sábado, 21 de fevereiro de 2009

PROGRAMAÇÃO CARNAVAL CURITIBA

Bailes - Localizado na Rua Ourizona, 1.681, a uma quadra da Rua da Cidadania, o Ginásio do Bairro Novo abrigará os bailes infantil e adulto, com edições na segunda e terça-feira (23 e 24), sob o comando da Banda Lefigarroo. Para a criançada, a diversão vai das 15h às 19h, sendo que o horário para os adultos é das 20h à meia-noite. A entrada é franca e não será permitido o consumo de bebida alcoólica e cigarro.

Avenida – No sábado de Carnaval, o desfile na Avenida Cândido de Abreu será em homenagem a Domingos Antonio Kalva, uma das pessoas que mais contribuíram para a realização da festa, ao longo dos anos. Falecido no ano passado, Kalva deixa um legado de envolvimento constante com as manifestações culturais populares.

O desfile começa com os blocos Afoxé, Derrepent e Rancho das Flores, tradicional grupo da terceira idade que está comemorando 20 anos de existência. Na sequencia, vêm as escolas do grupo de ascensão, que reúne as agremiações Unidos de Pinhais, Unidos do Bairro Alto e Os Internautas. Depois, entram na Avenida as escolas do Grupo A, formado por Leões da Mocidade, Embaixadores da Alegria e Acadêmicos da Realeza.

A agremiação Unidos de Pinhais marca o centenário de nascimento de Cartola, comemorado no ano passado, apresentando “Saudade, Gratidão, Mestre Cartola Verde-Rosa é Tradição”. O enredo lembra a vida e a obra do compositor falecido em 1980, símbolo da Mangueira e um dos nomes mais importantes da história do samba. A escola Unidos do Bairro Alto leva para a Avenida a preocupação com o meio ambiente, dentro do tema “Reciclagem: Lição de Todo Dia”. Um mergulho na memória de outros carnavais é o que promete a escola Os Internautas, com o enredo “Lembranças do Palhaço”.

A Leões da Mocidade abre o desfile das escolas do Grupo A, com a criação “Do seu povo sua glória... o nordeste passa por aqui”, abordando os costumes e tradições dos nordestinos que ajudaram a construir o Brasil. “Um beijo no seu coração” é o tema da Embaixadores da Alegria, que conta a história do beijo, desde as primeiras referências ao ato, além de curiosidades sobre o toque de lábios. A Acadêmicos da Realeza, escola campeã de 2008, encerra o desfile com “Do Alto da Glória... Para 100 Anos de História”, retratando a trajetória do Coritiba Futebol Clube, considerado um dos patrimônios esportivos do Paraná.

FOLIA CULTURAL NO PORTO

Dia 21 de Fevereiro, Sábado
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO "As meninas"
Galeria - 17h30
O trabalhos de Antónia Gomes distinguem-se por um imaginário em que o social aparece como uma forma oculta de realidades que tem muito a ver com as problemáticas humanas do nosso tempo, justificando-se uma maior difusão da sua obra, pois cultiva valores de modernidade que não passam despercebidos ao observador mais atento. As suas aguarelas, além de denunciadoras, reflectem uma linguagem solta e um sentido de libertação que singulariza a obra da artista no seu tempo. Trata-se, no conjunto, de personagens humanas envolvidas de mistério e de sofrimento, mas ao mesmo tempo ansiosas de uma intensa liberdade que afaste para sempre os mais ocultos constrangimentos.

Surge, assim, na sua obra uma fuga para a frente, em que a artista e revela desejosa de atravessar o portal da esperança. Antónia Gomes, tem uma maneira muito peremptória de trabalhar a sua aguarela em que resultam planos e segmentos, reforçados de gestualismos espontâneos e certeiros, que conferem uma expressão pictórica livre e uma solidez quase abstracta as suas personagens.

A exposição de pintura de Antónia Gomes poderá ser visitada na Galeria do CLP até ao final do mês de Fevereiro.

MELODIAS DE SEMPRE: Sandra Botelho e Alberto Mendonça
Piano Bar - 23h00
As melodias de sempre no Piano Bar do Clube Literário, esta noite, com música de Sandra Botelho (canto) e Alberto Mendonça (piano).
Dia 22 de Fevereiro, Domingo
CAFÉ FILOSÓFICO
Piano Bar - 16h00

Clube Literário do Porto
Rua Nova da Alfândega, n.º 22
4050-430 Porto
T. 222 089 228
Fax. 222 089 230
Email: clubeliterario@fla.pt
URL: www.clubeliterariodoporto.co.pt
BLOGUE: http//www.clubeliterariodoporto.blogspot.com

VISIONÁRIOS

VISIONÁRIOS

A produção audiovisual na América Latina

Realização conjunta com o Instituto Itaú Cultural

Local: Cinemateca de Curitiba

Rua Carlos Cavalcanti, 1.174

De 2 a 10 de março de 2009

Entrada franca

Classificação 14 anos para todos os filmes

Filmes com legendas em português

Visionários reúne obras audiovisuais de artistas latino-americanos, compondo um panorama da produção contemporânea nestes meios. A seleção dos 73 trabalhos foi realizada a partir de uma divisão que fracionou a América Latina em quatro regiões de referência:

- Curadoria de Jorge La Ferla: Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai - composta por dois programas com 60 minutos de duração cada.

- Curadoria de Elias Levin: México e países da América Central e Caribe - composta por dois programas com 60 minutos de duração cada.

- Curadoria de Marta Velez: Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela e Cuba - composta por dois programas com 60 minutos de duração cada.

- Curadoria de Roberto Moreira dos S. Cruz: Brasil - composta por um programa com 60 minutos de duração.

A mostra apresenta ainda uma seleção antológica de filmes que são referência no contexto da produção experimental da América Latina, entre os anos de 1958 e 1992. Esta curadoria ficou a cargo de Arlindo Machado e é composta por dois programas com 60 minutos de duração cada.

ANTOLOGIA HISTÓRICA

Brasil

Seleção 1 Curadoria de Arlindo Machado

Dia 02, às 20h:

Programa I: PARADIGMAS DO EXPERIMENTAL

Seleção de vídeos e filmes que buscam alternativas diferenciadas em termos de temáticas e estilos e que são em geral realizados em bitolas e formatos não estandardizados, escapando dessa forma às regras e estereótipos do mercado internacional de audiovisual.

O Pátio (35 mm) – Brasil, 1958 – 12’43

Glauber Rocha

Num terraço de azulejos em forma de xadrez, em Salvador, um rapaz e uma moça evoluem lentamente: se tocam, rolam pelo chão, se distanciam e se olham. Os planos das mãos e dos rostos são intercalados com planos da vegetação tropical e do mar. Filme quase abstrato, rigorosamente encenado e com fortes referências do construtivismo e da arte concreta, além de dialogar com a pedra inaugural do cinema experimental latino-americano: Limite (1930), de Mário Peixoto.

Cosmorama (35 mm) – Cuba, 1964 – 4’32”

Enrique Pineda Barnet

O filme de Barnet é baseado na obra Cosmorama de Sandú Darié, artista romeno que introduziu a arte abstrata e cinética em Cuba. Trata-se de um “poema espacial”, como diz o subtítulo do filme, com formas e estruturas em movimento, com luzes e cores que produzem imagens plásticas em constante desenvolvimento. A trilha sonora de alta complexidade é resultado da mixagem de 13 diferentes pistas de som. Embora realizado em 35 mm, é considerado o precursor da vídeo-arte em Cuba.

Que en Pez Descanse (vídeo Umatic) – Venezuela, 1986 – 16’22

Nela Ochoa

As vivências de uma mulher cuja infância esteve rodeada de gestos e ritos religiosos, na quais se misturam tradições e crenças de origem popular, como aquela que ditava: “todo aquele que se banhar na Sexta-Feira Santa se transformará em peixe (pez, em espanhol)”. Vídeo poderoso visualmente, com uma mise-en-scène ritualística e alguns toques buñuelianos, concebido por uma pioneira da vídeo-arte na Venezuela.

