quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Solar do Barão abriga sete novas exposições


Solar do Barão abriga sete novas exposições


Trabalhos de importantes artistas nacionais tomam contam das salas dos museus da Gravura e da Fotografia, a partir das 19h desta quarta-feira (17).

Nesta quarta-feira (17), às 19h, inauguram no Centro Cultural Solar do Barão sete exposições de importantes artistas nacionais que expressam talento e criatividade em linguagens como gravura, desenho, instalação e fotografia. As salas do Museu da Gravura Cidade de Curitiba recebem Meus Olhos, de Carlito Carvalhosa; Escarlate e Negro, de Larissa Franco, Trajestórias, de Márcia Széliga; Sobre, de André Rigatti; Três, de Carla Vendrami; e Gravura Contemporânea – Diálogos, com obras do acervo municipal. No Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, os trabalhos da fotógrafa Juliana Stein estão reunidos sob o título Caverna. As mostras podem ser apreciadas até o dia 23 de novembro, com entrada franca.

Nos Espaços 4 e 5 do Museu da Gravura Cidade de Curitiba, o artista paulista Carlito Carvalhosa mostra a instalação Meus Olhos, um projeto desenvolvido especificamente para esse local. O artista movimenta o espaço expositivo e estabelece um convívio quase insustentável entre o espaço e a obra exposta. Carlito Carvalhosa é um destacado integrante do cenário das artes brasileiras, tendo tomado parte da chamada Geração 80, marcada não apenas pela súbita explosão de jovens artistas, mas, fundamentalmente, pela significativa contribuição ao processo de amadurecimento do ambiente artístico.

Em 1982, Carvalhosa fundou o atelier Casa 7 e, desde então tem participado de importantes mostras de arte, individuais e coletivas, somando no extenso currículo um grande número de trabalhos que discutem a própria condição de obra na contemporaneidade e suas relações com a arquitetura e o espaço público.

Outras exposições – Gravuras e desenhos inéditos de Larrisa Franco tomam conta dos Espaços 1, 2 e 3 do Museu da Gravura, na mostra Escarlate e Negro. Formada em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, onde também realizou pós-graduação em História da Arte, a artista já participou de exposições em vários estados brasileiros, além de países como Estados Unidos e México. Com estágio em Paris (França), no Instituto do Mundo Árabe, Larissa dedica-se há 11 anos a pesquisas sobre a cultura árabe, que levaram ao desenvolvimento de temas em torno dos arabescos e da literatura, presentes nessa exposição.

A síntese de várias direções do trabalho de Carla Vendrami pode ser vista na exposição Três, que ocupa o Espaço 13. Obras formadas a partir da sobreposição de lâminas de acrílico que exploram a matriz serigráfica em discursos cromáticos diferenciados tratam da integração com o espaço do espectador. Mestre em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná, Carla morou em Milão (Itália), de 1985 a 1998, realizando exposições e projetos coletivos que se caracterizaram pelo questionamento do espaço urbano e envolvimento com realidades sociais particulares.

Em Trajestórias, exposição de Márcia Széliga instalada nos Espaços 6, 7 e 8, está um recorte da excepcional produção de ilustrações da artista paranaense, elaboradas para livros infantis. As obras revelam um relato plástico/poético que ultrapassa o visual, constituindo-se em registro existencial, no qual a memória, a reflexão, a celebração da morte, da vida e do amor são reinventadas por meio da arte. A abertura da mostra conta com apresentação do Círculo de Violões de Curitiba, formado pelos músicos Mauro Giller, Angelo Esmanhoto, Vinícius Moura e Jorge Pereira.

As delicadas tramas e as cores originais de linho puro e algodão, montadas sobre tela, são o suporte para as serigrafias que André Rigatti expõe no Espaço 12. A mostra Sobre reúne treze trabalhos que despertam reflexões sobre ocupação, espaço real, espaço vazio, sobra, conforto, natureza. Segundo o artista, “o movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, ditando contornos, formas e o sentido da construção, articulando o interno e o externo, a função e a forma, a utilidade e o ornamento. Nesse sentido, sugere-se a renovação do contato com a natureza, ampliando possibilidades livres de utilização do espaço.”

Acervo em exposição – As Salas do Acervo do Museu da Gravura Cidade de Curitiba abrigam a exposição Gravura Contemporânea – Diálogos, que apresenta cerca de meia centena de obras, com a curadoria de Nilza Knechtel Procopiak. Na mostra estão obras de destacados artistas paranaenses ou aqui radicados, como Fernando Calderari, Elvo Benito Damo, Juliane Fuganti, Dulce Osinski, Ana Gonzalez, Gilda Belczak e Larissa Franco.

Segundo a curadora, os fundamentos para a seleção dos artistas participantes foram baseados essencialmente na própria gravura: como ela se destaca e como se constitui em trabalho dentro da linguagem artística do autor. Outro critério para a escolha foi o grau de contemporaneidade que cada obra possui, porque se pode afirmar que na arte contemporânea é plenamente discernível a questão gradativa.

Gravadores de outros estados brasileiros também participam: Maria Bonomi, Luiz Cláudio Mubarac, Laerte Ramos, Alex Cerveny, Arnaldo Batalhini, Rubens Gerchman, Farnese de Andrade, Amilcar de Castro, Anna Bella Geiger, Carlos Vergara, Leonilson, Alex Gama, André Marcus, Feres Khoury, Iberê Camargo, Sandra Kafka, Regina Silveira, Renata Basile, Mira Shendel – nascida em Zurique, na Suíça, ela viveu e trabalhou em São Paulo. Ainda estão presentes trabalhos de artistas estrangeiros, comoAndy Warhol, Karin Luner, Louise Bourgeois, Joel Shapiro, Martha Guerra-Alem, Leon Ferrari, Paul Zelevansky, Roberto Obregon e Takashi Iwamoto.

Imagens com passado – Nas salas do Museu da Fotografia Cidade de Curitiba encontra-se a mostra Caverna, da fotógrafa Juliana Stein, formada por 30 imagens com dimensões variadas, que propõem explorar experimentalmente as relações com nossos semelhantes. A artista sugere um jogo de aproximação e afastamento com questões como o desejo.

“As fotografias de Juliana Stein sempre me deram impressão de fixarem um tempo prolongado. Cada imagem não contém apenas um instante, condensa-se nela uma duração. Há um aspecto plástico e outro temático a construir a sensação de que as pessoas e as coisas

de suas fotografias têm um passado que parece se compactar em cada imagem”, destaca a curadora Daniela Vicentini, na apresentação da exposição.

Serviço:

Exposições nas salas do Museu da Gravura Cidade de Curitiba e Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, instaladas no Centro Cultural Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533)

Data: abertura às 19h do dia 17 de setembro de 2008 (quarta-feira). As exposições permanecem abertas ao público até o dia 23 de novembro de 2008.

Horário de visitas: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h

Entrada franca

Informações: (41) 3321-3269

Agendamento para visitas monitoradas: (41) 3321-3275


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