensiero, proponendo l'Italian Theory come un'alternativa praticabile in risposta all'esaurimento delle filosofie analitiche e di quelle variamente irrazionalistiche. Le sue opere sono ormai tradotte in tutte le principali lingue del mondo e dai maggiori editori in lingua inglese.

Tra le sue opere: Categorie dell'impolitico, Il Mulino, 1988; Communitas. Origine e destino della comunità, Einaudi, 1998; Immunitas. protezione e negazione della vita, Einaudi, 2002; Bíos. Biopolitica e filosofia, Einaudi, 2004; Terza persona. Politica della vita e filosofia dell'impersonale, Einaudi, 2007; Pensiero vivente, Einaudi, 2010.

 

LANÇAMENTO DA







Hotel Éden de Luis Gusmán

Hotel Éden

de Luis Gusmán

Tradução:Wilson Alves-Bezerra

No de Paginas:144


A história de um amor apaixonado entre um jovem aspirante a escritor e uma cabeleireira do interior, contada da perspectiva do homem já maduro, que parece ter fracassado tanto no amor juvenil quanto em seu projeto de vida. Aos cinquenta anos, Ochoa se depara outra vez com o desafio: escrever Hotel Éden, o livro para sempre adiado e jamais realizado, e poder lidar com sua relação com Mônica, a cabeleireira de olhos verdes e lábios carnudos, sua amada que ficou louca e o enlouqueceu.

Sobre o mítico hotel argentino, em Córdoba, pairam lendas políticas do período peronista, como a de ter sido refúgio de nazistas; mas também paira a história pessoal de Ochoa: sua foto com os pais – lembrança de um período de vacas gordas –, sua lua de mel com Mônica, e sua fixação pela imagem da jovem alemã da propaganda do hotel.

Assim, em Hotel Éden, romance do escritor e psicanalista argentino Luis Gusmán, está presente a construção das rememorações desse homem em busca de algum sentido, não apenas para as vicissitudes de seu amor, mas também do ambiente no qual este se desenvolveu: a Argentina de Perón, com as perseguições dos militares, o medo, a música e o cheiro daquela época. O tom do romance fica entre o investigativo e o memorialístico, sem ceder a nenhum deles; entre o intrincado mistério do Hotel Éden e o inextricável amor por Mônica, o narrador nos expõe o que importa: as ruínas do vivido – entre o casal – e as ruínas do não-vivido – a história secreta do hotel.

Constrói-se em paralelo o relato do enlouquecimento de Mônica e Ochoa no qual, algozes e vítimas de suas idealizações e pulsões, vão se destruindo na impossibilidade da convivência. Nessa trama, a literatura irrompe como oásis desejado: um livro jamais escrito, um amor jamais superado, um sentido sempre movente e inapreensível, e as marcas que as experiências deixam nos corpos envelhecidos. Apesar da promessa de Ochoa – de que se Mônica se curasse da loucura ele jamais escreveria o livro – é preciso se haver com o passado de alguma forma. Escrever Hotel Éden.

Luis Gusmán nos traz uma dimensão da política que não é a da militância, antes a do cotidiano; uma dimensão do amor que não é a do arrebatamento, mas a da contenção, do que só pode ser visto a partir de outra perspectiva que talvez os anos tragam; e a amargura do sujeito quando tudo já passou, mas permanece vivo. Ou quando, nas palavras de Ochoa, “o que restam são histórias para contar”.


escreveu Wilson Alves-Bezerra


O AUTOR
LUIS GUMÁN
nasceu em Buenos Aires, Argentina em 1944. Desde a publicação de seu primeiro livro O  Vidrinho (1973), tem se afirmado em diversas obras, que vão da ficção ao ensaio, como um dos maiores escritores de sua geração.  Recebeu vários prêmios, entre eles o Boris Vian, outorgado por seus pares. Tem publicados no Brasil O Vidrinho, com prefâcio de Ricardo Piglia (1990); Villa (2001); Pele e Osso, apresentado por Beatriz Sarlo (2009); e como organizador, Sonhos, de Franz Kafka (2003) e Os Outros – Narrativa argentina contemporânea (2010), todos pela Iluminuras.