Espectador (vídeo Umatic) – Cuba, 1989 – 6’52

    Enrique Álvarez

Considerado o primeiro exemplo de vídeo-arte cubana, este trabalho lida com a ambigüidade da condição do espectador de televisão, de um lado autoconsciente de sua própria exterioridade com relação ao mundo televisivo e, de outro, prisioneiro da pequena tela, em decorrência dos mecanismos de projeção e identificação com que trabalha a mídia.

    Ofrenda (super-8) – Argentina, 1978 – 4’21”

    Claudio Caldini

Uma espécie de dança das flores, cintilante e multicromática, com resultados visuais quase abstratos. Uma bela aula de edição e de sincronização imagem-som, orquestrada pelo mestre do cinema experimental na Argentina.

00:05:23:27 (vídeo Hi-8) – Colômbia, 1997) – 4’47’’

Gilles Charalambos

O vídeo utiliza uma frequencia de edição com transformações a cada cinco quadros, a uma velocidade de seis intermitências por segundo, o que produz fases de ondas cerebrais em ritmo teta. Este último se parece muito ao ritmo alfa, mas de uma forma mais lenta: sua frequencia é de quatro a sete hertz e aparece em sensações de prazer e de dor, assim como nos sonhos e estados de agressividade. Pode-se também dizer que é um ritmo emocional.

Adán y Eva en el Paraiso de Judith Gutiérrez (16 mm) – Equador, 1982 – 6’30”

Paco Cuesta

Um passeio pela obra da destacada pintora equatoriana Judith Gutiérrez, em que as figuras e paisagens do paraíso perdido ganham vida através do extraordinário trabalho de animação e da complexa sincronização sonora. O filme havia sido perdido e só recentemente se encontrou uma cópia em avançado estado de deterioração. Infelizmente, as fortes cores da pintura de Gutierrez se perderam com o tempo e hoje o filme só pode ser visto em preto e branco.

Amina Mar (super-8 transferido manualmente a 16 mm) – Equador, 1990 – 2’40’’

Miguel Alvear

A base do filme é um material gravado há muitos anos – em super-8 e sem som – da filha do realizador, visitando pela primeira vez o mar. A película foi editada caseiramente com uma máquina de visualização e fita adesiva e, algum tempo depois, transferida para 16 mm através de uma optical printer, explorando o desgaste e os detritos produzidos sobre a emulsão pelo passar dos anos. Finalmente, mais algum tempo depois, ela foi transferida para vídeo e a ela o realizador acrescentou uma trilha sonora com o primeiro Arabesque, de Claude Debussy. Pura epifania.





Dia 03, às 20h:

AO SUL DO CONE SUL

Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai

Seleção 1 Curadoria de Jorge La Ferla

Programa I: RELATOS NA FRONTEIRA

Oito olhares sobre as relações entre o vídeo e os meios audiovisuais para realizar possíveis relatos de um contexto público ou privado. Com base nas histórias mínimas dos protagonistas, diversas leituras de travessias por um presente atemporal e a um passado remetem-nos a crônicas memoráveis.

Hamaca Paraguaya

Paz Encina

Paraguai, 2000, 08’15’’, vídeo

Gravados em plano geral e com câmera lenta, um pai e uma mãe esperam notícias do filho que foi para a guerra. É um vídeo importantíssimo na história do audiovisual do Paraguai. Trata-se da única obra desta mostra que recorre exclusivamente a um idioma nativo, o guarani.

Una Forma Estúpida de Decir Adiós
Paulo Pécora

Argentina, 2003-2004, 5’40’’, preto-e-branco, 16 mm ampliado para 35 mm

Na estranha espiral de suas recordações, um homem descobre os vestígios esquecidos de uma antiga relação. Retrocesso melancólico ou ponto de partida para uma nova percepção sentimental? Trabalho notável de hibridação criativa entre o cinema e a fotografia, única maneira de reconstruir um amor já terminado.

Preemptive Disappearance

Francisca Benítez

Chile, 2003, 11’45’’

O angustiante relato em off da história de um desaparecimento é reforçado pelo clima sufocante criado com base nas imagens fixas e nos quadros fixos e quase vazios.

One Year Later

Sebastián Díaz Morales, Jo Ractliffe

Argentina, 2001, 11’, vídeo

One Year Later acompanha o percurso de um homem por Joanesburgo. Numa sequencia de imagens capturadas dentro da cidade e nos despejos de minas circundantes, ao longo das estradas que levam aos subúrbios e shoppings do norte, a narrativa é desenvolvida por meio do diálogo interno do personagem principal, à medida que ele atravessa a cidade, e das interjeições do construtor do filme.

Dos Vezes Adiós

Nicolás Grum

Chile, 2007, 3’53’’, DVCam

Às vezes a realidade imita a ficção. Um casal discute numa rua da cidade enquanto a situação ocorre paralelamente a uma das cenas de ...E o Vento Levou, o que gera cruzamentos e coincidências entre ambas as sequencias. Recontextualização do filme ...E o Vento Levou em tela partida, junto com a recriação dos gestos dos atores e do que o cinema tem de mítico num cenário cotidiano.

No Smoking

Andrea Goic

Chile, 2006, 2’10’’, preto-e-branco, vídeo

As pombas da praça central (Plaza de Armas) de Santiago do Chile debandam assustadas ao ouvir disparos. Sua fuga libera a tela, deixando ver uma brutal sequencia de documentário filmada por um correspondente argentino em 1973, meses antes do golpe militar no Chile. O jornalista dirige a câmera para um grupo de soldados chilenos que cercam o palácio do governo, La Moneda, e um deles lhe aponta a arma; num perfeito contraplano e sem palavras, dispara fatalmente contra ele.

11 de Septiembre

Claudia Aravena Abughosh

Chile, 2002, 6’’, vídeo

Onze de setembro de 1973, golpe militar no Chile. O vídeo explora a intertextualidade da memória, ao mesmo tempo em que faz uma crítica implícita à mídia de massa e sua representação da violência. O lugar onde o vídeo se instala é a fissura entre esses dois aspectos, a tensão entre a memória presente e o passado histórico. Uma possível identificação entre os desastres chileno e norte-americano, ocorridos na mesma data.

Undocumented

Edgar Endress

Chile, 2005, 10’, vídeo

Undocumented é a história de um indivíduo que atravessa ilegalmente a fronteira entre o Peru e o Chile. Esse homem foi baleado e morto por um soldado chileno enquanto caminhava perto do marco número 1 no deserto de Atacama. Esse incidente traz à baila novamente a tensão histórica entre Chile e Peru. Além disso, retrata uma tendência contemporânea nessa parte da região, um fluxo crescente de imigrantes do Peru para o Chile.


Dia 04, às 20h:

DE 0 A 4000 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR. UM OLHAR VERTICAL

Países Andinos e Cuba

Seleção 1 Curadoria de Marta Lucía Vélez

Programa I: ESTADOS ALTERADOS

Estados Alterados refere-se a pronunciamentos provenientes de territórios e culturas dessemelhantes, que vão das cálidas comarcas caribenhas às luminosas terras-pátrias do altiplano andino. São obras cujo valor é potencializado pelo lugar onde foram concebidas, ou seja, obras que dão conta do contexto em que se origina o pronunciamento, seja ele de ordem política, social ou histórica.

TV Documental

Alexander Apóstol

Venezuela, 2005, 2´, vídeo

Caracas e seu grande crescimento geraram importantes correntes migratórias de habitantes pobres vindos do interior do país. Eles se estabelecem em favelas (chabolas) construídas nos morros que rodeiam o estreito vale onde a cidade está assentada. Um grupo familiar numa dessas favelas assiste pela televisão a um documentário histórico feito nos anos 1950 que descreve o nascimento de um novo país e de uma nova sociedade na Venezuela.

