sábado, 6 de junho de 2009

O CRIME DO RESTAURANTE CHINÊS





O CRIME DO RESTAURANTE CHINÊS
- Carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30

Boris Fausto


Páginas 264


Trecho de O Crime do Restaurante Chinês, de Boris Fausto

Capítulo 1
As vítimas e a São Paulo dos Imigrantes

Ho-Fung viera da China em 1926, cruzando oceanos, para encontrar a morte violenta em São Paulo. Antes dele chegara a São Paulo seu primo, Antônio Akui, que, sabedor de suas dificuldades, lhe forneceu passagem e colocação em um restaurante, de propriedade de João Akiau Ching, seu futuro cunhado. Ho-Fung veio acompanhado de João Ho Det Men, que foi trabalhar em outro restaurante, o da rua Wenceslau Braz número 13, de propriedade de Akui na ocasião.

Alguns anos após sua chegada ao Brasil, através de João Akiau, Ho-Fung conheceu a irmã deste, Maria Akiau Ching. Era brasileira, filha de chineses que tinham morado inicialmente no Rio de Janeiro, depois em Araraquara, no interior do Estado, transferindo-se por fim para a capital paulista em 1932. Ho-Fung e Maria passaram do conhecimento ao namoro, e se casaram em 1933.

Nesse ano ocorreu a morte da mãe de Maria, que deixou uma pequena herança - uma casa em Araraquara, vendida pelos nove filhos herdeiros. Foi com o dinheiro dessa herança que o casal instalou seu restaurante na rua Wenceslau Braz número 13, aproveitando uma boa oportunidade; o local ficara vago, pois o primo de Ho-Fung, Antônio Akui, jogador inveterado, levara o antigo restaurante à falência.

A família de Maria Akiau fazia um continuado esforço de integração no país. Seus membros se converteram ao catolicismo e optaram pela utilização de primeiros nomes usuais no Brasil, formando combinações curiosas, como a do nome do patriarca - Joaquim Akiau Ching. O fato de o "mercado matrimonial" intraétnico ser muito reduzido para os chineses também concorreu para que os filhos e filhas do casal imigrante Joaquim e Maria tendessem a casar com brasileiros, italianos, espanhóis. O casamento da filha Maria Akiau com Ho-Fung foi, assim, uma exceção.

Em mais um claro indício de inserção no meio brasileiro, a família Akiau mandou celebrar missa de sétimo dia, na Igreja do Convento de São Francisco, convidando parentes e amigos através de anúncio em O Estado de S. Paulo, de consideráveis proporções. Nele figura um anjo, de asas bem maiores do que o corpo, ajoelhado diante de uma coluna partida, como símbolo a um tempo banal e expressivo de vidas truncadas muito cedo.

Não convém, entretanto, estender a outras situações a integração da família Akiau à terra a que haviam chegado como emigrantes. Em geral, era difícil para os chi- neses adaptar-se aos costumes brasileiros, comunicar-se ou garatujar uma simples assinatura em caracteres latinos, tanto mais que, via de regra, eram pessoas de instrução elementar. Mesmo assim, faziam um esforço para se acomodar ao meio brasileiro, porque, se tinham chegado ao país com desejos de retorno, tal como ocorria com os japoneses, sabiam que o retorno integrava um horizonte distante. Poucos chegaram a atingi--lo e a grande maioria aqui ficou, seja por falta de recursos, seja porque as turbulências no país de origem desaconselhavam a volta. Tentavam aprender, bem ou mal, a língua portuguesa - não por acaso havia um dicionário no cofre de Ho-Fung -, pois, entre outros fatores, a língua era um instrumento valioso para atender os clientes de seus negócios. Negócios que giravam não só em torno dos restaurantes, formando uma rede nutrida pelo parentesco e pelas amizades, mas também dos pastéis vendidos nas feiras livres, sempre acompanhados de caldo de cana, e esfumaçadas tinturarias.

A colaboração de Maria Akiau nas atividades do estabelecimento da rua Wenceslau Braz não se limitou à contribuição financeira inicial. Tanto quanto o marido, ela tinha experiência anterior na gerência de restaurantes chineses, que a família ou compatriotas abriam e às vezes fechavam. Juntos - era opinião geral - estavam se saindo muito bem nos negócios. Para que o restaurante prosperasse, o público frequentador não podia se limitar à comunidade chinesa. Graças ao preço e à introdução de alguns pratos mais condizentes com o gosto dos paulistanos, Ho-Fung e Maria aos poucos atraíram uma clientela de empregados de escritórios, principalmente de advogados, estabelecidos na praça da Sé e adjacências, dada a proximidade com o Palácio da Justiça.

Mas mesmo antes da expansão do restaurante há indícios de boa condição do casal. Numa fotografia do casamento - por certo um momento excepcional que fugia à rotina -, Ho-Fung ostenta um smoking escuro, camisa branca de colarinho engomado e gravata-borboleta. Maria traja um longo vestido de noiva, cuja saia branca se espraia pelo chão e segura nas mãos um ramalhete de flores. Uma grinalda completa o arranjo. Os dois parecem muito sérios, não obstante tratar- -se de um momento de júbilo em suas vidas. Essa foto de uma cerimônia privada, comum a tantos outros casais, tornou-se pública por força do que aconteceria depois. E quem a contempla hoje, estampada nas páginas amarelecidas de um jornal, depois de ter visto as cenas da chacina constantes do processo do crime, tende a fundir o smoking escuro, a camisa branca, os colarinhos engomados, a gravata-borboleta, a grinalda, as flores, o vestido de noiva com as imagens dos dois corpos inertes - um estendido no cimento de um corredor escuro, em meio a trapos e garrafas vazias; o outro, estatelado no chão, ao lado da cama de casal, os bastos cabelos espalhados à sua volta.

Na década de 1930, São Paulo já não era a "cidade italiana" do início do século, e sim um centro urbano, com cerca de 1,3 milhão de habitantes, em que emigrantes da Europa e da Ásia se misturavam aos velhos paulistanos e aos cabeças- -chatas, como eram chamados depreciativamente os trabalhadores que começavam a chegar do Nordeste em grande número. Nessa paisagem humana, os chineses constituíam um grupo diminuto, representado por não mais do que duzentas pessoas, quase todas provenientes da província de Cantão. Esse quadro poderia ter sido muito diverso se o ponto de vista dos defensores da introdução dos "chins" no Brasil, principalmente para substituir o trabalho escravo na cafeicultura paulista, tivesse sido vitorioso, no acre debate que se travou sobre o tema nas últimas décadas do século xix. Contra a opinião favorável à vinda dos chineses, por serem mão de obra mais barata e supostamente mais dócil do que a proveniente da Europa, prevaleceu a visão em tudo oposta. Os "coolies" - trabalhadores sem nenhuma especialização -, no imaginário dos adversários, eram homens corruptos por natureza, eivados de maus costumes, narcotizados física e moralmente pelo ópio, incapazes de suportar o trabalho braçal. Desse modo, até meados do século xx, a emigração chinesa para o Brasil foi muito residual, ficando à margem das grandes vagas emigratórias que partiram da China para o Canadá, os Estados Unidos, o Peru e Cuba.3

O fato de São Paulo ter se tornado uma cidade multiétnica não significava que seus habitantes chegassem a absorver da mesma forma as várias etnias imigrantes. Uma coisa eram os italianos, espanhóis ou portugueses, que podiam ser objeto de estereótipos, de chistes, gerados tanto pela antiga população paulistana quanto por um grupo étnico tratan- do de desqualificar o outro, mas se sentiam pertencentes à cidade. Outra coisa era gente como os "amarelos", vistos como seres exóticos e distantes.

