A 34ª edição da Oficina de Música de Curitiba, a ser realizada de 7 a 27 de janeiro de 2016, terá um novo grupo de curadores. A mudança acontece na fase de Música Popular Brasileira, que passa a ter a coordenação dos músicos João Egashira e Vadeco Schettini. A novidade foi anunciada nesta quinta-feira (23) pelo presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, e pelo presidente do Instituto Curitiba de Arte e Cultura – ICAC, Marino Júnior, durante um encontro na sede da Fundação Cultural de Curitiba.
O coordenador de Música Erudita será o maestro Cláudio Cruz, que assume o posto pela segunda vez. O violinista Rodolfo Richter continua no comando da Música Antiga e Janete Andrade permanece na coordenação geral do festival. João Egashira e Vadeco Schettini substituem os músicos Sérgio Albach e Glauco Solter, que dirigiram a área de MPB durante 14 anos, e agora continuam na Oficina como professores.
O primeiro encontro do grupo serviu para delinear algumas propostas para a próxima edição. O presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, prometeu uma edição ainda melhor em 2016. “Cláudio Cruz fez um excelente trabalho em 2015, elevando o festival a patamares superiores tanto em conceito quanto em qualidade. A nova curadoria de MPB permitirá a retomada do papel de vanguarda que a Oficina sempre exerceu, estendendo a sua capacidade de dialogar com outros segmentos”, disse Cordiolli. Para o presidente da FCC, a entrada dos novos coordenadores atende ao objetivo de diversificar a oferta de cursos e ampliar o público atingido pela Oficina.
Marino Júnior destacou que a Oficina de Música é uma das prioridades do ICAC e a mudança na curadoria vem para oxigenar o trabalho já tão bem desenvolvido até agora. “A mudança ocorre sem qualquer questionamento ou atrito por parte dos antigos colaboradores, que sempre deram o sangue pela Oficina. Eles continuam colaborando e contribuindo para que a gente tenha uma Oficina memorável”, garantiu.
O superintendente da FCC, Igor Cordeiro, agradeceu o trabalho realizado por Glauco Solter e Sérgio Albach, enfatizando que muito do reconhecimento nacional e internacional da Oficina de Curitiba se deve a eles. “A renovação faz parte e agora esse processo se dá por meio de duas figuras igualmente reconhecidas no cenário musical curitibano”, disse. Segundo Igor Cordeiro, a mudança busca envolver outros padrões e inovações que tomam conta do universo musical atual. O trabalho de Vadeco Schettini vem nessa linha. O músico tem uma forte atuação na linguagem que associa música e tecnologia.
Ex-aluno da Oficina e professor nas últimas edições, Vadeco foi um dos responsáveis por disseminar a tecnologia aplicada à música. Ele conta que recebeu o convite com surpresa, mas ao mesmo tempo entende que a oportunidade decorre de seu envolvimento com novas linguagens. “Sempre estive conectado com as tendências e linguagens digitais, mostrando como os músicos podem aproveitar a tecnologia para produzir seus conteúdos”, explicou.
João Egashira manifestou a sua satisfação com o convite. Diretor artístico da Orquestra à Base de Corda, professor da Oficina de Música há vários anos, Egashira considera que enfrentará um desafio. “Será um grande desafio, pela grandiosidade da Oficina de Música e pelo trabalho do Glauco e do Sérgio, que foi de excelência. A ideia é preservar tudo de bom que eles fizeram e contribuir com algum diferencial”.
O diretor de Música Erudita, Cláudio Cruz, também promete renovação em relação à última edição. Lembrou que a Oficina deste ano foi um sucesso, não só pelos professores e pelos alunos, mas pela empolgação do público, que lotou quase todos os concertos. Para 2016, uma das ideias de Cruz é buscar maior interação entre os estilos musicais dentro do festival, eliminando a “setorização” que existe entre música erudita, popular, antiga e contemporânea. “Estou decidido a começar uma conversa sobre esse tema. É algo instigante”, disse.
A coordenadora geral da Oficina de Música, Janete Andrade, destacou que a organização da próxima edição já começou, mas agora com grande expectativa em relação à vinda de Vadeco e João Egashira. “Eles têm plena condição de continuar o trabalho de Sérgio Albach e Glauco Solter, contribuindo com uma nova visão”, afirmou.
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