terça-feira, 27 de julho de 2010

Livro resgata a história da filial carioca da Sociedade de Geografia de Lisboa


A elite intelectual do Império estava ali representada. Tendo à frente Cândido Mendes, a seção brasileira da Sociedade de Geografia de Lisboa contava ainda com o Barão de Teffé como secretário e Dom Pedro II, como presidente de honra. Criada em 1875, a entidade compôs um quadro de filiados tão numeroso quando eclético, reunindo monarquistas convictos e republicanos militantes, católicos fervorosos e positivistas ortodoxos, liberais e conservadores. A ela estavam filiados Alfredo Taunay, Luis Cruls, Orville Derby, Saldanha Marinho, Benjamin Constant e Alfonso Celso, entre tantos outros. A história da sociedade e os lugares de prática do saber geográfico no final do Império no Brasil é assunto de Geografias pátrias: Portugal e Brasil (1875/1889), livro da pesquisadora Cristina Pessanha Mary, a ser lançado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Em um trabalho pioneiro, a professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense mostra os objetivos políticos e militares na criação da Seção da Sociedade no Brasil, que existiu até 1889. A autora vê a criação da instituição como fruto da necessidade do Império português de um novo saber acerca dos espaços a serem controlados e dominados. A obra ainda colabora com o conhecimento dos laços existentes entre a geografia brasileira e a lusa, além de um capítulo exclusivo para os estudos geográficos empreendidos pelo Barão de Teffé.


Sobre a autora: Cristina Pessanha Mary é professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense, tendo concluído seu doutorado no Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente, integra o grupo de pesquisas Geografia Brasileira: História e Política tendo como interesse principal recuperar a história da geografia no Brasil.


Lançamento na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo

Cristina Passanha Mary tem presença confirmada na Bienal de São Paulo. Ela participa de um bate-papo, no dia 20 de agosto, às 18h, no Café literário do estande da Associação Brasileira das Editoras Universitárias, quando falará sobre o processo e as implicações de sua pesquisa, agora publicada em livro

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