O cinema americano contribuiu para potenciar a imagem negativa dos chineses. O típico exemplo da suprema maldade, do "perigo amarelo" encarnado num único homem, foi o dr. Fu Manchu, criado por um romancista inglês, Sax Rohmer. Ao publicar as primeiras histórias, Rohmer descreveu o insidioso dr. Fu Manchu como uma pessoa alta, magra e felina, de ombros salientes, com sobrancelhas semelhantes às de Shakespeare e uma face de Satã, crânio raspado, olhos magnéticos e alongados, de um verde de olhos de gato. O dr. Fu Manchu personificava a astúcia cruel de toda a raça asiática, acumulada em um intelecto gigante, com todos os recursos da ciência do passado e do presente, "o perigo amarelo encarnado em um único homem". Mestre do crime, o personagem desdenhava de revólveres e explosivos, utilizando membros de sociedades secretas, armados de facas, cobras peçonhentas, fungos e bacilos, aranhas negras, armas químicas, para praticar seus crimes. Em compensação, o detetive sino-americano Charlie Chan, por um tempo a serviço da polícia no Havaí, era muito mais esperto do que os policiais brancos na apuração de crimes misteriosos, apesar dos gestos lentos e do inglês com forte sotaque. Os filmes de Fu Manchu e de Charlie Chan foram exibidos em São Paulo e outras cidades brasileiras nas décadas de 1930 e 1940, atraindo sempre grande público.

O LIVRO

Em O crime do restaurante chinês, o historiador Boris Fausto recorre aos arquivos da história e da memória pessoal para narrar e analisar um dos acontecimentos policiais que mais mobilizaram a opinião pública paulistana. Ele era um menino quando, logo depois de um animado carnaval de rua, a cidade não falava de outra coisa: um homem negro era acusado de matar o ex-patrão e mais três pessoas com terríveis golpes de pilão.
O historiador narra o processo das investigações com a maestria de um romancista. O enredo lhe serve de mote para discutir vários temas cruciais para a historiografia do período. Um deles é a relação entre migrantes, imigrantes e trabalhadores marginalizados numa São Paulo cada vez mais populosa. Outro é a aplicação judicial e policial de doutrinas racistas, que então recebiam o endosso de cientistas de prestígio, e ajudaram a incriminar Arias de Oliveira, jovem negro do interior, ex-empregado do restaurante. Fausto comenta também o declínio do carnaval de rua paulistano, e, depois, a comoção futebolística que tomou conta da cidade com a participação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1938. As fontes dessa reconstrução do passado são basicamente a memória do autor e os vários jornais e órgãos de imprensa que mobilizavam a opinião pública, muitas vezes com sensacionalismo.
A análise de Fausto ajuda o leitor a perceber o "fio da sensibilidade" que ligava o carnaval, os assassinatos hediondos e a Copa do Mundo. Por meio dele, seria possível até que a figura antes temida de Arias terminasse associada à do adorado Leônidas, outro brasileiro negro, goleador da seleção nacional nos campos da França.

O AUTOR


Boris Fausto
Nasceu em 1930, em São Paulo. É historiador e professor do Departamento de Ciência Política da USP. Vencedor de dois prêmios Jabuti, prepara agora uma biografia de Getúlio Vargas, além do volume 2 do livro Negócios e ócios.

Obras publicadas por outras editoras:
- Trabalho urbano e conflito social. São Paulo, Difel, 1975.
- Crime e cotidiano. São Paulo, Brasiliense, 1984.
- História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1994.

Obras traduzidas no exterior:
- A concise history of Brazil. Inglaterra, Cambridge University Press, 1999.

Obras do autor publicadas pela Companhia das Letras

O CRIME DO RESTAURANTE CHINÊS

GETÚLIO VARGAS

NEGÓCIOS E ÓCIOS

A REVOLUÇÃO DE 1930

LANÇAMENTO







O filho da mãe

Na coleção Sabiá

O filho da mãe

de Bernardo Carvalho



206 pp


"Quando meu tio foi preso, em 51, minha avó encontrou Akhmátova entre as mulheres que esperavam notícias dos maridos e dos filhos, do lado de fora da prisão Kresty. Ao reconhecê-la, minha avó se aproximou de Anna Akhmátova, que ela havia lido e admirado quando era moça, e que tinha sido silenciada, e pediu que voltasse a escrever poemas, que escrevesse sobre as mulheres e as mães à espera dos maridos e dos filhos do lado de fora dos muros de Kresty."

Bernardo Carvalho, in O filho da mãe



O AUTOR

Bernardo Carvalho (n. 1960, Rio de Janeiro) é jornalista e autor de, entre outros, Aberração (contos), Teatro (romance), Nove noites (romance, prémios PT e Machado de Assis, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro), Mongólia (romance, prémio Jabuti e APCA) e O sol se põe em São Paulo (romance). É considerado o mais original escritor brasileiro dos anos 90. Traduzida já para mais de dez idiomas, a sua escrita depurada, urbana e cerebral, em que nada é o que aparenta ser, agarra o leitor como um vício.
O filho da mãe é o seu romance mais recente.


Obras do autor na COTOVIA


Teatro
Nove Noites
Aberração
Mongólia
Mongólia (BI)
O sol se põe em São Paulo
O filho da mãe

Um lançamento da



A cidade ilhada

Na coleção Sabiá

A cidade ilhada

de Milton Hatoum



128 pp.


"Ela, Emilie, tinha uns amigos que meu avô considerava esnobes e altivos. Quando esses amigos se reuniam em casa para jogar gamão ou conversar e fumar narguilé sob a parreira do pátio, meu avô ficava calado, e seu olhar dizia que as visitas eram inconvenientes. Mas o velho não se importava quando Emilie citava com frequência dois amigos esquisitos e esquivos. Um deles era Armand Verne: “um homem muito imaginoso, com trejeitos de dândi e que já morou em Lisboa, Luanda e Macau antes de chegar a Manaus”. Armand Verne falava vários idiomas e era um estudioso de línguas indígenas. Em Manaus, empenhava-se em realizar um curioso trabalho filantrópico: insuflar (discretamente) os índios contra os padres e patrões e promover a cultura indígena. Para tanto, fundou a Sociedade Montesquieu do Amazonas, cujo lema era “educar para libertar”. Felix Delatour, o outro amigo de Emilie, era um bretão circunspeto, quase albino, que sofria de uma enfermidade rara: o gigantismo. Lecionava francês e, ao contrário de Verne, nunca fundou uma sociedade filantrópica ou algo semelhante. Os amigos esnobes de Emilie não me interessavam, mas Felix Delatour e Armand Verne aguçaram minha curiosidade."

Milton Hatoum, "A natureza ri da cultura", in A cidade ilhada





O AUTOR

Milton Hatoum nasceu em Manaus, em 1952. É autor dos romances Relato de um certo Oriente (1999), Dois irmãos (2000), Cinzas do Norte (2005), publicados em Portugal por Livros Cotovia. Os seus três romances foram galardoados com o Prémio Jabuti, tendo Cinzas do Norte sido igualmente distinguido com os Prémios PT de Literatura Brasileira e APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). A cidade ilhada é o seu primeiro livro de contos. A sua obra está também publicada nos Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França, Grécia, Inglaterra, Itália, Holanda e Líbano.


Obras do autor na COTOVIA
Relato de um certo Oriente
Dois irmãos
Cinzas do Norte
A cidade ilhada

Um lançamento da



PALESTRA "O USO DO TWITTER NA COMUNICAÇÃO"

O Clube de Comunicação, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, realiza no próximo dia 18 de junho (quinta-feira) palestra com Daniel Tussini Onida, da IBM Brasil, no auditório do sindicato. Onida falará sobre sua experiência com o uso do Twitter na comunicação corporativa.