Arriba de la Bola

Felipe Dulzaides

Cuba, 2000, 2’32’’, vídeo

“La Bola” é uma canção da década de 1990, do cantor cubano Manuel González Hernández, mais conhecido como “O Médico da Salsa”. Nessa canção, o autor descreve como, para sobreviver, é preciso ter uma atitude pragmática diante da vida e estar atento a tudo, como num jogo. Nessa época, Dulzaides não estava em Havana. Uma noite, em seu estúdio em São Francisco, Califórnia, começou a repetir diante da câmera um fragmento dessa canção que diz: “arriba de la bola, arriba de la bola”.

Los Rebeldes del Sur

Wilson Díaz

Colômbia, 2002, 11’06’’, video

Este vídeo apresenta ao vivo os Rebeldes do Sul, projeto musical do grupo guerrilheiro colombiano Farc. Foi gravado nos Colóquios de Cultura e Emprego, na extinta Zona de Distensão, uma área de diálogo do tamanho da Suíça cedida pelo governo colombiano às Farc entre 1999 e 2002. Este documento simples e direto apresenta, sem cortes, duas composições musicais do grupo. Uma das canções é um tema característico da música vallenata (estilo de música popular colombiana). A outra é uma canção de propaganda contra o governo colombiano e outros atores do conflito armado na Colômbia.

Camal

Miguel Alvear

Equador, 2001, 13’15’’, filme 16 mm, cores e preto e branco

Bestialógico das cenas cotidianas que eram vivenciadas na praça do mercado Empresa Municipal de Rastro, também chamada de Camal, em Quito. Filme ao estilo do expressionismo alemão, que transmite, com uma impecável fotografia, as emoções e a natureza tanto dos animais sacrificados como dos matadores de centenas de vacas, porcos, cordeiros e outros animais, alimento para grande parte da população de Quito.

Porca Miseria

Maria Cristina Carbonell

Venezuela, 2006, 11’37’’, vídeo

Ficção, paródia e louca mistura de referências cinematográficas criadas a partir dos traços que a influência norte-americana de consumo, moda, imagem etc. deixam no imaginário coletivo venezuelano. Quatro personagens deslocados do ambiente. Três mulheres unidas pelo destino a um assassino em série: uma gueixa num país tropical, uma sereia que trabalha como garçonete num bar e uma mulher sem rosto, objeto do desejo.

El Síndrome de la Sospecha

Lázaro Saavedra

Cuba, 2004, 2’56’’, vídeo

Paródia sobre a vigilância, exercida por seus compatriotas, a que os cubanos estão submetidos cotidianamente. Parte importante do funcionamento do sistema social reside na estrutura da vigilância, criada para o controle de qualquer ação exercida por todos e por cada um dos ilhéus.

Horizonte sin Horizonte

Aruma (Sandra De Berduccy)

Bolívia, 2007, 4’55’’, vídeo

Nos limites do mar, barcos circulam por horizontes verticais, realidades invertidas e justapostas. Uma viagem em que o tempo se anula e perde o significado. O espaço dilui-se e encontra paralelo nas linhas verticais de um tecido aimará, utilizado para carregar, armazenar e transportar (talvez a mesma função dos barcos). A cadência do terremoto de Sipe Sipe, bolero de cavalaria que acompanhava os combatentes bolivianos à guerra do Chaco e que hoje acompanha enterros em bairros populares, evoca a memória e convida a pensar em perdas, migrações e pilhagens.

Tuyo Es el Reino

Patricia Bueno

Peru, 2007, 9’18’’, HD (alta definição)

Três mulheres, representadas por três manequins dos anos 1950 e ataviadas com casacos de pele comidos por traças, reúnem-se depois de um doloroso acontecimento. Através dos diálogos, pretende-se criar desde o princípio uma sensação ambígua. Essas três mulheres são irmãs ou são três facetas da mesma pessoa. A esquizofrenia e a divisão refletem uma sociedade “sem rostos”.

Chopin

Alfredo Román Bulacio

Bolívia, 2005, 5’, vídeo

Acompanhado pela música de Chopin, um jovem boliviano nu, ataviado com uma máscara contra gases usada na Segunda Guerra Mundial, percorre o passadiço inundado de um mercado de roupas usadas de procedência americana em Santa Cruz, Bolívia. O homem vai comprando peça por peça até sair da inundação vestido.

Opus

José Toirac

Cuba, 2005, 4’49’’, vídeo DVD

Opus é uma série numérica que muda conforme o texto da trilha sonora. Esta foi feita com todos os números estatísticos utilizados por Fidel Castro num único discurso: o discurso inaugural do ano letivo 2003-2004, na Praça da Revolução, em Havana, Cuba.



Dia 05, às 20h:

DUAS TENSÕES E UMA SÓ

América Central e México

Seleção 1 Curadoria de Elías Levin

Programa I : NO ZAPPING

Nos vídeos deste programa, é a lentidão o que prende: uma lentidão que exige do espectador um envolvimento ativo, porque o processo de visualização deixa de ser um testemunho de como as imagens sucedem-se umas às outras, transformando-se num convite para um mergulho na tela para extrair dela uma série de relações de seu ponto mais profundo.

Aria
Brooke Alfaro

Panamá, 2002, 3’20’’, vídeo

O vídeo foi filmado na área antiga da cidade, numa casa condenada e com personagens que ali moram. A câmera enfoca durante longo tempo uma parte deteriorada da casa, criando um aparente cenário, enquanto o áudio reflete essa deterioração com sons ásperos e repetitivos. O vídeo utiliza-se dos elementos-chave, a surpresa e a discordância, para produzir um impacto que depois nos leve a refletir sobre os abismos sociais que separam e excluem.

Happy 2

Ryan Oduber

Aruba, 2004, 1’20’’, vídeo, ator: Ken Wolf

Eu (nascido em Aruba, Caribe holandês), tenho passaporte holandês. No entanto, tenho sangue e rosto caribenhos/multiculturais. Morei muitos anos na Holanda, onde sou visto como estrangeiro, e, como morei por um longo tempo na Holanda, agora, em Aruba, sou visto como estrangeiro. Então, a identidade torna-se algo virtual.

Propmoción 06 (de la serie: Migrar es Siempre Cuestión de Espacio)

Walterio Iraheta

El Salvador, 2006, 6’05’’, vídeo, preto e branco

A migração contemporânea ocorre de países ou cidades menos desenvolvidos para lugares que oferecem melhores condições de trabalho e de vida. Em muitos casos, aqueles que empreendem essa longa viagem acabam encontrando a morte, num percurso que cada vez se torna mais hostil e desumano.

Kung Fu

Hugo Ochoa

Honduras, 2005, 7’50’’, vídeo, som, colorido

Kung Fu é uma obra produto da leitura ou interpretação pessoal da totalidade de expressões espontâneas (ninguém recebeu instruções de como posar) encontradas durante o processo de gravação de alcoólatras nas ruas de San José, Heredia e Tegucigalpa. Kung fu é uma caligrafia corporal de personagens da rua para o desenvolvimento de nossos reflexos sociopolíticos.

Ablución

Regina José Galindo

Guatemala, 2007, 4’, vídeo, performance, som, colorido, registro em vídeo: David Pérez

Um ex-membro de uma gangue remove, com água, um litro de sangue humano, previamente jogado sobre ele. A idéia desta videoperformance surge depois de ter lido uma notícia em que o membro de uma gangue é entrevistado após estuprar e decapitar uma menina de seis anos. Ele diz: “eu estava viajando (drogado) e percebi que tinha feito algo quando fui tomar banho e a água ia saindo vermelha”.

