Necrópole
de Boris Pahor
Título Original: Necropoli
Tradutor: Mario Fondelli
Páginas: 294
Formato: 16 x 23 cm
Uma obra-prima da literatura do Holocausto
Quando o fluxo da memória começa a correr, e as lembranças voltam à tona com sua carga de dor e comoção.
Campo de concentração de Natzweiler-Struthof, nos Vosges, Alemanha. O homem que, numa tarde de verão, chega com um grupo de turistas não é um visitante qualquer, mas Boris Pahor, um ex-prisioneiro que, depois de muitos anos, volta ao lugar onde esteve preso. O autobiográfico Necrópole traz as lembranças que surgem diante das barracas e do arame farpado transformados em museu e centro de visitação.
Escrito numa linguagem crua que não faz concessões à autocomiseração, o livro marca por seu texto forte e, muitas vezes, violento, que descreve, em mínimos detalhes, atrocidades como a tortura de presos e a dissecação de cadáveres. Uma das características de Pahor é utilizar-se de parágrafos longos, que deixam o leitor sem ar, angustiado, como o próprio autor se sentia nos anos em que viveu no campo.
Pahor, durante a Segunda Guerra Mundial, colaborou com a resistência antifascista eslovena e foi deportado para os campos de concentração nazistas, experiência que o marcou profundamente e da qual se encontram resquícios na maior parte da sua extremamente rica produção literária. Mais do que um escritor, uma lenda viva.
A CRITICA
“Um livro perturbador, a visita a um campo de extermínio e a volta à tona de imagens intoleráveis descritas com uma precisão alucinada e uma excepcional sutileza de análise.” (Le Monde)
“Um relato inesquecível e evocativo. Com voz intensa e original, Pahor penetra o coração dos leitores e os leva ao lugar onde perdeu a maioria dos companheiros e muito de si.” (Kirkus Reviews)
O AUTOR
Boris Pahor nasceu em 1913, em Trieste, onde mora até hoje. Depois de se formar em Pádua, ensinou literaturas italiana e eslovena na cidade adriática. Seus livros, escritos em esloveno, foram traduzidos até para o esperanto. Indicado várias vezes ao Prêmio Nobel de Literatura, foi distinguido em 1992 com o Prêmio Prešeren, o mais alto reconhecimento esloveno, por sua atividade literária, e nomeado na França Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres. Recebeu a Legião de Honra por parte do presidente da República francesa.
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