O Twitter está sendo usado cada vez mais pelas empresas em todo o mundo como instrumento de comunicação com seus públicos. O Brasil já chega à marca de 1 milhão de usuários de acordo com números do Ibope/NetRatings. Lançado em 2006 por uma rede privada, em São Francisco, o Twitter começou a ganhar força no Brasil em 2008. São microposts com, no
máximo, 140 caracteres que, inicialmente, tinham como proposta responder: ‘What are you doing?’

As possibilidades de uso corporativo do Twitter como ferramenta de comunicação ainda não foram totalmente exploradas. Muito utilizado durante as Olimpíadas em Pequim e ao longo da campanha à presidência de Barack Obama, o Twitter já está incorporado em coberturas jornalísticas em tempo real.

Sobre o palestrante
Membro da diretoria do Clube de Comunicação e associado ao Rotary Club, o relações públicas Daniel Tussini Onida é atualmente o responsável pelo relacionamento com clientes dos Estados Unidos e Canadá, da IBM Brasil. Anteriormente trabalhou como relações públicas do Consulado Geral do México no Rio de Janeiro.

Especialista em Educação Superior, Relações Públicas, pela Universidade Gama Filho, com extensão em Língua e Cultura Espanholas pela Escola Diplomática de Madri, Espanha, possui ainda proficiência atestada por governos estrangeiros em Espanhol, Inglês, além de Francês, Esperanto, Galego e Russo.

A experiência de Daniel na área de comunicação é focada em relações públicas e propaganda. Tradutor e revisor espanhol-português-espanhol atua também como produtor cultural, tendo produzido importantes exposições no Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Cultural da Justiça Federal, Galeria Manuel Bandeira e Museu Histórico Nacional, todos no Rio de Janeiro, e no Museu do Estado, em Recife, PE.

Serviço:
Palestra: O USO DO TWITTER NA COMUNICAÇÃO
Palestrante: Daniel Tussini Onida
Data: 18 de junho – das 19h às 21h (Inscrição gratuita)
Local: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
Rua Evaristo da Veiga 16/17º andar (metrô Cinelândia)

Confirme sua presença com:
better@background.com.br
tsantos@tfscomunicacao.com.br

Supremo julga obrigatoriedade do diploma no dia 10/06

O Supremo Tribunal Federal inseriu na pauta da próxima quarta-feira (10/06) o julgamento da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Porém, existe a possibilidade do julgamento ser adiado novamente, já que o ministro Marco Aurélio declarou que levará o caso do menino Sean para ser apreciado na próxima sessão plenária.

O julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a necessidade de formação superior para a obtenção do registro profissional, já foi adiado em uma oportunidade. Ele foi inserido na pauta do dia 01/04, mas não foi discutido por falta de tempo na sessão.

A discussão em torno do tema teve início em 2001, quando a juíza Carla Rister concedeu liminar suspendendo a exigência do diploma, acatando pedido do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo.

Em 2005, o Tribunal Regional Federal revogou o entendimento de primeira instância, e o diploma voltou a ser obrigatório. Entretanto, o Ministério Público Federal recorreu e o caso foi para o STF.

No final de 2006, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, suspendeu temporariamente a obrigatoriedade do diploma até que o caso seja julgado no Tribunal, o que pode acontecer na próxima semana.

Confira os lançamentos programados para São Paulo e Belo Horizonte

São Paulo - Na trilha do arco-íris: Do movimento homossexual ao LGBT, de Júlio Simões e Regina Facchini, será lançado no dia 08/6, segunda-feira, das 18h30 às 21h30, na livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509 - São Paulo). Haverá um bate papo com os autores e sessão de autógrafos.

Belo Horizonte - Leituras críticas sobre Leonardo Boff, organizado por Juarez Guimarães, será lançado no dia 09/6, dentro do projeto Sempre Um Papo, numa parceria da Editora da UFMG e da EFPA com a CEMIG. O evento acontece no Auditório Colégio Santo Agostinho (rua Aimorés, 2679), às 19h30.

PORTO7

O Festival Porto7 decorre de 10 a 14 de Junho, no Museu Nacional de Soares dos Reis, na cidade do Porto. A organização recebeu este ano mais de 350 curtas-metragens para selecção, oriundas de 41 países de todo o mundo.

A apresentação do programa oficial do Porto7, teve lugar no passado dia 4, na FNAC de Sta Catarina.

A apresentação teve inico com a projecção da curta-metragem "El hombre orquestra" dos realizadores espanhóis, Martin Rosete e Luis Angel Perez. Seguidamente Elsa Santos Costa (produtora executiva do Festival Porto7) fez uma apresentação do Festival e divulgou o programa em detalhe. No final foi apresentado o Spot do Festival Porto7. Para terminar o director do Festival (Francisco Ávila) lançou o desafio a todos os presentes de visitarem este Festival de entrada gratuita, num espaço muito especial na cidade do Porto.


PORTO7
Festival Internacional de
Curtas-metragens do Porto
10 a 14 de Junho 2009

Baque Solto mostra produção musical no Teatro Paiol


Composições inéditas e canções conhecidas integram o repertório do show que acontece às 20h desta terça-feira (9).

O grupo Baque Solto é a atração da próxima edição do programa Terça Brasileira, desenvolvido pela Fundação Cultural de Curitiba. O espetáculo Outros Baques foi selecionado pelo Edital Música em Pauta, do Fundo Municipal da Cultura, e acontece às 20h desta terça-feira (9), no Teatro Paiol. O repertório reúne composições próprias, mesclando obras inéditas – como Madrugada, Forrozen e Ribeirão – a canções conhecidas, entre elas Zanzimbá, que foi selecionada para a final da Mostra de Música Cidade Canção (Maringá/PR), em 2005.

Formado pelos músicos Eduardo Gomide (guitarra e viola), Doriane Conceição (voz), Marina Camargo (acordeom), Marcelo Pereira (contrabaixo) e Alexandre Rogoki (bateria), O Baque Solto é um quinteto com produção autoral voltada à música popular brasileira, que atua com sucesso desde 2002. O diferencial do grupo na execução das músicas é o uso do acordeom, instrumento que, apesar de ter sido utilizado no passado como acompanhador de conjuntos de MPB, hoje tem sido pouco usado nesse tipo de música.

O resultado inusitado de tocar samba no acordeom levou à criação do slogan “música sanfônica brasileira” para identificar o repertório do Baque Solto, que desenvolve desde 2002 a proposta de executar música brasileira em seus diversos ritmos, entre eles o maracatu, baião, xote e afoxé.
O Baque Solto realiza trabalhos de composição que vão do samba ao baião, passando pelo funk e pela bossa-nova, mostrando que a grande característica do grupo é diversificar, mas sem se distanciar da música brasileira.

As composições e arranjos do grupo são trabalhados de forma a criar sonoridades próprias para a formação do quinteto, que une instrumentos acústicos, como o acordeom, e elétricos, como o contrabaixo, teclado, e guitarra, mais a bateria e a voz. Essa mistura de timbres resulta numa sonoridade própria, característica do Baque Solto.

Serviço:

Programa Terça Brasileira com o grupo Baque Solto no show Outros Baques

Local: Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/n – Prado Velho)

Data e horário: dia 9 de junho de 2009 (terça-feira), às 20h

Ingressos – R$ 10 e R$ 5

Informações de bilheteria: (41) 3213-1340

Repertório do espetáculo:

Mandinga (Tiago Portella/Talita Kuroda)

Mutum (Tiago Portella/Talita Kuroda)

Quilombo (Tiago Portella/Talita Kuroda)

Vero, Veríssimo (Doriane Conceição)

Samba pro Meu Amor (Doriane Conceição/Marcelo Pereira)

Madrugada (Doriane Conceição/Marcelo Pereira)

Ribeirão (Doriane Conceição)

Boteco da Vila (Marcelo Pereira)

Pescador (Marcelo Pereira)

Forrózen (Marcelo Pereira)

Força do Tempo (Doriane Conceição)

Ferroada (Marcelo Pereira/Doriane Conceição)

Zanzimbá (Eduardo Gomide/Daniel Farah)

Músico espanhol apresenta-se na série Guitarríssimo

O recital de Feliu Gasull abre o terceiro ano da série, que traz para Curitiba grandes intérpretes do flamenco.