Guest – Huésped

Roberto López Flores

México, 2006, 6’48, vídeo, colorido, mudo

Guest explora o conceito de hospitalidade, com foco nesse fluxo que é o turismo. Através de uma ação mecânica (um lava-pés), tenta-se estabelecer um contato físico que equilibre o ressentimento e a vontade de uma revanche, aplicando a rendição como estratégia de resistência.

Lix Cua Rahro. Tus Tortillas Mi Amor

Sandra Monterroso

Guatemala, 2004, 12’30’’, formato original: performance, vídeo, som, colorido.

A ação dá-se num espaço privado, um cômodo onde uma mulher prepara omeletes para seu amado. Retoma o corpo como parte da natureza, já que tem sua própria sabedoria. As cenas mostram um estado obsessivo; como através dos fluidos constrói-se uma metáfora, uma possibilidade de encantamento.

Lección # 2 – Como (Des)vestirse

Priscilla Monge

San José, Costa Rica, 2001, 6’35’’, vídeo.

Segunda lição do comportamento feminino. Por meio de um recurso simples com o qual se constrói uma narrativa visual e temporalmente invertida, que joga sutilmente com a ambigüidade de uma ação (anti)exibicionista, uma mulher (des)seduz seu acompanhante, ocultando o corpo que surge como objeto do desejo.

123…678 (Un Momento Íntimo)

Abner Benaim

Panamá, 2007, 4’13’’, vídeo.

Autorretrato em vídeo fragmentado do artista aprendendo a dançar salsa. Abner Benaim, diante da câmera num canto do seu estúdio, grava um momento íntimo e transforma-o em material para compartilhar com estranhos. Um discurso sobre a intimidade nos nossos dias.

Danza de Identidad
Javier Sámano Chong/Juana Soto

México, 2002, 2’30’’, vídeo, som, colorido.

Fragmento autônomo do projeto em vídeo Taraspanglish. Um jovem dançarino de origem purépecha mantém a tradição da dança tradicional de sua localidade natal, mesmo quando a música de fundo muda. Na região indígena P´urhépecha, México, dança-se a dança tradicional dos Cúrpites, de origem pré-hispânica e que foi utilizada na colônia pelos espanhóis para a evangelização.

Se Revela, Se Devela
Elia Alba

Santo Domingo, República Dominicana, 2007, 4’03’’, vídeo

A idéia do véu como uma prática cultural envolve tanto aquilo que contém como aquilo que é o construtor do rosto. Em Se Revela/Se Devela, parte-se de um termo cunhado por Michael Taussig em seu livro Defacement, que nos desafia a entender como o mistério do véu, por trás do qual também se faz vida social, serve também para produzir e ocultar o sentido. No vídeo, o sujeito pode ser um ou nenhum.







Dia 06, às 16h:

Reprise dos Programas: Paradigma do Experimental e Relatos na Fronteira

Às 20h:

TRÓPICOS AUDIOVISUAIS

Brasil

Seleção única Curadoria de Roberto Moreira dos S. Cruz

Programa:


Uma seleção heterogênea da produção brasileira contemporânea. Não há uma tendência predominante e não foram feitas escolhas que optassem por um arranjo uniforme de estilos. Prevalecem características diversas, modos de ver e interpretar abrangentes, assinaturas distintas em termos estéticos e narrativos. Alguns aspectos-chave orientam esse conjunto: produção dos coletivos artísticos, performances cênicas, ênfase na tecnologia e em subjetividades poéticas.

Volta ao Mundo em Algumas Páginas

Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander

2002, 15min, super-8 e DV

Registro videográfico de uma ação realizada na Biblioteca Pública de Estocolmo em agosto de 2000, em parceria com a artista Rivane Neuenschwander. A ação consistia em, a partir de um mapa-múndi recortado em pequenos fragmentos, distribuir aleatoriamente os pedaços dentro dos livros da biblioteca. As correlações possíveis entre uma localidade qualquer do mundo e um livro (ou página de livro) são os mistérios guardados pelo destino dessas pessoas.

Várzea

Ricardo Iazzetta e Estúdio Bijari

2006, 9min25s, DV

Obra de videodança sobre territórios, fronteiras e ocupação do espaço público. Fria e esvaziada, a cidade de São Paulo vira campo de futebol, que vira várzea, que se torna palco onde se enseja um jogo. Imprimir gestos nos perímetros da vida cotidiana, expor-se ao lugar, à sua atmosfera e à sua textura. Jogar os corpos no espaço, na Várzea.

Ciranda

Ana Siqueira e Leandro HBL

2002, 11min10s, super-8 e DV

Ciranda trata dos ciclos da natureza e de como eles podem influir nos sentimentos humanos. Utilizando recursos formais variados no processo de captura das imagens e da edição, o realizador compõe de maneira poética um ensaio sobre a relação amorosa e as circunstâncias casuais de uma viagem pela paisagem tropical do Brasil.

Amor Fatti

Sara Ramo

2007, 6min20s, DV

Neste vídeo, a artista é vista no ambiente doméstico de um quintal, sentada em uma mesa na companhia de um boneco de papelão. A partir de algumas situações aparentemente bizarras e sem sentido, o que decorre da encenação constitui um delicado ensaio poético sobre o desejo e as relações amorosas.

i321

uddqem

2005, 3min04s, DV

O projeto uddqem (um dia depois que eu morrer) foi criado por Ricardo Carioba e Fábio Torres. O trabalho da dupla impressiona pela precisão dos elementos gráficos e visuais animados em composição com uma trilha sonora ruidosa e experimental. Os elementos expressivos configurados pela relação entre áudio e vídeo criam formas abstratas puramente sensoriais.

Tá como o Diabo Gosta

Re:combo

2003, 3min56s, DV

Clipe caseiro produzido pelo grupo Re:combo para o frevo Tá como o Diabo Gosta, Tá como o Diabo Quer, de autoria de Silvério Pessoa. Numa festa carnavalesca no Recife, o personagem dança e se diverte depois de beber “um pouco” de cachaça.

Man.Road.River

Marcellvs L.

2004, 9min27s, DV

A cheia de um rio, que toma parte de uma estrada e interrompe o fluxo normal de pessoas e automóveis, dá motivo a esse poema visual. Um retrato do cruzamento de vias e vidas e da força da natureza sobre a artificialidade. Um único plano, composto de uma imagem bastante indefinida, como se estivesse em baixa definição, deixando perceptível a textura em mosaico do vídeo digital.

Maria Farinha Ghost Crab

Brígida Baltar

2004, 5min11s, 16 mm e DV

Maria Farinha Ghost Crab é um filme-fábula em que a atriz Lorena da Silva personifica o caranguejo de areia, correndo à beira-mar e cavando tocas. O aspecto fugidio da sua personalidade faz com que a maria-farinha fique conhecida como caranguejo fantasma. No filme rodado na Ilha Grande, Maria Farinha usa fones de ouvido em formato de conchas, escuta sons e tem algumas visões.

Imprescindíveis

Carlos Magno Rodrigues

2003, 5min20s, DV

Um vídeo sobre a violência simbólica. Um pai (o próprio Carlos Magno) impõe seus heróis ideológicos ao filho Bruno, que reage contrariamente com suas influências audiovisuais próprias da TV e do cinema. Uma paródia aos heróis fictícios e aos atos de violência reproduzidos na mídia, representados pelo manuseio de armas e pelas indumentárias de guerrilha.



Dia 07, às 16h :

Reprise dos Programas: Estados Alterados e No Zapping

Às 20h:

ANTOLOGIA HISTÓRICA

Brasil

Seleção 2 Curadoria de Arlindo Machado

Programa II: PARADIGMAS DA LATINIDADE

Seleção de vídeos e filmes que buscam repensar, a partir do interior e fora do ângulo colonialista do “exotismo”, o enigma da América Latina: sua história manchada de barbarismos, suas identidades mestiças, o hibridismo de sua cultura, seus projetos de futuro.