Luis Gusmán. Audiovideoteca de Buenos Aires.



Programa Obra en Construcción, producido por la Audiovideoteca de Buenos Aires, en el año 2006 al ,escritor argentino Luis Gusmán donde recorre su historia como escritor, su obra, el proceso creativo de su escritura. Idea y dirección: Alejandra Correa y Karina Wroblewski.

UM LANÇAMENTO



Convite da Hemisferio Sul

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SANDRA DE SÁ NA CAIXA CULTURAL CURITIBA


No show “Acústico” cantora carioca faz um apanhado de sua história musical em celebração aos 30 anos de carreira
 
A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 6 a 8 e de 13 a 15 de dezembro (sexta-feira a domingo), o show “Acústico”, com a cantora e compositora Sandra de Sá. No palco, onde comemora 30 anos de trajetória artística, Sandra é acompanhada pelos músicos Bruno Sant’ Anna Camara (guitarra) e Diego Teixeira Gomes (percussão).
O repertório, uma verdadeira viagem no tempo, a partir da consagração da cantora no Festival MPB-80, da Rede Globo, com a música “Demônio Colorido”, traz canções bem conhecidas do público, como "Pé-de-Meia", "Não Chores Mais", "Solidão", "Retratos e Canções", "Sozinha", "Vale Tudo", "Olhos Coloridos", "Bye, Bye Tristeza", "Movimento" (Bagulho Doido), "Não Tem Saída", "País Tropical" e "Soul de Verão”.
Por sua potência vocal e timbre grave de voz, a cantora, compositora e instrumentista carioca recebeu os apelidos de “Tim Maia de saias” e “rainha do soul brasileiro”, e conquistou inúmeras premiações nacionais como o Troféu Imprensa (em 1987 e 1990), o Prêmio Sharp (em 1988, 1993, 1995 e 1996) e o 16º Prêmio da Música Brasileira, como melhor cantora de pop/rock, em 2005.
Em exatos 34 anos de carreira, Sandra de Sá gravou 17 álbuns de estúdio e um ao vivo, e realizou inúmeras parcerias com músicos como Tim Maia, Djavan, Marina Lima, Titãs, Herbert Viana, Carlinhos Brown, Simoninha, Roberto Frejat e M
V Bill. Sua porção atriz foi revelada em 2005, quando fez sua estreia no teatro, ao lado de Miguel Falabella, na peça “No Pé da Árvore de Natal”. Naquele mesmo ano, participou do seriado “Sob Nova Direção” e, em 2006, do seriado “Antônia”, exibidos pela Rede Globo.
Em um formato mais intimista, o show traz apenas dois dos dez músicos que integram a banda original. Apesar disso, mantém o caráter festivo das apresentações da cantora, que costuma descer do palco, em vários momentos, para cantar e dançar com o público. O show, patrocinado pela Caixa Econômica Federal e pelo Governo Federal, já foi visto em diversas cidades – inclusive na CAIXA Cultural Brasília, em julho deste ano.


Serviço:
Show Sandra de Sá “Acústico”
Data: de 6 a 8 e de 13 a 15 de dezembro de 2013 (sexta-feira a domingo)
Hora: sexta-feira e sábado às 20h, domingo às 19h
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro – Curitiba (PR)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)
Bilheteria: (41) 2118-5111 (de terça a sexta-feira, das 12h às 20h, sábado das 16h às 20h e domingo, das 16h às 19h)
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Lotação máxima do teatro: 125 lugares (2 para cadeirantes)
 

Congresso Fora do Eixo reúne 500 jovens lideranças de coletivos e redes diversas em seu 1º dia

Congresso Fora do Eixo reúne 500 jovens lideranças de coletivos e redes diversas em seu 1º dia

O encontro recebe nesta segunda o Prof. Dr. Ioshiaqui Shimbo da Universidade Federal de São Carlos (SP) e o curador do Auditório Ibirapuera (SP) Pena Schimidt, o movimento Levante Popular da Juventude, entre outros