A série de concertos Guitarríssimo, promovida pelo Instituto Cervantes com apoio da Fundação Cultural de Curitiba, começa uma nova temporada com a apresentação do músico espanhol Feliu Gasull, na próxima terça-feira (9), às 20h, na Capela Santa Maria – Espaço Cultural. Nascido em Barcelona, Feliu Gasull tem uma intensa vida profissional como compositor, violonista e professor. Atualmente dirige o Departamento de Música Tradicional da Escola Superior de Música da Catalunha.

A série Guitarríssimo reúne apresentações de artistas internacionais para traçar um panorama dos instrumentos associados ao violão, como a vihuela e a guitarra barroca, passando pelas guitarras românticas, pelo estilo flamenco e pelo violão moderno, em suas diversas vertentes. A série teve início em 2007, em São Paulo, e estendeu-se a outras capitais como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Salvador e também Curitiba.

Primeiro convidado da serie Guitarríssimo em 2009, Gasull escreveu mais de setenta obras para uma variedade de formações, incluindo música para violão solo, sinfônica, coral e de câmara, assim como trilhas sonoras para filme e música para dança. Muitas de suas obras de câmara e sinfônicas incluem o violão e incorporam elementos derivados do flamenco e outros gêneros populares mediterrâneos.

A música de Gasull tem sido descrita como a ligação entre Manuel de Falla e Paco de Lucia, e tem sido interpretada em inúmeras formações, como Orquesta Sinfonica de Barcelona, Santa Fe Chamber Music Orchestra Festival, Amsterdam's New Ensemble, Baltimore Chamber Orchestra, Sinfonieta de Caracas e Orquestra de Camara Teatre Lliure. Como violonista, Gasull apresenta-se em festivais, entre eles o Festival Internacional Andres Segovia, Festival Perelada, Santa Fe Chamber Music Festival e Festival Ibero-americano de Guitarra (Chile).



Serviço:

Série Guitarríssimo – Violonista Feliu Gasull

Local: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro)

Data: 9 de junho de 2009 (terça-feira), às 20h

Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (mais um quilo de alimento não perecível – promoção não cumulativa)

Informações: (41) 3321-2840

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Na pele de um dalit

Os dalits são os "intocáveis", ou impuros, no sistema de castas hindu. Estão abaixo da última das quatro castas (a dos camponeses e artesãos).

Hoje em dia esse sistema é menos rígido. Pessoas de origem dalits podem conseguir alcançar lugares de destaque na sociedade indiana.

Os Intocáveis

Os intocáveis na sociedade Hindu são aqueles que trabalham com trabalhos indignos ou considerados sujos, e outros empregos que lhes mantêm em constante contato com aquilo que o resto da sociedade indiana considera desagradável. Essas ocupações, entretanto, não são consideradas apenas como coisas desprezíveis que, não obstante, devem ser feitas por alguém. Vivem separados do resto das pessoas. Ninguém pode interferir na sua vida social, pois os intocáveis são os últimos na escala social, e não são considerados parte do sistema de castas.

Os dalits sempre estiveram condenados a trabalhos mais degradantes e mal pagos, apesar da luta de Gandhi, após a independência, e de inúmeras leis criadas na tentativa de eliminar ou amenizar os problemas que o sistema de castas acarreta. Todavia, essas leis revelam-se impotentes diante da tradição, e o sistema subsiste. O sistema de castas é a base do hinduísmo. A religião se torna, então, um poderoso elemento social disciplinador onde virtude e resignação são as palavras-chave na postura moral do indivíduo.

Os dalits estão sendo retratados, junto com as outras castas e a cultura indiana, na novela Caminho das Índias, da Rede Globo, da qual um dos protagonistas (Bahuan, personagem do ator Márcio Garcia) é dalit.



O LIVRO

Na pele de um dalit
de Marc Boulet


Páginas: 322


A história real de um jornalista que viveu entre os intocáveis, os homens mais discriminados da Índia

O que se experimenta realmente quando se vive no grau mais baixo da miséria humana? O que significa ser mendigo e intocável (dalit) na Índia moderna? O que sentimos lá no fundo de nós mesmos quando nos tornamos alvo de desprezo, um pontinho anônimo na diversidade humana? Tais curiosidades levaram o autor deste livro a viver uma experiência extraordinária.

Depois de aprender o hindi e escurecer a pele e o cabelo, Marc Boulet se misturou, durante várias semanas, aos mendigos e intocáveis de Benares, na Índia. Mendigou com eles, compartilhou sua condição de vida e sofreu as mesmas humilhações. Em Na Pele de um Dalit, ele relata sua experiência na forma das anotações feitas durante essas longas semanas.

Um testemunho sem equivalente e também um retrato sem condescendência da Índia de hoje, que permanece governada pelo sistema de castas, apesar de ter sido abolido pela Constituição.

UM LANÇAMENTO






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Conversando com a vida


Conversando com a vida
de Cenyra Pinto


Número de páginas: 288



Aprenda a conversar com a vida com Cenyra Pinto! Escritora espírita de grande sucesso, é a autora de Conversando com a vida, clássico que ganhou, na Petit Editora, apresentação gráfica e editorial à altura de seu precioso conteúdo.

Seja qual for a dificuldade que estejamos enfrentando, se, em nosso coração, a fé falar mais alto do que o desânimo ou a revolta, estaremos a um passo da superação dos males que nos afligem – sejam eles quais forem! A prova disso está no livro Conversando com a vida, de Cenyra Pinto, coletânea de depoimentos e mensagens espirituais, nova publicação da Petit Editora. Nele aprendemos a despertar nossa força interior e usá-la a nosso favor e em benefício daqueles a quem amamos.

Depoimentos emocionantes

Aprender a conversar com a vida, ouvir o que ela tem a nos dizer é a proposta de Cenyra Pinto para aqueles que desejam encontrar a felicidade. Conversando com a vida reúne o testemunho de pessoas anônimas e conhecidas, algumas cuja identidade foi preservada, de várias crenças e idades, as quais, em diversas épocas e lugares, venceram grandes dificuldades. Manifesto em favor da esperança, que serve para exemplificar o poder da fé, o qual, no ecumenismo da obra de Cenyra Pinto, independe da prática religiosa, mas se atrela ao exercício da caridade. Também apresenta mensagens espirituais que esclarecem e reconfortam a alma.
Autoconhecimento

“A vida está em você, logo conversar com a vida é conversar com você mesmo. Se nunca conversou com você mesmo, certamente não se conhece e faz de si próprio um juízo arbitrário, ora se autocondenando, ora se aplaudindo, mas sem saber, na realidade, se está merecendo o aplauso ou a censura. Tudo isso porque se vê na superfície, não penetrou, ainda, no seu mundo interior, desconhecendo, assim, seu verdadeiro ser”, afirma a autora. “Se às vezes não está em nós cortar o mal pela raiz, de nós depende muito aparar as deformidades e lançar fora a carga que nos pesa sobre os ombros e dificulta a jornada.”