REVOLUCION

(16 mm) – Bolívia, 1963 – 10’

Jorge Sanjinés

Utilizando apenas imagens, música e sons naturais, a primeira película do célebre diretor boliviano se baseia nas técnicas de montagem conceitual e dialética (“por conflitos”) do diretor russo-letão Serguei Eisenstein para compor um ensaio sobre a exploração e a miséria do povo boliviano e sobre as possibilidades de superação através de estratégias revolucionárias.

A Propósito de la Luz Tropikal, Homenaje a Armando Reverón (super-8) – Venezuela, 1978 – 19´35´´

Diego Risquez

Uma homenagem ao pintor venezuelano Armando Reverón, o artista que, como um antropólogo natural, buscou representar a visão do homem tropical. Reverón aparece inicialmente pintando sobre uma tela-espelho que reflete a luz tropical. Voltamos ao período branco do artista, onde nada se vê de forma distinta, todas as imagens estão “estouradas”, mas, ainda assim, pode-se distinguir vagas manchas daquilo que um dia poderiam ter sido figuras e paisagens. Radical experiência de incendiar a imagem.

Chapucerías (35 mm) – Cuba, 1987 – 11’

Enrique Colina

Em espanhol, “chapucería” é o nome que se dá a qualquer trabalho de má qualidade, servindo também para designar o embuste e a picaretagem. A pretexto de denunciar o “chapucero” como o incompetente que transforma tudo em destroços e sucata, o filme acaba funcionando como uma metáfora de um país que fracassou. Comédia inclemente, disfarçada de documentário, em que o “chapucero” aparece como um monstro dos filmes americanos de terror dos anos 1930 e 40.

Contaminado pelo próprio mal que denuncia, até mesmo o filme termina destruído pela má qualidade do trabalho de seus realizadores.

Marcha por la Vida (vídeo) – Bolívia, 1986/99 – 7’35”

Gastón Ugalde

Trabalho em progresso, que já rendeu diversas versões e diversas associações a instalações. A obra está relacionada com a vida do homem andino e à problemática social da Bolívia. Ugalde associa os tecidos coloridos elaborados pelos índios das diferentes etnias da região boliviana dos Andes a valores culturais e políticos. Os tecidos representam uma espécie de mídia têxtil: são formas de comunicação, de identidade e de manifestação política. Nesta obra, Ugalde associa a tessitura das mantas bolivianas à consciência coletiva e à resistência do povo contra a miséria e a opressão.

Marca Registrada

(vídeo) – Brasil, 1975 – 10’35`` - Letícia Parente

Neste trabalho, considerado dos mais perturbadores dos primórdios do vídeo brasileiro, a artista Letícia Parente borda com agulha e linha as palavras “Made in Brasil” sobre a própria planta dos pés, apontada para a câmera num big close up. Esta obra limítrofe apontou para um caminho de radicalidade sem concessões que marcaria a primeira fase da arte do vídeo no Brasil. Ao mesmo tempo, ela consolida o dispositivo mais básico do vídeo, que é o confronto da câmera com o corpo da artista.

    Reconstruyen Crimen de la Modelo (vídeo) – Argentina, 1990 – 7’35´´

    Andrés di Tella e Fabián Hofman

O vídeo parte de uma notícia de fait divers: uma modelo famosa foi assassinada e o suposto criminoso preso pela polícia. O Nuevodiario, telejornal do Canal Nueve portenho, grava a reconstituição e a edita com requintes de dramaticidade, acompanhada de música dramática, como se o fato, a reconstituição e o informe televisivo coincidissem. Por fim, os dois realizadores gravam o programa em suas casas e depois o reeditam em câmera lenta e com distorção sonora, desconstruindo a versão televisiva da versão policial. Uma imensa acumulação de simulacros marca esse vídeo antológico, que gerou profundos debates sobre a natureza da verdade e o papel das mídias na construção da realidade.








Dia 08, às 16h:

Reprise dos programas: Trópicos Audiovisuais e Paradigmas da Latinidade

Às 20h:

AO SUL DO CONE SUL

Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai

Seleção 2 Curadoria de Jorge La Ferla

Programa II: MÁQUINAS E IMAGINÁRIOS

Os jogos da criação, em propostas formais radicais que nos remetem a uma visão do mundo através de temáticas políticas e diários íntimos. Uma trama de visões em que o campo pessoal é associado a diversas leituras do ambiente, externo e interno, como auto-referência dos autores e dos meios tecnológicos audiovisuais que utilizam.

La Progresión de las Catástrofes

Gustavo Galuppo

Argentina, 2004, 8’55’’

Reflexão sobre o cinema e sua mitologia com base em imagens de arquivo combinadas com filmes hollywoodianos.

Catastrophes Libertad

Héctor Solari

Uruguai, 2004, 5’45’’, vídeo

Passeio por uma paisagem fotográfica que, a partir de uma imagem a princípio puramente tátil, transforma-se aos poucos no registro de uma catástrofe televisionada. O nome remete à prisão homônima de Libertad [Liberdade], que os militares construíram para os presos políticos uruguaios durante a ditadura (1973-1985): cruel ironia dos vencedores.

Mala Sangre (Todo sobre la Mujer Inmunda)

Silvia Cacciatori

Uruguai, 2001, 4’12’’

Leitura sarcástica do olhar católico sobre a mulher como ser imundo, a partir de citações bíblicas e da combinação de ícones religiosos femininos. Mala Sangre é uma obra de arte sacra sobre as passagens bíblicas que fazem referência à mulher quando está “naqueles dias”, “nos dias difíceis”, “nos dias inevitáveis”, quando está “doente”, “incomodada” ou simplesmente “histérica”, ou seja, quando está menstruando.

Derechito al Altar

Carolina Comas

Uruguai, 2006, 4’50’’, DVCam

Comas subverte essa ordem estereotipada da mulher moderna e apresenta, a partir dos códigos associados aos tipos de mulher, eventos que evidenciam a fragilidade dos compromissos, as marcas do desejo do outro. A diretora torna essa ordem visível e, ao subvertê-la, postula uma saída sem assumir a bandeira do feminismo clássico, reivindica a atitude de gênero e critica as exigências da sociedade e do mercado em relação aos papéis do homem e da mulher.

Una Tarde

Carlos Trilnick

Argentina, 2000, 6’

O recurso do movimento reverso e a superposição de várias imagens no mesmo quadro propõem a reflexão sobre futuros alternativos; uma trilha carregada de silêncios e sutilezas sonoras intensifica a percepção de um tempo dilatado, rarefeito e reversível a partir do vídeo.

Mira

Enrique Ramírez Figueroa

Chile, 2004, 8’45’’, DVCam

Saltar no vazio tem parentesco com os atos de fé. O coração salta com ele, acompanha-o no vôo incerto, porém fulgurante, de sua certeza. Ensaio audiovisual em forma de desafio perceptivo que força o espectador a tomar uma decisão entre a contemplação de uma imagem ou a leitura de um diálogo em chat.

Sans Titre (Blindfold)

Carolina Saquel

Chile, 2006, 4’22’’, Gp3 transferido para DVD

Sans Titre (Blinfold) é o resultado de uma encomenda de realização feita com telefones celulares. Constitui-se a partir de uma reflexão sobre a narração e, mais particularmente, sobre as histórias que o cinema nos propõe. A tela vazia, ainda sem imagem, momento de expectativa e de silêncio durante a chegada dos espectadores, que “esperam” o aparecimento de uma imagem que não chega. Afinal, quem conta a história?