O primeiro dia do Congresso Fora do Eixo foi marcado por encontros, reuniões livres e atividades de acolhida à cerca de 500 congressistas do Brasil, Bolívia e Venezuela que já estão na capital federal. O encontro que é organizado por redes de cultura, comunicação e juventude do Distrito Federal e pelo Fora do Eixo, acontece até o 07 de dezembro em diversos locais.
Hoje a programação esta concentrada na Universidade Internacional da Paz em Brasília, onde acontecerão reuniões livres até as 22 horas. Os temas transitam entre economia da cultura, novas formas de fazer política em rede, estética de militância, música, midiativismo, educação livre, entre outros, com vistas a delinear programas e projetos exequíveis em 2014.
Nos dias 03 e 04, parte da programação acontece no Congresso Nacional onde serão realizados seminários, debates livres e PósTV. A programação também conta com percursos culturais nas regiões administrativas do Distrito Federal.

Confira a programação:

CONGRESSO NACIONAL

03 e 04 de dezembro
14h às 19h
03/12 14h30
+ Seminário: Cultura Livre, Viva, Aberta e em Rede
+ Seminário: Política de Rede e Cultura de Participação
+ Seminário: Midia de Massa x Massa de Mídia: a democratização da comunicação na era das redes
04/12 14h30
+ Audiência Pública: O papel do Fora do Eixo e da Mídia Ninja nos cenários cultural e jornalístico
Reuniões Livres, PosTV e Manifestos Culturais no Hall da Taquigrafia
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UNIPAZ

2, 6 e 7 de dezembro – 10h às 20h
3, 4 e 5 de dezembro – 10h às 12h
  • Imersão Fora do Eixo
  • Imersão Toque no Brasil
  • Universidade das Culturas
  • Mídia Ninja
  • Conversas Infinitas com Juca Ferreira
  • Conversas Infinitas com Ladislau Dowbor
  • Observatório Desafios para Educação no Sec XXI
  • Rede Brasil de Festivais
  • Circula Cultura
  • Minka – Banco das Redes
  • Oficina Cultura da Paz e Sincronário das 13 Luas
  • Oficina Geodésica
  • Políticas de Rede
  • Reunião Causa Comum
  • Gurizada
  • Nós Ambiente
  • Protagonismo- Interiorização
  • Grito Rock
  • Aplicativos do comum
  • Rede Livre
  • Georreferenciamento
  • Sistema de mobilização
  • Calendário
  • Engenharia da informação
  • OLA
  • Agenda Latino-Americana
*Universidade da Paz (UNIPAZ) esta situada à SMPW Qd 08, Conj. 02
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TAGUATINGA

Invenção Brasileira, Mercado Sul
05 de dezembro
14h às 22h
+ Percurso Mídia Livre
+ Debate: Brasília que Queremos
+ ExpoNinja
+ Exibição do documentário: “Enquanto o Trem não Passa”

Percursos Culturais

Todas as noites, a partir de 20h
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SERVIÇO

O que: Congresso Fora do Eixo
Quando: 01 a 07 de dezembro
Onde: Em Brasília
Mais informações: (61) 3264 6131 ou congresso@foradoeixo.org.br
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TRASLADOS E ENDEREÇOS
11h30 Saída Rodoviária do Plano Piloto → Universidade da Paz (SMPW Qd 08, Conj. 02)
14h30 Saída Rodoviária do Plano Piloto → Universidade da Paz (SMPW Qd 08, Conj. 02)
21h30 Universidade da Paz - Unipaz (SMPW Qd 08, Conj. 02) ---> Criolina (SBS Qd 2, Térreo (Ed. João Carlos Saad - Brasília (DF)
01h Criolina (SBS Qd 2, Térreo (Ed. João Carlos Saad - Brasília (DF) → Universidade da Paz (SMPW Qd 08, Conj. 02)
*Todos os dias haverão ônibus saindo do plano piloto até a UniPaz.