A obra de Cenyra Pinto (1903–1996) é um marco na história da literatura com temática espírita. Mulher muito à frente do seu tempo, esposa e mãe dedicada, empenhou-se em servir de instrumento à espiritualidade que a acompanhava, desejosa de transmitir, por seu intermédio, mensagens renovadoras da alma. Conversando com a vida é uma de suas obras mais expressivas – ela que também enfrentou e venceu grandes dificuldades –, que transmite, com vitalidade, mensagens de consolação, esclarecimento e esperança.

A AUTORA

Cenyra Pinto:
“Aos amigos leitores não ofereço
senão lições singelas”

Cenyra Pinto nasceu na cidade de São Fidélis, Rio de Janeiro, no dia 25 de novembro de 1903. Aos dezesseis anos de idade, enfrentou a partida da mãe para a pátria espiritual, e o novo casamento do pai. As consequências dessas ocorrências serviram para amadurecê-la, e ajudaram a fortalecer o seu caráter.
Dedicada aos estudos, passava com louvor em todos os exames escolares. Nas solenidades a que o pai comparecia, era sempre convidada a falar: seu dom precoce para a oratória surpreendia as pessoas, que se encantavam com o seu discurso. Ao concluir sua fala, era demoradamente aplaudida. Em São Fidélis, onde nasceu, foi a primeira mulher a falar em público. Recordando essa época, Cenyra comentou seu interesse pelos temas religiosos: “Manifestou-se desde cedo minha tendência ao ecumenismo: igreja católica, maçonaria, esoterismo, igreja batista, solenidades sociais. Só faltou o Espiritismo, que naquele tempo, pelo menos no interior onde eu residia, ninguém sabia nada a respeito”.
Aos vinte anos, já dava mostras do seu talento para a literatura: escrevia crônicas para dois jornais de São Fidélis, para A Notícia, do Rio de Janeiro, e o Jornal das Moças, revista que fazia muito sucesso naquela época. Nesse período, estudou contabilidade e começou a trabalhar como auxiliar de escritório. Aos vinte e cinco anos, casada com o primeiro e grande amor de sua vida, que era contador e tornou-se sócio de seu pai, com ele fundou uma escola de contabilidade. Para divulgar o estabelecimento de ensino, criou um slogan: “Quem quiser ganhar a vida, com anseio e sem rigor e manter a fronte erguida, não precisa ser doutor. Basta ser diplomado pelo Colégio Cenyra”.
A crise dos anos 1930 obrigou-a a mudar-se com o filho único e o marido para o Rio de Janeiro, a então capital federal, em busca de trabalho. Diante das inúmeras dificuldades que enfrentou, suas forças se esgotaram e adoeceu. Parou de trabalhar e, durante um ano inteiro, buscou a cura para o mal que a afligia. Depois de consultar vários especialistas sem encontrar diagnóstico definido, foi levada por amigos a um centro espírita. Católica não praticante e com “um medo louco do Espiritismo”, entrou pela primeira vez numa casa espírita. Foi lá que encontrou sua recuperação, descobriu que era médium e superou o medo que sentia dos espíritos.
Incentivada a escrever, comprou uma máquina portátil e passou a datilografar as mensagens inspiradas que recebia. A primeira edição de Levanta-te e anda... – cem exemplares custeados por ela mesma – nasceu desse esforço pioneiro.
Além da literatura e do teatro, também se dedicou à música: Quanta luz, entre outras composições de sua autoria, tornou-se um verdadeiro hino da casa espírita. Duas peças de teatro escritas por Cenyra alcançaram grande sucesso: Nos domínios da mente e A última lágrima.
A renda resultante de suas apresentações musicais, teatrais e o produto da venda de seus livros era doada pelo Movimento Assistência Roda de Amor (Mara), integrado por ela e vários amigos, a entidades assistenciais dedicadas aos hansenianos, deficientes físicos e outros grupos voltados à assistência social – independente da crença religiosa que professavam. Esse trabalho, dedicado e constante, a fez merecedora de ser chamada, por Francisco Cândido Xavier, de “a seareira do bem”.
Cenyra Pinto desencarnou na cidade do Rio de Janeiro, em 16 de setembro de 1996, aos noventa e três anos de idade. Reeditando suas obras, a Petit Editora publicou Levanta-te e anda... e Conversando com a vida.

Um lançamento da


A sombra não assombra


A sombra não assombra
de Miriam Salete


Número de páginas: 168

– psicóloga que se dedica a estudar e escrever sobre o comportamento –, lançamento da Butterfly Editora, é um verdadeiro diálogo com o leitor, durante o qual se revela a existência de um “lado sombra” da nossa personalidade que precisamos conhecer para evoluir – e viver melhor.

Desvendando os mistérios e contradições que existem em nós mesmos, conhecemos o lado oculto de nossa personalidade, a sombra que, ao longo da vida, acompanha nossos passos, nos influencia e interfere em nossas escolhas. A sombra só assombra aqueles que ainda não leram este livro: livre-se do medo, da angústia, da insegurança e do preconceito. Aprenda com A sombra não assombra, de Miriam Salete, lançamento da Butterfly Editora, a libertar-se do seu lado sombrio e iluminar sua caminhada na direção da felicidade.

Lidar com o “lado sombra”

“É um livro que auxilia o ser humano comum a lidar com a vida, com a dor, com a fragilidade humana e suas mazelas”, afirma a autora, que além de psicóloga, atuou durante 27 anos na rede pública de ensino. “Do que falo nesta obra? Falo do mal, esse mal que consome nossa alma; de nossas fragilidades, do bicho que se esconde em nossas entranhas e com o qual não nos ensinaram a lidar. E não apenas para que a questão do mal seja entendida, mas, principalmente, que possam ser praticadas ações a partir de tal compreensão, para que desta forma seja gerenciado o mal que existe em nós”. Para Miriam Salete, a sombra é “tudo que não podemos ou não queremos ver em nós e projetamos no outro”. Essa projeção é um processo inconsciente, do qual não nos damos conta – a não ser quando somos prejudicados ou sofremos por sua causa. A sombra não assombra aborda, entre outras questões: os relacionamentos; a aceitação de si mesmo; a insegurança; as mudanças; os hábitos, as crenças e valores; as emoções e sentimentos; as reações; o amor e ódio; o perdão; a sexualidade; as tendências agressivas; as doenças; o autoconhecimento.

A AUTORA

Miriam Salete:
“O importante é o caminho”

Miriam Salete é psicóloga, de orientação junguiana, com especialização em psicologia analítica, psicossomática e educação emocional. É terapeuta formada pelo Meta Center (SP). Especialista na interpretação de sonhos.
Na Dr. Edward Bach Foundation, em Londres, Inglaterra, habilitou-se a ministrar os Florais de Bach.
Foi professora da rede pública por 27 anos e desenvolveu projetos na área de educação e em orientação profissional, que a habilitaram a desenvolver palestras e ministrar cursos sobre sua área de atuação na psicologia.
Por intermédio da Butterfly Editora, publicou A sombra não assombra, obra voltada para o autoconhecimento, que fundamentou na obra de Carl Gustav Jung e no Evangelho de Jesus, associadas à sua vivência no exercício da psicologia.
Sobre o conteúdo de seu livro, afirma tratar-se de “uma informação a mais sobre o ser humano, a respeito da vida, para que ao juntarmos à nossa percepção possamos juntar mais dados para a nossa viagem que, é claro, não será segura, não será prevista, nem sequer saberemos se chegaremos a um lugar. O importante é o caminho”.

UM LANÇAMENTO DA





NO PRELO

Educação, Ética e Tragédia:
ensaios sobre a filosofia de Aristóteles
João B.Carvalho e Susana de Castro

Alegorias da Dialética
Katia Muricy

Um Lance Caleidoscópio de Dados:
a poesia multimídia de Augusto de campos
Cristina Monteiro de Castro Pereira

Todos da Nau Editora

PORANDUBA

UMA OBRA MAGNÍFICA, e impecável em sua concepção, conteúdo e acabamento . (E.C.)