Das Kapital

Marcello Mercado

Argentina, 2003, 17’10’’, Betacam

Trabalho realizado digitalmente. Diferentes operações matemáticas vão se desenrolando na imagem, enquanto legendas se desenrolam para reforçar as idéias decorrentes da imagem não figurativa. Alusões nos textos a diferentes autores, como Lacan e Marx. Drástica mudança de estética quando se mostram imagens de cadáveres sem nenhum tipo de prurido.


Dia 09, às 16h:

Reprise do Programa: Máquinas e imaginários

Às 20h:

DE 0 A 4000 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR. UM OLHAR VERTICAL

Países Andinos e Cuba

Seleção 2 Curadoria de Marta Lucía Vélez

Programa II: DE DOMÍNIO PÚBLICO

Nesta seleção, foram incluídas obras que, sem restrição, transcendem o discurso local. Por um lado, artistas que desenvolvem escritas inquietantes e interpretativas sobre temáticas densas que têm alguma importância na sociedade atual. Por outro lado, há trabalhos de caráter mais sociológico.

Nuevas Consideraciones sobre la Imagen

José Alejandro Restrepo

Colômbia, 2007, 8’55’’, vídeo

As novas considerações sobre a imagem são, na verdade, muito antigas: vêm pelo menos do século VIII. A luta pelas imagens é parte essencial do butim do espaço teológico-político. A tecnologia da imagem sofistica-se, mas a retórica é a mesma dos debates bizantinos. Aqui temos um exemplo recente que atualiza o debate.



Habana Solo

Juan Carlos Alom

Cuba, 2000, 14’30’’, filme 16 mm, preto-e-branco, revelado à mão

Neste filme, revelado à mão pelo realizador, assistimos a uma sinfonia de imagens e sons pelas ruas de Havana. As imagens da lente livre da câmera de Alom, sem mais palavras do que as solitárias improvisações de alguns músicos importantes de Cuba, de variadas tendências, falam-nos da cidade que os habita e em que habitam.

White Balance (To Think Is to Forget Differences)
François Bucher

Colômbia, 2002, 32’, vídeo

Esta obra é um esforço para descobrir as geografias do poder, as fronteiras do privilégio. A obra visita esse problema sob diferentes ângulos, criando curtos-circuitos de sentido que, por sua vez, contam com o suporte de encontros audiovisuais inéditos. Imagens de várias fontes, da internet e da televisão, misturam-se a imagens feitas em Manhattan antes e depois dos atentados de 11 de setembro.

Retratos Familiares

Carlos Eduardo Monroy

Colômbia, 2003, 11’, vídeo

“A familia perfeita” é o objetivo de qualquer câmera que se disponha a fazer um retrato de familia; por isso, as mulheres procuram o melhor vestido e os homens combinam tudo com a gravata. Tudo deve estar perfeito para que, no momento de dizer “xis”, a criança não se mexa, o nó da gravata esteja reto e os penteados não se desmanchem.

Dia 10, às 16h:

Reprise do Programa: De Domínio Público

Às 20h:

DUAS TENSÕES E UMA SÓ

América Central e México

Seleção 2 Curadoria de Elías Levin


Programa II: OUTRAS CONVERGÊNCIAS

Este programa abre com a tecnologia de ponta – as telas e câmeras móveis dos celulares – e fecha com o princípio que levou ao nascimento da produção e reprodução da imagem: a câmera obscura. Ao longo da projeção convergem muitos caminhos, tal como confluíram com o passar do tempo tantos outros para o deslocamento da prática audiovisual. No entanto, a convergência mais importante não deixa de ser a que os espectadores têm de ter necessariamente com o realizador para poder compartilhar a distancia, ainda que seja de maneira desacelerada, as experiências comuns.

Anomia

Bayardo Escober (Bayardo Acosta)

Honduras, 2007, 3’52’’, vídeo, som, colorido

A individualidade numa sociedade ou grupo social pode ocasionar reações patológicas nos indivíduos, como o suicídio, o crime, a delinqüência ou a prostituição. Este vídeo relata como um sujeito sem rosto nem voz, apesar de estar acompanhado, no final, está sozinho. Trata-se da história desolada de um sujeito alienado.

Latino Plastic Cover

Fulana

El Salvador, República Dominicana, Porto Rico, México, 2000, 1’20’’, vídeo

Primeiro projeto do coletivo Fulana, LPC é um trabalho na linha dos infomerciais da televisão a cabo para promover a última panacéia que garante manter os seus móveis limpos e sem poeira, bem como resolver todos os tipos de danos sociais que atingem a comunidade latina e muito mais.

Acción Vandálica en Mi Linda Costa Rica

Alejandro Ramírez

Costa Rica, 2004, 3’30’’, vídeo

Vídeo que parte de uma reflexão sobre o grafite e o trabalho sociológico desenvolvido com o karaokê. Concretiza-se como um trabalho de vandalismo urbano, que confronta as formas de comunicação do grafite e do folclore tradicional num karaokê que altera toda a concepção idealizada do contexto Tico.

Centroamérica Now

Regina Aguilar

Honduras, 2004, 6’10’’, vídeo, som, colorido

Centroamérica Now é uma breve resenha das mortes em massa ocorridas nas prisões de Honduras em resposta à problemática do fenômeno social das gangues conhecidas como las maras no país. As maras são agora a linha de frente do narcotráfico em Honduras. A mara veio substituir o conceito e a função da família e da escola na sociedade de vários países da América Central e até mesmo dos Estados Unidos. A mara centro-americana agora existe na Europa e inclusive dentro das tropas norte-americanas no Iraque.

Voilà L’histoire

Elías Brossoise

México, 2006, 19’30’’, vídeo, super-8, idiomas: francês, árabe, espanhol, som, colorido.

Esta produção faz parte da pesquisa que estou realizando sobre os conceitos de historicidade, contexto social e “objeto-acontecimento”. Neste caso em particular, a partir de um testemunho vinculado ao tráfico de armas em Kosovo.

Documentos 1/29, 2/29, 3/29

Ernesto Salmerón

Nicarágua, 2003, 6’30’’, vídeo, material reciclado

Documento 1/29, Ernesto Salmerón, Nicarágua, 2003, 3’47”

Documento 2/29, Ernesto Salmerón, Nicarágua, 2003, 0’51”

Documento 3/29, Ernesto Salmerón, Nicarágua, 2003, 1’40”

Os 29 Documentos sobre a Pós-Pós-Pós Revideolução na Nicarágua fazem parte de um estudo em andamento sobre as relações entre a história e os indivíduos. Gira ao redor da desconstrução histórica dos processos relativos à existência e permanência (ou não) da revolução sandinista na Nicarágua. Os arquivos que o compõem são apresentados graças à colaboração direta dos protagonistas, ou graças à reprodução anônima de estritos colaboradores do Exército Videasta Latino-americano (E.V.I.L.).

Lesson 12

Bruno Varela

México, 2008, 3’30’’, vídeo, som, colorido

Políticas da linguagem, traduções simultâneas e outros sinais intermediados. O espectro eletromagnético é um território em disputa. O ruído contém uma mensagem cifrada, sua ressonância desdobra-se num mapa sem limites. Algo grande parece mover-se ao fundo da freqüência.

Juegos en el Parque

Jorge Albán

Costa Rica, 2004, 3’40’’, vídeo, colorido

A partir da simulação de um videogame realmente existente, este vídeo confronta a hibridação tecnológica, o tempo virtual e a exploração implícita da violência como forma de entretenimento, que se revela através do diálogo inocente de duas meninas que se divertem ao matar. Estimula-se, assim, o questionamento sobre a violência e a forma de relação com o poder.



Película con Muertos y Toda la Cosa
Enrique Favela

México, 2001, 7’52’’, 16 mm estenopeico, preto-e-branco

Película con Muertos y Toda la Cosa é uma visão do visceral. Visão de músculos, nervos e membranas. Visão do que resta: nada. A palavra autópsia significa ver por si mesmo, sendo usada como sinônimo de necropsia ou exame post-mortem.

PROGRAMAÇÃO CINEMA CURITIBA (antecipada)

De 27 de fevereiro a 5 de março de 2009

Domingo, dia 1º de março – ingresso a R$ 1

CINEMATECA - Sala Groff - Rua Carlos Cavalcanti, nº 1.174 – fones: (41) 3321-3270 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h30) e (41) 3321-3252 (diariamente, das 14h30 às 21h) – www.fccdigital.com.br

AMADORES DE FUTEBOL, Brasil/PR, 2008, direção de Eduardo Baggio – Documentário sobre o futebol amador nas principais regiões do Paraná – 78’.

Classificação livre

Sessão às 16h

Ingresso a R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia entrada)

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Cinema de Animação

Dias 27 e 28

Sessão às 20h – Entrada franca

Classificação 16 anos

PROGRAMAÇÃO:

ONDE ANDARÁ PETRUCIO FELKER? – Brasil/RJ, 2001, direção de Allam Sieber. A conturbada trajetória do artista plástico performático Petrucio Felker – 13’.

02. CONJUNTO RESIDENCIAL, Brasil/SP, 2005, direção de Adams Carvalho e Olivia Brenga – Numa tediosa noite de sábado, um morador de um prédio residencial decide fixar um trampolim na janela de seu quarto – 5’.

ENGOLERVILHA, Brasil/RJ, 2003, direção de Marão. Com a participação dele e Fernando Miller, Fabio Yamaji, Cláudio Roberto, Carlos D. e Damian – Trabalho coletivo composto de vinhetas bizarras ou escatológicas. Pense no que uma ervilha pode sugerir numa animação... – 8’.

DESIRELLA/SP, Brasil, 2004, direção de Carlos Eduardo Nogueira – Vivendo num conto de fadas, a velha Desirella obtém um par de sapatos que a torna jovem, numa desesperada tentativa de transcendência – 11’

DEU NO JORNAL/PR, Brasil, 2005, direção de Yanko Del Pino – Um solitário e suas fantasias desenhadas em esferográfica num jornal velho – 3’.

PAX, Brasil/PR, 2005, direção de Paulo Munhoz – Quatro religiosos se reúnem para discutir a violência do mundo atual e encontrar uma resposta para isso – 14’.



Mostra de Filmes dos Alunos do Curso de Cinema Digital do Centro Europeu

Dia 1º de março, sessão às 20h – Entrada franca

Classificação 14 anos

Filmes para mídias digitais: CORTE SÚBITO (Direção de Cristiano Cardoso) / POR CARIDADE (Direção de Fábio Barreira) / SANTA SACANAGEM (Direção de Loreane de Castro Ribas)
Filmes de curta-metragem: PATRULHA (Direção de Mário Schaffer e Marcel Talamini) / O SONHO DE RHONABRY - Direção de Cristiano Cardoso.

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VISIONÁRIOS

A produção audiovisual na América Latina

De 2 a 10 de março de 2009


De 27 de fevereiro a 5 de março de 2009

Domingo, dia 1º de março – ingresso a R$ 1

CINE LUZ Rua XV de Novembro, nº 822 – fones: (41) 3321-3270 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h30) e (41) 3321-3261 (diariamente, das 14h30 às 21h) www.fccdigital.com.br


LUZ SILENCIOSA (México/França/Alemanha/Holanda 2007 – 127’). Direção de Carlos Reygadas, com Elizabeth Ferr, Jacobo Klassen, Maria Pankratz. Um homem casado se apaixona por outra mulher, contrariando as regras da comunidade em que vive. Classificação 12 anos

Sessão às 15h

Domingo, dia 1º de março - sessão às 17h30

DESERTO FELIZ (Brasil/Alemanha – 2007 – 88’). Direção de Paulo Caldas, com Peter Ketnath, Nash Laila, Zezé Motta. Jéssica é uma jovem de 14 anos que vive em Deserto Feliz, uma cidade do sertão pernambucano. Após ser violentada pelo padrasto, sob o olhar cúmplice de sua mãe, ela decide fugir para Recife. Ao chegar à cidade ela passa a trabalhar no turismo sexual, até conhecer o afeto através de Mark, um turista alemão. Classificação 16 anos

Sessões às 17h30 e 20h

Domingo, dia 1º de março – sessão somente às 20h



KIRIKOU – OS ANIMAIS SELVAGENS (Kirikou et lês Bêtes sauvages – França/2005 – 75’). Animação dublada. Direção de Bénédicte Galup e Michel Ocelot. Kirikou é menino muito pequenino, nascido em uma aldeia da África Ocidental. O garotinho não alcança nem o joelho de um adulto, mas terá de enfrentar a poderosa e malvada Karabá, feiticeira que secou a fonte d’água da aldeia de Kirikou, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Nessa aventura, o garotinho enfrenta muitos perigos e percorre lugares que somente pessoas pequeninas poderiam entrar. Classificação livre

Domingo, dia 1º de março – sessões às 10h30 e 15h

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Jornal O Popular recebeu 13 prêmios de jornalismo em 2008

Reportagens e fotografias feitas por profissionais da publicação chegaram à final em premiações nacionais, entre elas, o Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, e ganharam troféus e menções honrosas em concursos como o AMB Centro-Oeste, Vladimir Herzog e Embratel

O Jornal O Popular – pertencente à Organização Jaime Câmara (OJC) – fechou o ano de 2008 como uma das publicações mais premiadas da região Centro-Oeste do Brasil. As reportagens produzidas por profissionais das áreas de redação e fotografia da publicação receberam, no ano passado, 13 troféus e menções honrosas e chegaram à final de outros prêmios nacionais, como o Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, neste último com o texto “Trabalho infantil abre as portas para o abuso sexual”, vencedor também de menção honrosa no 25º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo.
Algumas das reportagens premiadas foram: “Jovens marcados para morrer”, de Vinícius Sassine, campeão do Prêmio AMB Regional Centro-Oeste; “O acidente que nunca acaba”, de Deire Assis, Marília Assunção, Carla Borges, Isabel Czepak e Vinícius Sassine, que levou o Prêmio Embratel/Região Centro-Oeste; “Violência no estádio de futebol”, fotografia de Cristiano Borges, menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog – uma das mais conceituadas premiações do jornalismo brasileiro; e “Aves brasileiras”, do fotógrafo Weimer Carvalho, ganhador do Prêmio Especial no 2º Concurso Avistar Itaú BBA de Fotografia.
De acordo com o Luiz Fernando Rocha Lima, diretor de jornalismo da Organização Jaime Câmara, estas conquistas são reflexo dos investimentos em treinamento, tecnologia e estrutura de trabalho que o grupo tem feito nos jornais e representam o alto nível de profissionalismo dos repórteres e fotógrafos da publicação “É um sinal de que qualidade, seriedade, competência e ética no jornalismo – pilares do nosso contínuo trabalho – geram reconhecimento”, afirma.