PORANDUBA

Histórias dos povos indígenas

Um mergulho nas histórias de 28 mitos indígenas brasileiros. Um pouco das características de 20 tribos: língua, população, localização e trajetória. Poesia, imaginação e cultura nacional se misturam no livro e nos 4 cds que compõem “Poranduba – Roda de Histórias Indígenas”.

“Ianejar, o grande criador, era sozinho. Ele cansou de estar só, não gostava de ficar sozinho. Então, ele colheu o mel e soprou. E do seu sobro divino surgiu a mulher de mel”, destaca uma das narrativas.

A obra traz histórias que remetem ao sentido da vida, a relação do homem com a natureza, ao sobrenatural, as adversidades e aos aspectos do imaginário de tribos como Bororo, Kaiapó, Kaxinauá, Mawé, Tucano e Xavante. O trabalho é resultado de anos de pesquisa da arte-educadora Rute Casoy.

“No início era o nada, só o espaço sem corpo e sem forma. Lugar da tristeza, do vazio, do frio. Na escuridão uma voz soava. Era Iepá, que na língua dos criadores quer dizer gente, terra, feminina. No início dos tempos, Iepá não criou nem terra nem gentes, morava na casa de vento e dentro dela a vida existia em forma de redemoinhos de sonhos”, comenta uma das narrativas.

Na língua tupi, Poranduba quer dizer história, notícia ou pergunta. O projeto, uma das mais cuidadosas publicações já realizadas sobre o assunto, procura não apenas valorizar as histórias indígenas brasileiras, mas também promover um diálogo criativo entre o indígena e o não-indígena, abrindo espaço para a imaginação de públicos de todas as idades.

O projeto Poranduba é uma realização do grupo “Roda de Histórias Indígenas”, do INBRAPI (Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual) e da Nau Editora e conta com o patrocínio do Programa Petrobras Cultural, na linha de Educação para as Artes, visando à produção de materiais para educadores.

UM LANÇAMENTO

quinta-feira, 4 de junho de 2009

MINISTÉRIO PÚBLICO DIZ QUE MC DONALD´S DISCRIMINA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

No Brasil, muitas organizações infelizmente ignoram o artigo 93 da lei 8.213/91 que obriga as empresas com mais de 100 funcionários a contratar profissionais com deficiência. Esta legislação foi aprovada como forma de resguardar os direitos daqueles que ficariam de fora do mercado de trabalho.

O SINTHORESP (Sindicato dos Trabalhadores de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e Região), instituição que representa mais 300 mil trabalhadores nos 37 municípios da Grande São Paulo, possui um conceituado Departamento Jurídico, reunindo cerca de 150 profissionais que se esforçam para fazer valer os direitos dos trabalhadores.

O Sindicato entrou com uma Ação Coletiva contra o Mc Donald´s, depois de constatar que a multinacional desrespeitava as leis brasileiras e não cumpria a cota de deficientes físicos que deveriam ser contratados – 5% dos trabalhadores da empresa. O Mc Donald´s possui atualmente 33.152 empregados (dados obtidos pelo Ministério Público da União, a teor de dados obtidos no Ministério do Trabalho e Emprego – fev. 2009), mas pouco mais de 300 são portadores de necessidades especiais, algo muito aquém dos cerca de 1600 que deveriam estar trabalhando.

Em parecer, emitido nos autos da referida Ação Coletiva, manifestou-se o Ministério Público: “Não atendida a proporcionalidade verificada pela lei, conclui-se que o empregador discrimina portadores de deficiência”. A previsão legal é de suma importância, principalmente se considerarmos que cerca de 10% da população brasileira é composta de pessoas que portam alguma espécie de deficiência, seja física, visual, auditiva ou mental, ou, ainda, múltiplas deficiências.

Em sua defesa, o Mc Donald´s alega que o deficiente não está apto ao exercício de atividade laboral e afirmou ter 303 empregados com deficiência, mas não comprovou documentalmente, com o livro de registro e com os laudos médicos. Apenas juntou uma listagem com nomes, o que não prova, portanto, que a empresa possui 303 trabalhadores deficientes.

No parecer, o Ministério Público aponta de forma contundente: “é inadmissível o argumento defendido por algumas empresas, como faz de viés a ré, de que somente poderiam contratar trabalhadores com CAPACITAÇÃO PLENA. É de se destacar que o objetivo da Lei nº. 8.213/91 não é contratação da pessoa com deficiência em determinado cargo ou função, mas sim que o percentual previsto no referido art. 93 incida sobre o número total de empregados da empresa, cabendo ao empregador, no exercício de seu poder diretivo, determinar quais os cargos que serão preenchidos por esses empregados, considerando, inclusive, a sua capacitação para a função disponibilizada.”

O parecer do Procurador do Trabalho Orlando Schiavon Júnior concluiu que a ré deve observar o disposto do art. 93, da Lei nº 8.213/91 e contratar trabalhadores portadores de deficiência física, mental, auditiva, visual ou múltipla, até atingir o número correspondente a 5% do total de empregados, sem a clivagem por estabelecimento e sem limitação territorial.

Julião Boêmio e Nilze Carvalho levam ao palco a nova geração do samba e do choro de Curitiba ao lado da tradição musical do Rio de Janeiro.

Neste fim de semana, o Teatro Paiol abriga um espetáculo de samba idealizado pelo curitibano Julião Boêmio. Sobem ao palco, na sexta-feira e no sábado (5 e 6), às 21h, alguns dos melhores músicos locais, ao lado da carioca Nilze Carvalho. O repertório tem composições próprias, tanto de Julião como de Nilze, além de releituras de compositores como Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim, Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro.

A idéia de reunir Julião Boêmio e Nilze Carvalho, ela trazendo o melhor da tradição carioca do samba e ele representando uma nova geração de instrumentistas curitibanos, é recriar no Teatro Paiol o ambiente da mais autêntica roda de samba. E eles não estão sozinhos nessa empreitada. Participam do show os músicos Vinícius Chamorro (violão de sete cordas e arranjos) e o trio de percussão composto por Vina Lacerda, Thatá Costa e Marcio Rosa.

Chamorro e Julião respondem pela estruturação do espetáculo, que também teve a colaboração do músico André Prodóssimo em um dos arranjos. E o encontro do samba curitibano com o carioca não poderia estar completo sem a participação especial da cantora Mãe Orminda. Sambista de Curitiba, ela foi a primeira mulher a puxar um samba enredo no Brasil, em 1978, aqui mesmo na capital paranaense, na Escola de Samba Dom Pedro II. Integrante do grupo Divina Luz, a cantora é um dos nomes de destaque do samba de qualidade produzido na nossa cidade.



Nilze e Julião – A carioca Nilze Carvalho começou a carreira musical aos seis anos de idade, aparecendo na televisão com seu cavaquinho em punho. Oito anos depois, já possuía a série de quatro álbuns gravados como bandolinista, chamados “Choro de Menina”, acompanhada do conjunto Época de Ouro. Depois disso, carreira internacional, retorno ao Brasil, faculdade de música e mais álbuns e participações em projetos de outros artistas.

O curitibano Julião Boêmio tocava cavaquinho desde criança, mas a profissionalização veio junto com a entrada no Conservatório de MPB, quando tinha 15 anos de idade. Depois disso, galgou seu espaço como instrumentista e compositor, apresentando-se ao lado de nomes como Nelson Sargento, Yamandu Costa, Mônica Salmaso, Ceumar, Dominguinhos, Zé Renato, entre muitos outros.