Prêmios recebidos em 2008:
• Prêmio Inca - Vinícius Sassine - Pesquisa revela mutações genéticas em vítimas do césio
• Prêmio Embratel - regional Centro-Oeste - Vinícius Sassine, Deire Assis, Marília Assunção, Carla Borges e Isabel Czepak - O acidente que nunca acaba
• Prêmio AMB de Jornalismo - regional Centro-Oeste - Vinícius Sassine - Jovens marcados para morrer
• Prêmio Especial no 2º Concurso Avistar Itaú BBA de Fotografia - Aves Brasileiras - Weimer Carvalho
• Prêmio Crea - Evandro Bittencourt, Maria José Braga, Heloísa Lima - Mudanças climáticas vão afetar a produção
• Prêmio Sistema Fieg de Comunicação - 1º lugar impresso - Jarbas Rodrigues - Por que Goiás cresce acima da média nacional
• Prêmio Sistema Fieg de Comunicação - 2º lugar impresso - Vinícius Sassine - Lixo é grande desafio do segundo mandato de Iris
• Prêmio Sistema Fieg de Comunicação - 3º lugar impresso - Sônia Ferreira - Gigante da mineração
• Prêmio Sistema Fieg de Comunicação - 1º lugar fotojornalismo - Weimer Carvalho - Trabalhadores da construção civil
• Prêmio Sistema Fieg de Comunicação - 2º lugar fotojornalismo - Ricardo Rafael - Produção de cana
• Menção honrosa Prêmio Vladimir Herzog - Cristiano Borges - fotografia - Violência no estádio de futebol
• Menção honrosa 4º Prêmio New Holland de Fotojornalismo- Weimer Carvalho
• Menção honrosa 25º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo (RS) - Vinícius Sassine - Trabalho infantil abre as portas para abuso sexual
• Finalista prêmio Abracopel - Marília Assunção
• Finalista prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo - Trabalho infantil abre as portas para o abuso sexual
• Finalista 13º Prêmio Abrelpe de Reportagem - Vinícius Sassine - E o lixo, prefeito?


Sobre o jornal O Popular
Fundado há 70 anos, o jornal O Popular é líder no estado de Goiás com tiragem diária de 40 mil exemplares de segunda a sábado e 60 mil aos domingos. A publicação é lida em praticamente todos os municípios goianos e pode ser encontrada em várias capitais brasileiras.

Uni Sant'Anna abre inscrições para curso de Civilização Turco-Islâmica

A Uni Sant'Anna, em parceria com a comunidade turca no Brasil, lança o curso inédito Civilização Turco-Islâmica. As inscrições podem ser feitas na Secretaria do Centro universitário, unidade Santana (térreo do bloco I), das 9h às 21h, até o dia 20 de março (sexta-feira).

Com duração de um semestre e início em 21 de março, o curso abordará a história da Turquia, berço de diversas civilizações e considerada uma ponte entre as culturas ocidental e oriental. Costumes, educação e a rica diversidade cultural do país euro-asiático também serão abordadas nas aulas, ministradas pelo professor Mustafá Goktepe, intérprete da língua e muçulmano nativo.

A história da Turquia carrega influências de diversas civilizações antigas desde a pré-história, passando pelas grega e romana e pelos impérios bizantino e otomano. No país existe liberdade de credo e sua população é cerca de 98% mulçumana – o restante está dividida entre cristãos e judeus, principalmente. A diferença com relação a outros países islâmicos é que a Turquia é uma nação que mantém a religião totalmente separada do Estado.

"A cultura milenar turca, ao misturar-se com os ensinamentos da religião islâmica, acabou tornando-se uma das maiores e mais ricas civilizações da história da humanidade", diz o professor Goktepe. "Ao conhecer a religião Islam e a cultura turca de forma profunda, o aluno terá facilidade de perceber a riqueza e a grandiosidade dessa civilização", completa.



Serviço

Curso: Civilização Turco-Islâmica
Turma: Aos sábados, das 10h às 11h30
Valor: gratuito
Início das aulas: 21/3
Inscrições: Secretaria da unidade Santana – bloco I (térreo), das 9h00 às 21h00.
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 411 – próximo ao Metrô Tietê.
Informações: (11) 2175-8000

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O OLHAR

O Olhar
de José Ângelo Gaiarsa

152 pág.

Coleção: Psicologia/Psicodrama

Subestimamos o olhar, supervalorizamos a palavra. A frustração, a tristeza e o amor estão na cara de quem sente, nos gestos. Ainda assim, optamos por fingir que não estamos vendo. Partindo dessa constatação, J. A. Gaiarsa mostra quanta hipocrisia se gera com essa falta de olhar – tanto para o outro quanto para nós mesmos. Além disso, ressalta a importância pedagógica do olhar e a importância da visão múltipla do mesmo fato para acabar com todo tipo de repressão – na escola, na família, na sociedade.





Clique aqui para ler o
sumário e as primeiras páginas
deste livro


UM LANÇAMENTO

PROGRAMAÇÃO CINEMA CURITIBA

De 20 a 26 de fevereiro de 2009

Domingo, dia 22 de fevereiro – ingresso a R$ 1

CINEMATECA - Sala Groff - Rua Carlos Cavalcanti, nº 1.174 – fones: (41) 3321-3270 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h30) e (41) 3321-3252 (diariamente, das 14h30 às 21h) – www.fccdigital.com.br

Bola na Tela

De 20 a 26

Sessão às 16h – Entrada franca

Classificação 14 anos

OS FIÉIS, Brasil, 2003, direção de Danilo Solferini – Ficção. Três amigos contam as aventuras vividas durante uma famosa partida de futebol – 16’.

COMPROMETENDO A ATUAÇÃO, Brasil, 2006, direção de Bruno Bini, com Eduardo Espínola, Elias Bueno, Jonathan Haagensen, Michelle Vale - Ficção – As expectativas e os dilemas de um jovem jogador de futebol que tem a chance de convocação para um time de primeira divisão – 17’

IZUNE, Brasil, 2004, direção de Frederico Cardoso - Ficção – Garoto imagina ter feito contato interplanetário através de sua bola de futebol. – 10’

PERIGO NEGRO, Brasil, 1992, direção de Rogério Sganzerla, com Abraão Farc, Ana Maria Magalhães, Antonio Abujamra, Helena Ignez, Paloma Rocha – Ascensão e queda de um jogador de futebol vistas por um jogador fanático e sua mulher – 28’

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Lançamento longa-metragem:

AMADORES DE FUTEBOL, Brasil/PR, 2008, direção de Eduardo Baggio – Documentário sobre o futebol amador nas principais regiões do Paraná – 78’.

Classificação livre

De 20 a 26

Sessão às 20h

Ingresso a R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia entrada)


De 20 a 26 de fevereiro de 2009

Domingo, dia 22 de fevereiro – ingresso a R$ 1

CINE LUZ Rua XV de Novembro, nº 822 – fones: (41) 3321-3270 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h30) e (41) 3321-3261 (diariamente, das 14h30 às 21h) www.fccdigital.com.br


LUZ SILENCIOSA (México/França/Alemanha/Holanda 2007 – 127’). Direção de Carlos Reygadas, com Elizabeth Ferr, Jacobo Klassen, Maria Pankratz. Um homem casado se apaixona por outra mulher, contrariando as regras da comunidade em que vive. Classificação 12 anos

Sessão às 15h

Domingo – dia 22, sessão às 17h30



Lançamento longa-metragem:

DESERTO FELIZ (Brasil/Alemanha – 2007 – 88’). Direção de Paulo Caldas, com Peter Ketnath, Nash Laila, Zezé Motta. Jéssica é uma jovem de 14 anos que vive em Deserto Feliz, uma cidade do sertão pernambucano. Após ser molestada pelo padrasto, sob o olhar cúmplice de sua mãe, ela decide fugir para Recife. Ao chegar à cidade ela passa a trabalhar no turismo sexual, até conhecer o afeto através de Mark, um turista alemão. Classificação 16 anos

Sessões às 17h30 e 20h

Domingo – dia 22, sessão somente às 20h




KIRIKOU – OS ANIMAIS SELVAGENS (Kirikou et lês Bêtes sauvages – França/2005 – 75’). Animação dublada. Direção de Bénédicte Galup e Michel Ocelot. Kirikou é menino muito pequenino, nascido em uma aldeia da África Ocidental. O garotinho não alcança nem o joelho de um adulto, mas terá de enfrentar a poderosa e malvada Karabá, feiticeira que secou a fonte d’água da aldeia de Kirikou, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Nessa aventura, o garotinho enfrenta muitos perigos e percorre lugares que somente pessoas pequeninas poderiam entrar.

Classificação livre

Domingo, dia 22 – sessões às 10h30 e 15h