Show “Julião Boêmio convida Nilze Carvalho”

Participação especial da cantora Mãe Orminda

Local: Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/n – Prado Velho)

Data: dias 5 e 6 de junho de 2009 (sexta-feira e sábado)

Horário: 21h

Ingressos: R$ 15 e R$ 7,50

Classificação etária: Livre

Fãs do CQC fazem manifestação virtual pedindo programa ao vivo

Fãs do CQC estão usando a Internet para pedir a volta do programa ao vivo. Pelo Twitter, foi criada a manifestação virtual #cqcaovivoday. No Orkut, foi criada a comunidade “Eu quero CQC ao vivo”, que em menos de uma semana já agrega pouco mais de mil internautas.

"CQC tem que ser ao vivo, sem cortes e sem censura!", diz uma usuária do Twitter.

Apesar dos protestos virtuais, o programa continuará sendo gravado. O CQC deixou de ser ao vivo há duas semanas, após o grupo Sexy Dolls ingressar com uma ação judicial contra a atração. As integrantes do grupo, que são atrizes de filmes pornográficos, se sentiram caluniadas ao serem chamadas de prostitutas.

A assessoria da Bandeirantes nega qualquer relação entre o processo e o início da exibição da atração gravada. A emissora alega motivos técnicos para justificar a mudança e não informa prazos para a volta do CQC ao vivo.


por Sérgio Matsuura do COMUNIQUE-SE

PROGRAMAÇÃO CINEMA CURITIBA

De 5 a 11 de junho de 2009

Domingo, 7 de junho – ingresso a R$1,00

CINEMATECA - Sala Groff Rua Carlos Cavalcanti nº 1.174 / fone (41) 3321-3270 (De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h30) e (41) 3321-3252 (diariamente, das 14h30 às 21h) – Ingressos a R$ 5 e R$ 2,50 (estudantes). Gratuito para pessoas com idade a partir de 60 anos. www.fccdigital.com.br

Lançamento curta-metragem:

OS PRIMEIROS DESERTORES (BR/PR, 2009 – 17’). Direção de Josiane Orvatich, com Christiane de Macedo, Rodrigo Ferrarini e Janja.

Após a exibição haverá o debate de abertura do projeto CIRCUITO EM CONSTRUÇÃO, com Salete Machado e Talício Sirino, produtores dos filmes Conexão Brasil (2001) e Conexão Japão (2009). Classificação livre

Dia 5, às 19h30 – entrada franca

MOSTRA DE CINEMA E MEIO AMBIENTE

Dia 6, às 16h (ver programação final em anexo)

Lançamento média-metragem:

O TESOURO MALDITO DOS PIRATAS (BR/PR, 2009 – 30’). Roteiro e direção de Cyro Matoso, com Bruno de Oliveira, Fábio Allon dos Santos, Gilvan Santoamaro e Poro. Sete jovens perdem o emprego por causa da crise mundial, que já chegou ao porto de Paranaguá. Desesperados, se aventuram na busca de um tesouro perdido, que - diz uma lenda local - foi escondido por piratas franceses em 1.718 na Ilha da Cotinga.
Classificação livre

Dia 6, às 19h30 – entrada franca

PANORAMA DO CINEMA PORTUGUÊS

De 7 a 14 de junho (ver programação)


PROGRAMAÇÃO

De 5 a 11 de junho de 2009

Domingo, 7 de junho – ingresso a R$1,00

CINE LUZ Rua XV de Novembro nº 822 / fone (41) 3321-3270 (De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h30) e (41) 3321-3261 (diariamente, das 14h30 às 21h). Ingressos a R$ 5 e R$ 2,50 (estudantes). Gratuito para pessoas com idade a partir de 60 anos. www.fccdigital.com.br

ENTRE OS MUROS DA ESCOLA (Entre les murs/The class), França, 2008 – 128’. Direção de Laurent Cantet. Com François Bégaudeau, Nassim Amrabt, Laura Baquela. François e os demais amigos professores se preparam para enfrentar mais um novo ano letivo. Tudo seria normal se a escola não estivesse em um bairro cheio de conflitos. Os mestres têm boas intenções e desejo para oferecer uma boa educação aos seus alunos, mas por causa das diferenças culturais - microcosmo da França contemporânea - esses jovens podem acabar com todo o entusiasmo. François quer surpreender os jovens ensinando o sentido da ética, mas eles não parecem dispostos a aceitar os métodos propostos. Classificação livre

Sessões às 15h, 17h30 e 20h

Domingo, dia 7 – sessões somente às 17h30 e 20h

A OITAVA COR DO ARCO-ÍRIS (BR, 2004 – 80’). Direção de Amauri Tangará, com Diego Borges, Izabel Serra, Waldir Bertúlio. Na pequena vila de Nossa Senhora da Guia, vive o menino Joãzinho, criado pela avó Dona Dindinha que muito doente sustenta o neto com a mísera aposentadoria que recebe. Quando Joãzinho flagra a avó rezando a Deus, pedindo para que ele a leve logo, pois não suporta as dores da saúde fragilizada por conta da idade, o menino resolve vender “Mocinha”, sua cabrita de estimação. Com o dinheiro arrecadado, Joãozinho pretende comprar os remédios da avó. Começa aí a jornada do pequeno protagonista, que percorre as vilas ao redor de sua moradia a fim de conseguir vender a cabrita. Classificação livre.

Domingo, dia 7 – sessões às 10h30 e 15h30

PANORAMA DO CINEMA PORTUGUÊS


De 7 a 14 de Junho de 2009

10 DE JUNHO - COMEMORAÇÕES DO DIA DE PORTUGAL

E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

Na Cinemateca de Curitiba

Rua Carlos Cavalcanti, 1174

Realização:

CENTRO CULTURAL DO INSTITUTO CAMÕES

CÂMARA DE COMÉRCIO BRASIL PORTUGAL PARANÁ

FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA

Entrada franca



Em parceria com o Centro Cultural do Instituto Camões e a Câmara de Comércio Brasil – Portugal do Paraná, a Cinemateca de Curitiba promove a mostra Panorama do Cinema Português, de 7 a 14 de junho. As exibições fazem parte das comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, festejado em 10 de junho. Na tela, os espectadores terão a oportunidade de conhecer várias das fases do cinema português, com filmes antigos que datam de 1938, até obras mais recentes, realizadas já no século 21. É uma boa forma de entrar em contato com a cultura desse país que sempre esteve ligado à história do Brasil.

Dia 7, às 20h:

PASSAGEM DA NOITE (Portugal/2003 – 95’). Direção de Luis Filipe Rocha, com Leonor Seixas, Pompeu José, Maria D’Aires, Maria Rueff.

Mariana tem 17 anos, vive na periferia de Lisboa e é estudante de liceu. Um dia vê-se confrontada com uma situação desesperada: é violada por um toxicodependente e descobre mais tarde estar grávida.

Por medo, vergonha ou raiva decide encobrir de todos - pais, namorado, amigos, polícia e tribunal - e enfrentar o sucedido sozinha.

Apenas um insistente inspector, uma espécie de anjo da guarda, e uma prostituta pragmática assistem ao percurso secreto de sobrevivência à violação, subsequente gravidez indesejada e possível contaminação com aids desta jovem, que se vê assim forçada a uma "passagem" para a idade adulta conturbada. Classificação 12 anos

Dia 8, às 16h:

ALDEIA DA ROUPA BRANCA (Portugal/1938 – 82’ p/b). Direção de Chianca de Garcia, com Beatriz Costa, Manuel Santos Carvalho, José Amaro

Uma comédia com um grande leque de canções populares. A história mostra a vida de lavadeiras nos arredores de Lisboa e que se ocupam de lavar a roupa dos habitantes da capital. O filme conta com a participação da atriz Beatriz Costa. Classificação 12 anos

Às 20h:

RASGANÇO (Portugal/2001- 100’). Direção de Raquel Freire, com Ricardo Aibéo, Isabel Ruth, Ana Teresa Carvalhosa.

Coimbra, a mais complexa de todas as personagens, conta a história:

Eu não sou só uma cidade. Sou uma estufa. Uma reserva natural para estudantes, onde eles vivem em plena liberdade. Sou uma espécie de doce, entre a adolescência e a idade adulta. Mas só para os que puderam estudar. Os melhores. Eles sabem que são uma elite.

Uma manhã de Janeiro chegou um homem. Apaixonou-se por mim e pelas minhas mulheres. Tolo, não percebeu que EU não sou para quem quer, mas para quem pode e que o amor não abre as minhas velhas portas. Classificação 16 anos

Dia 9, às 16h:

VEREDAS (Portugal, 1977- 121”). Direção de João César Monteiro, com Margarida Gil, António Mendes, Carmen Duarte.

Um filme com um enredo muito pouco convencional. Uma espécie de viagem poética por alguns mitos e lendas portuguesas. De acordo com a crítica é "uma cartografia cinematográfica de Portugal". Um homem e uma mulher vêm de Trás-os-Montes para o litoral e durante a viagem deparam-se com lendas e rochedos, províncias e obstáculos diferentes. Classificação 12 anos

Às 20h:

TRÁFICO (Portugal/1998 – 112’). Direção de João Botelho, com Joaquim Oliveira, Rita Blanco, Adriano Luz.

Tudo começa quando uma família normal e friorenta, obrigada a passar férias fora de época por dificuldades econômicas, é bafejada pela sorte.

Jesus, assim se chama o filho do casal, encontra enterrado na areia da praia deserta, um tesouro escondido e proibido: a riqueza da Terra.

No mesmo dia e não longe dali dois padres decidem fechar as portas da sua igreja por falta de crentes e fazem um leilão de imagens dos seus queridos Santos. Entre a riqueza dos céus e o espírito da matéria partem à aventura.

Um banqueiro com alucinações auditivas quando fala do seu dinheiro e as respostas de um ministro com alucinações visuais quando trata de influências. Uma mulher elegante, suave e misteriosa, com uma bela cabeleira falsa e esplêndidas cores, incendeia tudo por onde passa. Um general às voltas com tráfico de armas e a sua pequena mulher às voltas com artes, Olimpos e cabelos disparatados. E muitas outras aventuras. Como os ricos verdadeiros e antigos se divertem, como os ricos novos ou falsos encontram dificuldades e como tudo acaba em bem. Classificação 12 anos

Dia 10, às 16h:

O LEÃO DA ESTRELA (Portugal/1943 – 121’ – p/b). Direção de Arthur Duarte, com Antonio Silva, Erico Braga, Milú

Uma comédia hilariante. Anastácio, fanático do Sporting, vai ao Porto com a família e aproveita para ver um jogo do clube do seu coração. Ficam hospedados na casa da família Barata, que tinham conhecido numa estância de férias. Anastácio, escondendo a sua condição social, continua a fazer-se passar por homem rico. A situação complica-se quando os Baratas decidem ir a Lisboa. Classificação 12 anos

Às 20h:

À FLOR DO MAR (Portugal/1986 – 143’). Direção de João César Monteiro, com Laura Morante, Philip Spinelli, Teresa Villaverde

Quando Laura Rossellini decidiu bruscamente partir para Roma, levando consigo os filhos, estava por certo convencida que não mais voltaria a Portugal, que atrás de si deixara, para todo o sempre, "um país morto". Todavia, cerca de um ano depois, Laura regressa à casa fronteira à orla do mar e, num ameno clima de férias, reencontra o que resta da família e, porventura, algo de inesperado. Classificação 12 anos

Dia 11, às 16h:

FREI LUÍS DE SOUSA (Portugal/1950 – 115’ p/b). Direção de António Lopes Ribeiro, com Maria Sampaio, Raul de Carvalho, Maria Dulce

Adaptação da mais famosa peça de teatro do romantismo português. Passa-se nos finais do séc. XVI. Sete anos após o desaparecimento do marido, Dona Madalena casa pela segunda vez com um cavaleiro, D. Manuel. A filha deles descobre que sofre de uma doença fatal. Apenas um dos criados acredita que o primeiro marido está vivo. Um dia, depois de sete anos de ausência, a suspeita confirma-se. Classificação 12 anos

Às 20h:

CINCO DIAS, CINCO NOITES (Portugal/1996). Direção de José Fonseca e Costa, com Vitor Norte, Paulo Pires, Ana Padrão. Adaptado do romance de Manuel Tiago

Portugal, finais dos anos 40.

André, 19 anos, vê-se forçado a abandonar o país depois de fugir da prisão.

No Porto, uns amigos arranjam-lhe um passador (Lambaça), contrabandista dado ao vinho e brigão, que conhece bem a fronteira de Trás-os-Montes.

A sua antipatia e desconfiança mútua nascem logo no primeiro encontro.

Mas, ao longo de cinco dias e cinco noites, atravessando montes e vales, escondem-se da guarda e da polícia política, e com a ajuda de muitos conhecidos de Lambaça (entre os quais a bela Zulmira), os dois homens vão ter tempo para se conhecer melhor um ao outro.

E dessa antipatia e desconfiança iniciais, do encontro desses dois mundos que de outra forma nunca se cruzariam, irá talvez ficar, quando finalmente se despedem, uma amizade e admiração que nenhum deles se esquecerá. Classificação 12 anos

Dia 12, às 16h:

UMA ABELHA NA CHUVA (Portugal/1971- 66’ – p/b). Direção de Fernando Lopes, com Laura Soveral, João Guedes, Zita Guedes.

“Uma Abelha na Chuva” é a leitura cinematográfica de Fernando Lopes do romance homônimo de Carlos de Oliveira, num filme que encena de forma admirável um Portugal rural desencantado, sombrio e enclausurado, no final da década de 60, e que um crime brutal vem abalar. As paisagens sonoras abstratas, a impressionante fotografia e as inesquecíveis interpretações de Laura Soveral e João Guedes juntam-se numa obra de excelência do cinema português. Classificação 12 anos

Às 20h:

CRÓNICA DOS BONS MALANDROS (Portugal/1984 – 81’). Direção de Fernando Lopes, com Duarte Nuno, João Perry, Lia Gama.

Baseada no romance homônimo de Mário Zambujal, esta excelente comédia conta a história de um grupo de amigos que se dedica a pequenos assaltos, até que é subornado por um misterioso italiano que os desafia a roubar obras de arte num museu de Lisboa. Entre os preparativos para o grande golpe, vamos conhecendo os membros do grupo e os caminhos que os levaram à marginalidade, até que chega o dia do tão esperado assalto. Mas as coisas não correm como estava previsto. Classificação 12 anos

Dia 13, às 16h:

À FLOR DO MAR (Portugal/1986 – 143’). Direção de João César Monteiro, com Laura Morante, Philip Spinelli, Teresa Villaverde. - reprise

Às 20h:

VEREDAS (Portugal, 1977- 121”). Direção de João César Monteiro, com Margarida Gil, António Mendes, Carmen Duarte. - reprise

Dia 14, às 16h:

PASSAGEM DA NOITE (Portugal/2003 – 95’). Direção de Luis Filipe Rocha, com Leonor Seixas, Pompeu José, Maria D’Aires, Maria Rueff. - reprise

Às 20h:

UMA ABELHA NA CHUVA (Portugal/1971- 66’ – p/b). Direção de Fernando Lopes, com Laura Soveral, João Guedes, Zita Guedes. – reprise.




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